🔴 PIX DA RECEITA FEDERAL EM 2024? VEJA COMO CONSEGUIR

Cotações por TradingView
Larissa Vitória
Larissa Vitória
É repórter do Seu Dinheiro. Formada em jornalismo na Universidade de São Paulo (ECA-USP), já passou pelo portal SpaceMoney e pelo departamento de imprensa do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).
FOLLOW-ON POLÊMICO

Iguatemi (IGTI11) faz bom negócio com shopping JK Iguatemi, mas ação pesa com oferta para financiar aquisição

Como os papéis ainda estão em patamares descontados, o follow-on pode levar a uma diluição da participação dos acionistas

Larissa Vitória
Larissa Vitória
12 de setembro de 2022
15:17 - atualizado às 13:00
Shopping JK Iguatemi, em São Paulo | Ações IGTI11
Shopping JK Iguatemi, em São Paulo - Imagem: Shutterstock

“Um mal necessário”: é assim que os analistas avaliam a notícia que a Iguatemi (IGTI11) fará um follow-on de até R$ 825 milhões para que a companhia seja a única dona do shopping JK Iguatemi.

Sobre o negócio em si, há poucos questionamentos. A empresa concordou em pagar R$ 667 milhões por uma fatia adicional de 36% do shopping. Após a conclusão da transação, a Iguatemi passará a deter 100% do ativo.

A oferta subsequente de ações, anunciada no mesmo dia, financiará parte da compra com a emissão de, no mínimo, 24,7 milhões de units. Outra parte da soma será paga com recursos advindos de um aumento de capital de R$ 98,2 milhões e uma troca de ações com a JK Iguatemi Empreendimentos Imobiliários.

De volta ao follow-on, a operação pode movimentar cerca de R$ 400 milhões, segundo o preço de fechamento do pregão anterior ao anúncio.

Mas o montante pode chegar a R$ 825 milhões caso o lote adicional de 16 milhões de units entre em cena. O preço por ação da operação será definido na próxima semana, em 20 de setembro.

  • EXCLUSIVO "BOLSONARO X LULA": com 7 de setembro e ânimos à flor da pele para eleições, saiba como as eleições podem mexer com o Ibovespa daqui para frente e o que aconteceu com a Bolsa nas últimas 6 eleições, de 1998 a 2018. Basta liberar o material gratuito neste link

Por que o follow-on da Iguatemi é um mal?

Por falar na precificação da oferta da Iguatemi (IGTI11), este é o ponto que preocupa os analistas no follow-on da empresa. Como as ações ainda estão em patamares descontados, a XP explica que a oferta pode levar a uma diluição de cerca de 13,5% dos acionistas.

E o desconto cresceu nesta segunda-feira (12), com os papéis reagindo negativamente à operação. As units IGTI11 recuaram 1,80% hoje, cotadas em R$ 19,64.

O efeito do valuation na precificação não será sentido somente sobre os sócios minoritários. O grupo Jereissati, que reúne a família fundadora da empresa, também será marginalmente diluído.

Os controladores se comprometeram a injetar R$ 70 milhões na capitalização, valor que representa cerca de 14% da oferta base contra uma participação de 29% na Iguatemi.

Considerando esse cenário, a Genial Investimentos declara que a adesão à oferta “é quase uma necessidade para os atuais acionistas”. “Do ponto de vista do novo capital, está se pagando muito barato por um ativo muito bom e, também, por ação”, afirmam os analistas.

Os acionistas terão até 16 de setembro para participar da oferta. Veja abaixo quantas ações cada investidor terá direito de subscrever para cada papel ordinário e preferencial em sua carteira.

Titulares de ações ON*Titulares de ações PN*
Ação ON (IGTI3) - lote base0,032478-
Ação PN (IGTI4) - lote base0,0335300,066008
Ação ON (IGTI3) - lote adicional0,053588-
Ação PN (IGTI4) - lote adicional0,0553240,108912
*A data de corte para ter direito à subscrição é 8 de setembro, enquanto a proporção da participação no capital social da companhia será calculada com base na posição de 15 de setembro.

Por que Iguatemi vai emitir novas ações?

Se a ação ainda está barata demais para que a precificação seja favorável à Iguatemi, por que esse foi o caminho escolhido para financiar a aquisição da participação remanescente no shopping JK Iguatemi?

A resposta está nos níveis atuais de endividamento da empresa. A relação entre a dívida líquida e o Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da companhia está em 2,71x. A Genial estima que, caso a aquisição fosse realizada 100% via endividamento, o indicador subiria para 3,4x.

Vale destacar que boa parte mercado não vê com bons olhos alavancagens superiores a três vezes para um modelo de negócio como o da Iguatemi. Além disso, o avanço da taxa Selic encarece a emissão de novas dívidas.

Ainda assim, a Genial considera que uma dívida menor complementada pela venda da participação da empresa na Infracommerce “teria sido um caminho mais suave” do que a oferta.

Já XP enxerga pontos positivos no follow-on e destacou o fortalecimento da estrutura de capital da companhia e abertura de espaço para futuras aquisições, além do auxílio à liquidez das ações.

O JK Iguatemi vale a pena?

Apesar da visão negativa do follow-on, os analistas da Genial consideram que a Iguatemi fez um bom negócio na compra do JK Iguatemi. “Estimamos o cap rate de aquisição em 8,0%, muito acima do que esperaríamos para um shopping como o JK.”

O indicador calcula a média de retorno de capital investido em um imóvel. Para efeitos de comparação, a Genial cita que a Brookfield pedia uma taxa de retorno de 5,8% para o Shopping Higienópolis, outro ativo que estava na mira da Iguatemi.

Além do retorno atrativo, o ativo também fortalece a característica premium do portfólio da companhia. Inaugurado em 2012 e voltado para o segmento de luxo, o JK Iguatemi é um dos principais shoppings centers do Brasil.

O empreendimento é dono do quarto maior aluguel mensal por metro quadrado do Brasil e o segundo dentro do portfólio da empresa, conforme destaca o Citi. Os valores cobrados dos lojistas cresceram 65% no segundo trimestre, na comparação com o mesmo período de 2019.

Esse é, segundo a Iguatemi, o maior avanço entre os cinco shoppings com maiores aluguéis por m² do país. Por isso, o Citi avalia bem a aquisição: “Apesar do cap de 8% estar abaixo do que a IGTI negocia atualmente, em 9,5%, vemos a compra como positiva”.

Compartilhe

VOTAÇÃO UNÂNIME

Acionistas da Tenda (TEND3) aprovam redução milionária de capital; medida absorve prejuízo e pode viabilizar dividendos

27 de novembro de 2023 - 18:44

O objetivo da redução é absorver os prejuízos acumulados pela empresa até o segundo trimestre de 2023

Conteúdo Empiricus

Fuja do ‘rali do lixo’ da bolsa brasileira; veja 10 recomendações para buscar lucro com ‘pé no chão’

27 de novembro de 2023 - 13:57

‘Tem que comprar coisa boa’, orientou Felipe Miranda; entenda como se proteger e investir nesse cenário

ANTES DAS FÉRIAS…

Yduqs lidera ganhos do Ibovespa e chega a subir mais de 8% — o que YDUQ3 tem que as outras não têm?

27 de novembro de 2023 - 13:51

O JP Morgan responde se Yduqs é a primeira aluna da classe ou se tem mais algum papel que vale a pena investir no setor de educação; confira

CADÊ MEU DINHEIRO?

Problemas no Bradesco (BBDC4)? Clientes reclamam de contas zeradas e erros no saldo; veja o que disse o banco

27 de novembro de 2023 - 11:24

Usuários relataram não só o “sumiço” de dinheiro como cobranças de negativação após a madrugada de ontem

Melhor que nada

Pão de Açúcar (PCAR3) aceita vender participação na Cnova ao Casino por 10 milhões de euros; mas valor é suficiente?

27 de novembro de 2023 - 11:10

Fatia da varejista brasileira equivale a pouco mais de R$ 50 milhões; mas, para o JP Morgan, valor é baixo e pouco reduz o endividamento da empresa

UNIDADE NO CEARÁ

Emperrou: Petrobras (PETR4) rescinde contrato de venda da empresa de lubrificantes Lubnor após descumprimento de prazo; entenda

27 de novembro de 2023 - 10:50

Na época, o valor total de venda era de US$ 34 milhões (R$ 161,2 milhões), com aquisição pela empresa Grepar Participações Ltda

RECUPERAÇÃO JUDICIAL

Agora vai? Americanas (AMER3) fecha acordo com parte dos credores e revela como fará aumento de capital bilionário

27 de novembro de 2023 - 9:09

Varejista obteve o apoio formal de credores que representam mais de 35% da dívida da companhia ao plano de recuperação judicial

ENTREVISTA EXCLUSIVA

Estrela da corrida da inteligência artificial, Nvidia destaca iniciativas da Petrobras (PETR4), mas vê falta de incentivos à tecnologia no Brasil

27 de novembro de 2023 - 6:25

Burocracia e os impostos dificultam investimentos em inteligência artificial no Brasil, diz Márcio Aguiar, diretor da Nvidia para a América Latina, em entrevista ao Seu Dinheiro

RECLAMAÇÕES

Clientes insatisfeitos: Magazine Luiza e Amazon lideram reclamações na Black Friday

25 de novembro de 2023 - 15:01

Apesar das centenas de queixas, o número é cerca de 60% menor do que a média registrada desde julho deste ano, segundo o ReclameAqui

TRAGÉDIA EM MARIANA

Vale (VALE3) nos tribunais: Justiça britânica nega recurso sobre o caso Samarco e mantém mineradora em processo

25 de novembro de 2023 - 13:57

A companhia deve apresentar sua defesa na corte do Reino Unido até o início de dezembro

Fechar
Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies