O plano do Santander era fazer a Getnet (GETT11) crescer no negócio de adquirência e no comércio eletrônico para negociar múltiplos parecidos com o de rivais como Stone (STOC31) e PagSeguro (PAGS34).
Embora a maquininha vermelha tenha entregado resultados e dividendos, o Santander Espanha resolveu fechar o capital da empresa cerca de um ano depois da estreia na bolsa.
Nesta quinta-feira (01), o resultado da oferta pública de aquisição (OPA) foi divulgado, com a compra de 1.071.982 ações ordinárias da Getnet, 2.754.680 preferenciais, 10.105.105 units e 17.356.240 ADSs — recibos de ações negociados na bolsa norte-americana Nasdaq.
Desta forma, a oferta do Grupo Santander obteve a adesão de 49,73% das ações em circulação da Getnet. Ou seja, o banco conseguiu superar o mínimo necessário para levar adiante o plano de fechar o capital da companhia, que era de 1/3 do capital nas mãos dos acionistas minoritários.
Com isso, as ações da Getnet deixarão de ser negociadas na B3 após a CVM autorizar o fechamento de capital da empresa de maquininhas de cartão.
A participação do Santander na Getnet aumentará para aproximadamente 94,92% após a liquidação da oferta. Quem não aderiu à operação ainda pode vender seus papéis nos próximos três meses — ou seja, até o dia 2 de março de 2023.
GetNet: por que partir?
A entrada da GetNet na bolsa foi seguida por um mau momento do setor de maquininhas que ainda afeta as cotações atuais do segmento.
Com vários competidores surgindo e oferecendo novas soluções aos lojistas, até empresas mais famosas, como Cielo (CIEL3) e Stone (STOC31), sofreram com o cenário.
E com a Getnet não foi diferente. As ações ordinárias, preferenciais e units dispararam logo após o início das negociações, mas depois devolveram a alta e acumulavam uma queda de 28% até anunciar a intenção de partir.