Eleições entram no caminho de desinvestimento do BNDES; veja o que o presidente falou sobre carteira de ações do banco
Gustavo Montezano lembra que, nos últimos anos, foram realizados cerca de R$ 80 bilhões em desinvestimentos e volta a repetir que não é papel do banco público especular com papéis

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Gustavo Montezano, disse nesta quarta-feira (02) que o banco vai desinvestir "o máximo possível" de sua carteira de ações até o fim do ano, mas reconheceu que as eleições podem atrapalhar os planos de redução da carteira de renda variável do banco.
"Temos a agenda de continuar fazendo desinvestimentos para frente. Naturalmente, 2022 é um ano eleitoral e a agenda política torna mais nebulosa as janelas de mercado", disse ele, ao participar de evento virtual do Credit Suisse, defendendo o desinvestimento para reciclagem do capital do banco.
Montezano lembrou que o banco realizou desinvestimentos de cerca de R$ 80 bilhões da carteira de ações nos últimos anos. Ele voltou a repetir que não é papel do banco público especular com papéis.
"Se ficarmos gerenciando as ações, sobem 10%, caem 10%, não mudamos nada na vida do brasileiro", acrescentou.
Segundo ele, as vendas de participações serão feitas "sem afundar o mercado", deixando o mercado "comprar as posições na cadência adequada".
"Se chegarmos ao final do ano e ainda sobrar alguma carteira, um lastro residual, espero que a próxima gestão continue a agenda para bem do banco", afirmou.
Leia Também
Permanência no BNDES
O presidente do BNDES afirmou ainda que pretende permanecer à frente da instituição até o fim deste ano. O comentário foi feito em um momento de especulação entre funcionários sobre sua saída.
"Pretendo ficar no banco até o final do ano. É minha agenda própria, pessoal, de compromisso com o governo", disse Montezano, ao comentar a "carta do presidente" divulgada na noite de segunda-feira (31).
Com a perspectiva de o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, deixar o cargo para disputar a eleição para o governo de São Paulo neste ano, circula entre funcionários a especulação de que o presidente da instituição de fomento poderia assumir o ministério.
Quatro fontes disseram ao Estadão/Broadcast, sob condição do anonimato, que a especulação circula entre os empregados. As mensagens vêm sendo trocadas pelo menos desde a segunda metade de janeiro.
O cenário especulado inclui ainda a ascensão de Solange Vieira, recém-empossada como diretora de Crédito à Infraestrutura, à presidência do banco. Funcionária de carreira do BNDES, chefe de gabinete na gestão da ex-presidente Maria Silvia Bastos Marques, entre 2016 e 2017, Solange Vieira era diretora-superintendente da Susep desde 2019 e foi indicada à diretoria do banco no fim do ano passado.
O prazo para que ministros e demais autoridades públicas deixem seus cargos para disputar as eleições de outubro termina em abril. Logo no início do ano, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que espera a saída de até 12 ministros para disputar as eleições, incluindo Freitas.
Segundo o presidente, o governo já começou a pensar em nomes para substituí-los, "alguns já estão mais do que certos" e "a maioria será por escolha interna, até porque seria um mandato tampão, até o fim do ano".
Gargalo nas concessões
Sobre as concessões, Montezano disse que o principal gargalo do processo tem sido a falta de operadoras e empresas capazes de executar a construção e integração dos ativos.
"O gargalo para o Brasil deixou de ser o pipeline de projetos. Disponibilidade de recursos não é mais um problema. Vemos disponibilidade suficiente para aportar recursos nos projetos. O gargalo são operadores capazes de tocar pipeline de leilões, a preparação, construção e integração desses ativos", disse.
Em sua fala, Montezano contou que a falta de agentes operadores seria fruto de um passado que baseou as concessões de infraestrutura em empresas de construção com "laços próximos ao governo".
Ele citou como exemplo a previsão de leiloar 12 mil a 14 mil quilômetros de rodovias com participação do BNDES. Segundo Montezano, isso significa quase dobrar o volume de rodovias concessionadas no País, atualmente em cerca de 20 mil quilômetros. Montezano citou ainda leilões de saneamento e portos.
O BNDES e a pandemia
Montezano disse que, no início da pandemia, o BNDES foi pressionado para repetir o modelo de atuação de crises anteriores, com o resgate de grandes empresas. Ele afirmou que o ministro da Economia, Paulo Guedes, teria orientado o banco a focar no apoio para pequenas e microempresas.
"O ministro disse que na crise, quem precisa do governo, são os pequenos", afirmou.
*Com informações do Estadão Conteúdo
MRV (MRVE3) resolve estancar sangria na Resia, mesmo deixando US$ 144 milhões “na mesa”; ações lideram altas na bolsa
Construtora anunciou a venda de parte relevante ativos da Resia, mesmo com prejuízo contábil de US$ 144 milhões
ESG ainda não convence gestores multimercados, mas um segmento é exceção
Mesmo em alta na mídia, sustentabilidade ainda não convence quem toma decisão de investimento, mas há brechas de oportunidade
Méliuz diz que está na fase final para listar ações nos EUA; entenda como vai funcionar
Objetivo é aumentar a visibilidade das ações e abrir espaço para eventuais operações financeiras nos EUA, segundo a empresa
Governo zera IPI para carros produzidos no Brasil que atendam a quatro requisitos; saiba quais modelos já se enquadram no novo sistema
Medida integra programa nacional de descarbonização da frota automotiva do país
CVM adia de novo assembleia sobre fusão entre BRF (BRFS3) e Marfrig (MRFG3); ações caem na B3
Assembleia da BRF que estava marcada para segunda-feira (14) deve ser adiada por mais 21 dias; transação tem sido alvo de críticas por parte de investidores, que contestam o cálculo apresentado pelas empresas
Telefônica Brasil (VIVT3) compra fatia da Fibrasil por R$ 850 milhões; veja os detalhes do acordo que reforça a rede de fibra da dona da Vivo
Com a operação, a empresa de telefonia passará a controlar 75,01% da empresa de infraestrutura, que pertencia ao fundo canadense La Caisse
Dividendos e JCP: Santander (SANB11) vai distribuir R$ 2 bilhões em proventos; confira os detalhes
O banco vai distribuir proventos aos acionistas na forma de juros sobre capital próprio, com pagamento programado para agosto
Moura Dubeux (MDNE3) surpreende com vendas recordes no 2T25, e mercado vê fôlego para mais crescimento
Com crescimento de 25% nas vendas líquidas, construtora impressiona analistas de Itaú BBA, Bradesco BBI, Santander e Safra; veja os destaques da prévia
Justiça barra recurso da CSN (CSNA3) no caso Usiminas (USIM5) e encerra mais um capítulo da briga, diz jornal; entenda o desfecho
A disputa judicial envolvendo as duas companhias começou há mais de uma década, quando a empresa de Benjamin Steinbruch tentou uma aquisição hostil da concorrente
A Petrobras (PETR4) vai se dar mal por causa de Trump? Entenda o impacto das tarifas para a estatal
A petroleira adotou no momento uma postura mais cautelosa, mas especialistas dizem o que pode acontecer com a companhia caso a taxa de 50% dos EUA entre em vigor em 1 de agosto
Nem toda boa notícia é favorável: entenda por que o UBS mudou sua visão sobre Itaú (ITUB4), mesmo com resultados fortes
Relatório aponta que valorização acelerada da ação e preço atual já incorporam boa parte dos ganhos futuros do banco
Azul (AZUL4) dá mais um passo na recuperação judicial e consegue aprovação de petições nos EUA
A aérea tem mais duas audiências marcadas para os dias 15 e 24 de julho que vão discutir pontos como o empréstimo DIP, que soma US$ 1,6 bilhão
A acusação séria que fez as ações da Suzano (SUZB3) fecharem em queda de quase 2% na bolsa
O Departamento do Comércio dos EUA identificou que a empresa teria exportado mercadorias com preço abaixo do normal por quase um ano
Uma brasileira figura entre as 40 maiores empresas com bitcoin (BTC) no caixa; confira a lista
A empresa brasileira tem investido pesado na criptomoeda mais valiosa do mundo desde março deste ano
Em um bom momento na bolsa, Direcional (DIRR3) propõe desdobramento de ações. Veja como vai funcionar
A proposta será votada em assembleia no dia 30 de julho, e a intenção é que o desdobramento seja na proporção de 1 para 3
Nvidia (NVDA34) é tetra: queridinha da IA alcança a marca inédita de US$ 4 trilhões em valor de mercado
A fabricante de chips já flertava com a cifra trilionária desde a semana passada, quando superou o recorde anteriormente estabelecido pela Apple
Cyrela (CYRE3) quase triplica valor de lançamentos e avança no MCMV; BTG reitera compra — veja destaques da prévia do 2T25
Na visão do banco, as ações são referência no setor, mesmo com um cenário macro adverso para as construtoras menos expostas ao Minha Casa Minha Vida
Ações da Braskem (BRKM5) saltam mais de 10% na bolsa brasileira com PL que pode engordar Ebitda em até US$ 500 milhões por ano
O que impulsiona BRKM5 nesta sessão é a aprovação da tramitação acelerada de um programa de incentivos para a indústria petroquímica; entenda
Tenda (TEND3): prévia operacional do segundo trimestre agrada BTG, que reitera construtora como favorita do setor, mas ação abre em queda
De acordo com os analistas do BTG, os resultados operacionais foram positivos e ação está sendo negociada a um preço atrativo; veja os destaques da prévia o segundo trimestre
Mais um acionista da BRF (BRFS3) pede a suspensão da assembleia de votação da fusão com a Marfrig (MRFG3). O que diz a Previ?
A Previ entrou com um agravo de instrumento na Justiça e com um pedido de arbitragem para contestar a relação de troca proposta, segundo jornal