Uma guerra mundial vem aí? Para o chefe do Estado-Maior dos EUA, o risco é cada vez maior
Em mais um sinal da tensão disseminada pela guerra, a Austrália anunciou hoje que gastará US$ 2,6 bilhões para modernizar defesa antimísseis

O risco de a invasão da Rússia pela Ucrânia degringolar e transformar-se numa terceira guerra mundial está aumentando ao invés de diminuir.
A avaliação é do general Mark Milley, presidente do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas dos EUA.
Risco de guerra só cresce
"Estamos entrando em um mundo que está se tornando mais instável e o potencial para um conflito internacional significativo está aumentando, não diminuindo”, advertiu o general durante seu primeiro testemunho perante o Congresso dos Estados Unidos desde o início da guerra entre Rússia e Ucrânia.
Acompanhado do secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, Milley defendeu a abordagem norte-americana em relação à guerra e ao envio de armas à Ucrânia pelo governo dos Estados Unidos.
Nas palavras do general, a invasão da Ucrânia pela Rússia é "a maior ameaça à paz e segurança da Europa e talvez do mundo" em seus 42 anos de serviço militar.
- MUDANÇAS NO IR 2022: baixe o guia gratuito sobre o Imposto de Renda deste ano e evite problemas com a Receita Federal; basta clicar aqui.
Alguma coisa tá fora da ordem
A fala de Milley perante o Congresso traz à tona aspectos mais delicados de uma guerra que, no entender das grandes potências da atualidade, tem a Ucrânia apenas como ponta de lança.
Leia Também
"Estamos agora enfrentando duas potências globais: China e Rússia, cada uma com capacidades militares significativas, ambas pretendem mudar fundamentalmente as regras baseadas na ordem global atual", acrescentou Milley.
De fato, o avanço militar russo sobre o território ucraniano ocorre em um momento no qual a hegemonia global dos EUA começa a ser frontalmente contestada pela China, que tem encontrado na Rússia um aliado na busca pelo estabelecimento de uma nova ordem mundial.
Enquanto a atual hegemonia norte-americana depende de um mundo unipolar, a China propaga a intenção de desenvolver uma ordem multipolar - ou seja, com múltiplos pólos de poder regionais.
Entretanto, a maioria dos analistas considera mais provável que a disputa entre EUA e China resulte em uma nova ordem bipolar, nos moldes da antiga Guerra Fria entre Washington e Moscou.
Tambores da guerra ecoam pelo mundo
Hoje, em mais um dos muitos sinais recentes de internacionalização do conflito no leste europeu, a Austrália anunciou que gastará US$ 2,6 bilhões para atualizar seus sistemas de defesa antimísseis.
Em entrevista à Sky News, o ministro da Defesa da Austrália, Peter Dutton, disse que o país oceânico está “francamente muito preocupado" com a presença naval chinesa no Oceano Pacífico.
Em resposta, o Ministério das Relações Exteriores da China acusou a Austrália, os EUA e o Reino Unido de insuflarem as tensões regionais.
"A parceria de segurança trilateral é um velho truque da camarilha anglo-saxônica, que não consegue abandonar a mentalidade da Guerra Fria nem a política do bloco, provocando confrontos militares e atirando facas nos outros", disse Wang Wenbin, porta-voz da chancelaria chinesa.
China pede investigação de massacre em Bucha
E enquanto a guerra na Ucrânia não dá sinais de arrefecer, a China defendeu a investigação do massacre em Bucha.
O governo ucraniano acusa a Rússia de ter promovido a matança de centenas de civis enquanto se retirava da cidade no norte do país, em março.
Por sua vez, Moscou acusa Kiev de ter encenado um massacre, posicionando corpos nas ruas e filmado as cenas depois da retirada russa.
Enquanto o presidente norte-americano, Joe Biden, chamou seu homólogo russo, Vladimir Putin, de ser um criminoso de guerra, o secretário-geral da ONU, António Guterres, defendeu uma investigação independente, capaz de garantir responsabilização efetiva dos culpados.
*Com informações da CNN e da Associated Press.
China já sente o peso das tarifas de Trump: pedidos de exportação desaceleraram fortemente em abril
Empresas americanas estão cancelando pedidos à China e adiando planos de expansão enquanto observam o desenrolar da situação
Andy Warhol: 6 museus para ver as obras do mestre da Pop Art — incluindo uma exposição inédita no Brasil
Tão transgressor quanto popular, Warhol ganha mostra no Brasil em maio; aqui, contamos detalhes dela e indicamos onde mais conferir seus quadros, desenhos, fotografias e filmes
Ninguém vai poder ficar em cima do muro na guerra comercial de Trump — e isso inclui o Brasil; entenda por quê
Condições impostas por Trump praticamente inviabilizam a busca por um meio-termo entre EUA e China
Starbase: o novo plano de Elon Musk para transformar casa da SpaceX na primeira cidade corporativa do mundo
Moradores de enclave dominado pela SpaceX votam neste sábado (03) a criação oficial de Starbase, cidade idealizada pelo bilionário no sul do Texas
Trump pressionou, Bezos recuou: Com um telefonema do presidente, Amazon deixa de expor tarifas na nota fiscal
Após conversa direta entre Donald Trump e Jeff Bezos e troca de farpas com a Casa Branca, Amazon desiste de exibir os custos de tarifas de importação dos EUA ao lado do preço total dos produtos
Conheça os 50 melhores bares da América do Norte
Seleção do The 50 Best Bars North America traz confirmações no pódio e reforço de tendências já apontadas na pré-lista divulgada há algumas semanas
Alguém está errado: Ibovespa chega embalado ao último pregão de abril, mas hoje briga com agenda cheia em véspera de feriado
Investidores repercutem Petrobras, Santander, Weg, IBGE, Caged, PIB preliminar dos EUA e inflação de gastos com consumo dos norte-americanos
Nova Ordem Mundial à vista? Os possíveis desfechos da guerra comercial de Trump, do caos total à supremacia da China
Michael Every, estrategista global do Rabobank, falou ao Seu Dinheiro sobre as perspectivas em torno da guerra comercial de Donald Trump
Donald Trump: um breve balanço do caos
Donald Trump acaba de completar 100 dias desde seu retorno à Casa Branca, mas a impressão é de que foi bem mais que isso
Trump: “Em 100 dias, minha presidência foi a que mais gerou consequências”
O Diário dos 100 dias chega ao fim nesta terça-feira (29) no melhor estilo Trump: com farpas, críticas, tarifas, elogios e um convite aos leitores do Seu Dinheiro
Quando o plano é não ter plano: Ibovespa parte dos 135 mil pontos pela primeira vez em 2025 em dia de novos dados sobre mercado de trabalho dos EUA
Investidores também se preparam para o relatório de produção e vendas da Petrobras e monitoram entrevista coletiva de Galípolo
Salão de Xangai 2025: BYD, elétricos e a onda chinesa que pode transformar o mercado brasileiro
O mundo observa o que as marcas chinesas trazem de novidades, enquanto o Brasil espera novas marcas
Trump quer brincar de heterodoxia com Powell — e o Fed que se cuide
Criticar o Fed não vai trazer parceiros à mesa de negociação nem restaurar a credibilidade que Trump, peça por peça, vem corroendo. Se há um plano em andamento, até agora, a execução tem sido tudo, menos coordenada.
Tony Volpon: EUA, novo mercado emergente
Não tenham dúvidas: chegamos todos na beira do abismo neste mês de abril. Por pouco não caímos.
Trump vai jogar a toalha?
Um novo temor começa a se espalhar pela Europa e a Casa Branca dá sinais de que a conversa de corredor pode ter fundamento
S&P 500 é oportunidade: dois motivos para investir em ações americanas de grande capitalização, segundo o BofA
Donald Trump adicionou riscos à tese de investimento nos EUA, porém, o Bank Of America considera que as grandes empresas americanas são fortes para resistir e crescer, enquanto os títulos públicos devem ficar cada vez mais voláteis
Acabou para a China? A previsão que coloca a segunda maior economia do mundo em alerta
Xi Jinping resolveu adotar uma postura de esperar para ver os efeitos das trocas de tarifas lideradas pelos EUA, mas o risco dessa abordagem é real, segundo Gavekal Dragonomics
Bitcoin (BTC) rompe os US$ 95 mil e fundos de criptomoedas têm a melhor semana do ano — mas a tempestade pode não ter passado
Dados da CoinShares mostram que produtos de investimento em criptoativos registraram entradas de US$ 3,4 bilhões na última semana, mas o mercado chega à esta segunda-feira (28) pressionado pela volatilidade e à espera de novos dados econômicos
Huawei planeja lançar novo processador de inteligência artificial para bater de frente com Nvidia (NVDC34)
Segundo o Wall Street Journal, a Huawei vai começar os testes do seu processador de inteligência artificial mais potente, o Ascend 910D, para substituir produtos de ponta da Nvidia no mercado chinês
Próximo de completar 100 dias de volta à Casa Branca, Trump tem um olho no conclave e outro na popularidade
Donald Trump se aproxima do centésimo dia de seu atual mandato como presidente com taxa de reprovação em alta e interesse na sucessão do papa Francisco