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Ricardo Gozzi

É jornalista e escritor. Passou quase 20 anos na editoria internacional da Agência Estado antes de se aventurar por outras paragens. Escreveu junto com Sócrates o livro 'Democracia Corintiana: a utopia em jogo'. Também é coautor da biografia de Kid Vinil.

CRÔNICA DE UM DEFAULT ANUNCIADO?

Como a Rússia, mesmo com mais de US$ 600 bilhões em reservas, parece ter pouco ou quase nada a fazer para evitar o calote de sua dívida

Sanções internacionais mantêm Rússia às voltas com a possibilidade de seu primeiro calote de dívida em moeda estrangeira em mais de um século

Ricardo Gozzi
17 de março de 2022
11:28
NÃO USAR ESSA FOTO - Presidente da Rússia, Vladimir Putin, caminha embaixo de chuva com um guarda-chuva aberto
Mesmo com reservas internacionais robustas, a Rússia do presidente Vladimir Putin (foto) encontra-se às voltas com a possibilidade de calote - Imagem: Reprodução Flickr

Faz pouco mais de um mês que o governo da Rússia divulgou pela última vez os dados referentes a suas reservas internacionais. Os números expunham uma situação financeira robusta. A Rússia informava dispor de US$ 643,2 bilhões em reservas internacionais. Nada sugeria que, apenas algumas semanas depois, Moscou estivesse na iminência de assistir ao primeiro calote de sua dívida em moeda estrangeiras em mais de um século.

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A última vez que a Rússia deixou de honrar seus compromissos com os credores foi em 1998. Na ocasião, porém, a crise que levou à maxidesvalorização do rublo desencadeou um calote em moeda local. Em moeda estrangeira, o último calote da dívida russa data de 1918, na esteira da Revolução Bolchevique.

Guerra e sanções contra a Rússia

Ocorreu então a invasão da Ucrânia. Em reação à ofensiva militar russa, os Estados Unidos e seus principais aliados impuseram uma série de sanções econômicas e financeiras contra o governo de Vladimir Putin.

Além de desconectar a Rússia do sistema Swift, as sanções fizeram com que Moscou perdesse o acesso à maior parte de suas imensas reservas internacionais, que incluem moedas fortes, títulos de dívida, a participação russa no Fundo Monetário Internacional (FMI) e uns bons milhares de toneladas de ouro.

Rússia tem primeiro grande teste

O primeiro grande teste à nova situação ocorreu ontem, no vencimento de um cupom de US$ 117 milhões.

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Mesmo sem acesso ao sistema financeiro internacional, o Ministério das Finanças da Rússia informou ter encaminhado ao Citibank de Londres a ordem para o depósito dos juros sobre os dois eurobônus denominados em dólares.

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O ministro das Finanças, Anton Siluanov, disse que a Rússia entregou o pagamento e agora cabe aos Estados Unidos decidirem se os credores receberão o dinheiro ou não.

O que ainda precisa ser esclarecido

Não ficou imediatamente claro se a ordem de pagamento foi emitida em dólares em meio a especulações de que a Rússia poderia tentar pagar em rublos.

Procurado pela CNBC, o Citi não se pronunciou sobre o assunto.

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A agência de classificação de crédito Fitch alertou no início desta semana que o pagamento em uma moeda diferente do dólar constituiria default.

Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, disse que qualquer eventual calote por parte da Rússia seria “totalmente artificial”, uma vez que o país dispõe dos recursos necessários para cumprir com suas obrigações de dívida externa.

Caso o dinheiro não tenha sido repassado aos credores, passa a valer um período de carência de 30 dias antes que a Rússia entre em default técnico.

Vai ter calote ou não vai?

Seja como for, o pagamento do cupom desses eurobônus é apenas o primeiro de uma série de vencimentos com os quais a Rússia terá de lidar num futuro próximo.

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Calcula-se que a Rússia deva atualmente deve cerca de US$ 40 bilhões em dívida soberana denominada em euros e dólares. Aproximadamente a metade encontra-se em mãos de credores estrangeiros.

Uma série de parcelas de pagamentos de principal e cupom está prevista para os próximos meses - e o desfecho dessa situação depende de a solução tentada pela Rússia para quitar os cupons vencidos ontem ser aceita pelos credores.

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