Calote ou farsa? O que esperar do primeiro default em moeda estrangeira da Rússia em mais de 100 anos
Mercado considera que a Rússia entrou formalmente em default; Moscou qualifica calote como ‘farsa criada artificialmente por país hostil’

Expirou na noite de ontem o prazo para que a Rússia pagasse cerca de US$ 100 milhões em juros devidos a credores estrangeiros.
A Rússia afirma dispor do dinheiro.
Segundo a agência de notícias Bloomberg, porém, o governo não conseguiu efetuar a tempo o pagamento por causa das sanções impostas a Moscou na esteira da invasão da Ucrânia.
Rússia qualifica calote como 'farsa'
Enquanto o mercado considera que a Rússia está oficialmente em default - um nome chique para calote -, o ministro russo das Finanças, Anton Siluanov, qualifica a situação como uma “farsa”.
"Temos dinheiro em caixa e estamos em prontidão para pagar", disse Siluanov. “Trata-se de uma crise criada artificialmente por um país hostil e que em nada afetará a qualidade de vida dos russos.”
Desde o início da guerra da Ucrânia, a Rússia vinha conseguindo driblar as sanções e convencer os credores a aceitarem os pagamentos em rublos.
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O governo dos Estados Unidos chegou a informar que parte do pagamento vencido ontem à noite foi realmente feita pela Rússia, mas em rublos.
O problema é que o pagamento não é considerado válido se não for feito na moeda na qual foi emitida a dívida.
Primeiro calote em mais de um século
Este é o primeiro calote em moeda estrangeira por parte de Moscou em mais de 100 anos.
A última vez que a Rússia deixou de honrar seus compromissos com os credores foi em 1998.
Na ocasião, porém, a crise que levou à maxidesvalorização do rublo desencadeou um calote em moeda local.
Em moeda estrangeira, o último calote da dívida russa data de 1918, na esteira da Revolução Bolchevique.
O que esperar do calote russo
Apesar da gravidade da situação, especialistas consideram que um eventual calote russo não deve desencadear um efeito dominó.
As perdas, segundo eles, devem ficar limitadas aos detentores dos títulos em default.
Tim Ash, analista de mercados emergentes da BlueBay Asset Management, escreveu no Twitter que o default “claramente não está” fora do controle da Rússia. Segundo ele, são as sanções a impedem a Rússia de pagar o que deve.
Na visão de Kristalina Georgieva, a atual diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional, embora a guerra traga consequências devastadoras em termos de sofrimento humano e alta dos preços dos alimentos e da energia em todo o mundo, um possível calote russo “não seria sistemicamente relevante”.
No médio e no longo prazo, os potenciais efeitos permanecem um mistério.
A Rússia ainda tem cerca de US$ 1 bilhão em pagamentos previstos até o fim do ano.
Diante disso, a ausência de uma solução para o calote provavelmente elevará a tensão nos mercados.
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