Os 5 números do PIB do 1T22 que você precisa saber – e aqueles que você não vai conhecer tão cedo
Números do PIB brasileiro no primeiro trimestre vieram abaixo das estimativas; o setor de serviços salvou a lavoura, literalmente
O produto interno bruto (PIB) do Brasil no primeiro trimestre de 2022 é mais uma coleção de números que deixaram a desejar.
À primeira vista parece que não é para tanto. Afinal, o PIB brasileiro totalizou R$ 2,249 trilhões no período nos primeiros três meses deste ano.
Trata-se de um crescimento de 1,0% em relação ao quarto trimestre de 2021. Na comparação com o mesmo trimestre do ano passado, a economia brasileira avançou 1,7%.
Houve uma discreta aceleração em relação aos últimos três meses do ano passado, quando a economia brasileira cresceu 0,7% no trimestre e 1,6% no ano.
Entretanto, os dados vieram abaixo da mediana das estimativas dos analistas de mercado consultados pela Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.
E olha que as projeções dos analistas, ainda que otimistas, não chegam nem perto das previsões rotineiramente exageradas do ministro da Economia, Paulo Guedes. Esperava-se crescimento de 1,2% na comparação trimestre e de 2,1% em base anual.
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Separamos então cinco números essenciais para entender por que o PIB do Brasil no primeiro trimestre ficou aquém das estimativas dos analistas - e também algumas informações que você não vai ver tão cedo por aí.
1 - O agro não está com tudo
O PIB do agronegócio encolheu nos primeiros três meses de 2022. Em relação ao último trimestre do ano passado, a queda foi de 0,9%. Já na comparação com os primeiros três meses de 2021, o setor sofreu um tombo. O recuo foi de 8%.
Produtos agrícolas cujas safras são significativas no primeiro trimestre apresentaram decréscimo na estimativa de produção anual e perda de produtividade, informa o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas.
Os piores desempenhos foram protagonizados pela soja (-12,2%), pelo arroz (-8,5%), pelo fumo (-7,3%) e pela mandioca (-2,7%).
Marcelo Oliveira, CFA e fundador da Quantzed, atribui o resultado a problemas de safra, enchentes e suspensão de exportações.
2- Uma indústria no meio do caminho
O PIB da indústria ficou no meio do caminho.
Em relação ao último trimestre de 2021, a riqueza gerada pela indústria permaneceu estável. Pelo menos é assim que se lê a alta de 0,1% no período.
Já na comparação com o mesmo período do ano passado, a indústria brasileira recuou 1,5%.
3 - Setor de serviços salvou a lavoura
Não é exagero dizer que o setor de serviços salvou a lavoura. Literalmente.
O maior setor da economia brasileira somou R$ 1,3 trilhão no primeiro trimestre.
Os serviços representaram mais de 55% de todo o resultado do período.
A título de comparação, o setor cresceu 1% em base trimestral e 3,7% na comparação anual.
Mirella Hirakawa, economista sênior da AZ Quest, atribui o resultado à reabertura da economia nos primeiros meses de 2022.
4 - O lado da demanda decepcionou
Até aqui falamos apenas do lado da oferta. Mas o lado da demanda também não ajudou muito.
Os gastos das famílias cresceram 0,7% no trimestre e 2,2 no ano.
Já os gastos do governo permaneceram estáveis na comparação trimestral (tá, +0,1%) e avançaram 3,3% em base anual.
5 - Taxa de investimento diminui
A taxa de investimento no primeiro trimestre de 2022 foi de 18,7% do PIB, segundo o IBGE.
Trata-se de uma queda de um ponto porcentual na comparação com os primeiros três meses de 2021.
Para o economista-chefe da Necton Corretora, André Perfeito, chama a atenção a queda na formação bruta de capital fixo, que se refere aos investimentos das empresas.
O indicador recuou 3,5% na comparação trimestral e 7,2% em base anual.
Os dados que você não vai conhecer tão cedo
Diante de todos essas informações, como o melhor para a economia brasileira em 2022 era esperado para os primeiros meses, os números dos próximos trimestres devem continuar desanimadores.
“Reafirmamos nossa perspectiva de 0,8% de crescimento em 2022 e apontamos para o pico de crescimento trimestral do Brasil neste primeiro quarto do ano, visto que projetamos desaceleração da taxa ao longo dos próximos períodos”, disse Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos.
Enquanto isso, há uma série de informações à qual não teremos acesso tão cedo.
O IBGE não divulgou os dados referentes às contas econômicas integradas e à conta financeira no primeiro trimestre de 2022.
Isso ocorreu por causa da greve dos servidores do Banco Central.
“O Balanço de Pagamentos, que é uma das fontes principais para sua elaboração, não foi publicado pelo Banco Central do Brasil com dados relativos ao mês de março até o fechamento desta divulgação”, informa o IBGE.
Com isso, a taxa de poupança, que é calculada a partir das contas econômicas integradas, vai ficar na saudade.
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