Novo recorde da União: Governo deverá pagar R$ 1 trilhão em processos na Justiça após “tese do século”
De acordo com dados do Ministério da Economia, “meteoro” de Paulo Guedes considera as futuras derrotas prováveis de causas

A simples menção da palavra “bilhão” já carrega ao leitor um bom humor. Imagina fazer parte da rota do bilhão do Seu Dinheiro como o “Véio da Havan”? Agora pense na comoção ao falar de R$ 1 trilhão e ser como Elon Musk, cuja fortuna já ultrapassou a marca do trilhão em reais? Para o governo brasileiro, porém, essa cifra não é nada animadora: na verdade, ela está tingida de vermelho.
Esse montante trilionário é, na verdade, o quanto a União deverá pagar em processos na Justiça, considerando as futuras derrotas prováveis nos tribunais, de acordo com o Ministério da Economia.
Além de ser um valor de fazer “cair o queixo” de qualquer um, trata-se da primeira vez que o impacto nas contas públicas atinge esse patamar.
Os processos do governo
O montante de aproximadamente R$ 1 trilhão nas contas públicas corresponde ao quanto o governo deve pagar em processos, tanto de perdas prováveis quanto possíveis.
No balanço publicado no ano passado, referente ao ano de 2020, o Ministério da Economia estimava que as perdas chegassem a R$ 769 bilhões. Em 2019, a cifra era R$ 681 bilhões, enquanto, em 2018, o montante era de R$ 169 bilhões.
Os dois tipos de perdas em processos envolvem tanto casos com potencial para resultar em pagamentos diretos pela União, que são os precatórios, quanto processos em que o governo não pode mais cobrar imposto.
Leia Também
Para entrar para a categoria de “perda provável”, é necessário que o processo inclua ações em que já houve decisão colegiada desfavorável à União no Supremo Tribunal Federal (STF), no Superior Tribunal de Justiça (STJ) ou no Tribunal Superior do Trabalho (TST).
- MUDANÇAS NO IR 2022: baixe o guia gratuito sobre o Imposto de Renda deste ano e evite problemas com a Receita Federal; basta clicar aqui
O meteoro de Paulo Guedes
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou no ano passado que esse valor é um "meteoro" de precatórios, que são dívidas do setor público já reconhecidas na Justiça. Para Guedes, existe uma "indústria de precatórios" no país.
Do montante de R$ 1 trilhão que a União prevê perder, mais da metade é referente à “tese do século”, o julgamento do STF estabelecendo que o ICMS não entre na base de cálculo da Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e do Programa de Integração Social (PIS).
O processo foi chamado desse jeito por conta do impacto sobre o governo e as empresas, uma vez que a União deixaria de arrecadar cifras bilionárias e as companhias pagariam menos impostos.
Vale lembrar que, em 2020, a Receita Federal acreditava que esse processo teria um impacto de aproximadamente R$ 258,3 bilhões sobre as contas públicas. Agora, o valor estimado chega a R$ 533 bilhões.
Preocupações sobre o trilhão do governo
Essa cifra bilionária que o governo deverá pagar é algo a se preocupar, segundo o subsecretário de Contabilidade Pública do Tesouro Nacional, Heriberto Henrique Vilela do Nascimento, disse ao Estadão Conteúdo.
"Os riscos fiscais que decisões judiciais podem provocar nas finanças públicas é um assunto extremamente relevante", afirmou Nascimento.
Já para a economista Juliana Damasceno, pesquisadora do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), chamar o montante de “meteoro” não faz mais sentido.
Apesar de os números serem "alarmantes'', eles estão cada vez mais explicitados em documentos oficiais.
"É preciso visão de longo prazo e uma governança equilibrada, algo que está em falta por aqui", disse Juliana Damasceno.
Sorteados os números da Quina de São João; veja se você é um dos ganhadores
Resultado do rateio da Quina de São João será conhecido dentro de alguns minutos; acompanhe a cobertura do Seu Dinheiro
Já vai começar! Acompanhe ao vivo o sorteio da Quina de São João de 2025
O prêmio está acumulado em R$ 250 milhões e é o maior valor sorteado na história dessa loteria
Warren Buffett faz a maior doação em ações da Berkshire Hathaway; veja como fica a fortuna do “Óraculo de Omaha”
Apesar da doação de peso, o “Óraculo de Omaha” ainda possui 13,8% das ações da Berkshire
Debate sobre aumento do IOF vai parar na mesa do STF: base do governo pede suspensão da derrubada do decreto
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já havia afirmado que recorrer ao STF era uma alternativa para o governo Lula
Conta de luz vai continuar pesando no bolso: Aneel mantém bandeira vermelha em julho
Apesar da chuva ao longo de junho ter melhorado a situação de armazenamento nas hidrelétricas, julho deve registrar chuvas abaixo da média na maior parte do país
Samarco ganha licença para ampliar exploração de minério em região atingida por desastre ambiental
O governo mineiro aprovou por unanimidade o Projeto Longo Prazo, que permite a continuidade da retomada operacional da empresa
É hoje! Quina de São João sorteia R$ 250 milhões neste sábado; confira os números mais sorteados
A Quina de São João ocorre desde 2011 e a chance de acertar as cinco dezenas com uma aposta simples é de uma em mais de 24 milhões
Dividendos e JCP: Itaúsa (ITSA4), Bradesco (BBDC4) e outras 11 empresas pagam proventos em julho; saiba quando o dinheiro cai na conta
O Bradesco (BBDC4) dá o pontapé na temporada de pagamentos, mas não para por aí: outras empresas também distribuem proventos em julho
Mudança da meta fiscal de 2026 é quase certa com queda do decreto do IOF, diz Felipe Salto
Salto destaca que já considerava a possibilidade de alteração da meta elevada antes mesmo da derrubada do IOF
Lotofácil faz 2 quase-milionários; prêmio da Quina de São João aumenta e chega a R$ 250 milhões
Às vésperas da Quina de São João, Mega-Sena acumula e Lotofácil continua justificando a fama de loteria ‘menos difícil’ da Caixa
Senado aprova aumento do número de deputados federais; medida adiciona (ainda mais) pressão ao orçamento
O projeto também abre margem para criação de 30 vagas de deputados estaduais devido a um efeito cascata
A escolha de Haddad: as três alternativas do governo para compensar a derrubada do IOF no Congresso
O ministro da Fazenda ressalta que a decisão será tomada pelo presidente Lula, mas sinalizou inconstitucionalidade na derrubada do decreto
O problema fiscal do Brasil não é falta de arrecadação: carga tributária é alta, mas a gente gasta muito, diz Mansueto Almeida
Para economista-chefe do BTG Pactual, o grande obstáculo fiscal continua a ser a ascensão dos gastos públicos — mas há uma medida com potencial para impactar imediatamente a desaceleração das despesas do governo
Chegou a hora de investir no Brasil? Agência de classificação de risco diz que é preciso ter cautela; entenda o porquê
A nota de crédito do país pela Fitch ficou em “BB”, com perspectiva estável — ainda dois níveis abaixo do grau de investimento
IPCA-15 desacelera em junho, mas viagem ao centro da meta será longa: BC vê inflação fora do alvo até o fim de 2027
Inflação vem surpreendendo para baixo em meio à alta do juros, mas retorno ao centro da meta ainda não aparece no horizonte de projeções do Banco Central
Esquece o aumento do IOF: como ficam as alíquotas depois do Congresso derrubar a medida do governo
Na última quarta-feira (25), o Congresso derrubou a medida do governo que aumentava o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF); veja como estão as regras agora
Lotofácil tem 10 ganhadores, mas só 4 levam prêmio integral; apostador mostra como não jogar na Lotomania e deixa de ficar milionário
Enquanto a Lotofácil justifica a fama de loteria ‘menos difícil’ da Caixa, a Quina de São João promete prêmio de R$ 230 milhões no sábado
Até onde vai o otimismo do HSBC com o Brasil e a bolsa brasileira, segundo o chefe de pesquisa econômica, Daniel Lavarda
Head de research do banco gringo fala da visão “construtiva” em relação ao país, da atratividade do Brasil com os juros reais elevados e os valuations descontados, e também da falta de consistência nas decisões do governo Trump
EUA vão virar o Brasil ou a Argentina? Nobel de economia teme que sim. Para Paul Krugman, mundo não estava preparado para Trump
Paul Krugman falou sobre o potencial destino da economia norte-americana com as medidas de Donald Trump no evento desta quarta-feira (25); confira o que pensa o prêmio Nobel
Alerta do gestor sobre os mercados: não é porque tudo está calmo, que tudo está bem
Sócio da Panamby Capital diz que o tarifaço de Trump é positivo para o Brasil, mas lembra que crise de 2008 não aconteceu no dia para a noite