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Le Pen passa perto, mas Emmanuel Macron é reeleito e segue no comando da França, indicam projeções

Emmanuel Macron, presidente da França

Presidente da França, Emmanuel Macron.

Com uma apuração mais demorada do que estamos acostumados a ver no Brasil, a França elege neste domingo (24) seu novo presidente. E, conforme indicam as pesquisas de boca de urna, Emmanuel Macron, o atual chefe do executivo, é quem levou o páreo.

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Macron disputou a preferência dos eleitores com Marine Le Pen, que também foi sua adversária em 2017. Mas as projeções mostram que a vitória não foi tá fácil quando naquela ocasião. Segundo as pesquisas divulgadas pela imprensa francesa, o atual presidente garantiu de 57% a 58% dos votos.

Com isso, o político anota uma conquista que não foi alcançada por seus antecessores mais recentes: é o primeiro presidente a ser reeleito na França desde o conservador Jacques Chirac (1995-2007).

Le Pen, ao contrário de outros candidatos de extrema-direita ao redor do mundo, não deve contestar o resultado das eleições e já admitiu a derrota.

"Estamos mais determinados do que nunca”, declarou ela após conferir as pesquisas. “Nesta derrota, não posso deixar de sentir uma espécie de esperança.”

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Vale lembrar que a candidata ficou famosa por seu discurso anti-União Europeia e sua propalada proximidade com Vladimir Putin, presidente da Rússia.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, também reconheceu o resultado e parabenizou Macron. "Estou ansiosa para continuar nossa excelente cooperação", diz em uma postagem no Twitter.

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, também utilizou o twitter para enviar suas felicitações. "A França é um dos nossos aliados mais próximos e importantes", escreveu.

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Uma repetição das eleições de 2017

Na estrada para o segundo turno, Le Pen obteve 23,1% dos votos no primeiro turno das eleições na França, realizado em 10 de abril. Ela ficou em segundo lugar em uma disputa apertada, tirando do páreo o candidato da extrema-esquerda, Jean-Luc Mélenchon. Macron foi o candidato mais votado na ocasião, com 27,8% dos votos válidos.

O confronto entre Macron e Le Pen é uma repetição da eleição de 2017. Desta vez, as pesquisas de intenção de voto vinham sugerindo que ela teria mais chances agora do que no pleito anterior. Nas últimas semanas, porém, o centrista Macron manteve a dianteira.

O fator Putin ajudou Macron

Mas, mesmo com a vitória de Macron, o avanço dos candidatos de pólos extremos na França vêm alimentando temores sobre o crescimento do sentimento anti-UE no país.

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Nesse sentido, o surgimento do fator Putin como potencialmente decisivo emerge como um alívio para os defensores de posições mais moderadas.

Não é de hoje que Le Pen se diz próxima do presidente russo. Em 2017, numa entrevista à BBC, Le Pen enfatizou que suas políticas para a França eram as mesmas do ex-presidente dos EUA, Donald Trump. E de Putin.

No início de 2022, enquanto a Rússia posicionava suas forças armadas perto da fronteira com a Ucrânia, Le Pen disse que via Moscou como uma aliada da França e que não acreditava que a Rússia quisesse invadir a Ucrânia.

Entretanto, a invasão ocorreu, com ela vieram as sanções, Macron emergiu como um incansável negociador e Le Pen tentou fingir que não era com ela.

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Panfletos jogados no lixo e empréstimos de bancos russos

A campanha de Le Pen chegou a imprimir - e posteriormente jogar no lixo - milhares de panfletos com uma foto da candidata cumprimentando Putin. A direção de campanha assegura que um erro tipográfico foi a causa do descarte, não a foto em si.

Anteontem, porém, o assunto voltou à tona no decisivo debate entre Macron e Le Pen às vésperas da eleição na França. “Quando você fala com a Rússia, está falando com quem paga suas contas”, disparou Macron no debate de duas horas de duração.

Em 2014, o partido de Le Pen levantou empréstimos junto a bancos russos. “Sou uma mulher completamente livre”, rebateu Le Pen. Segundo ela, os empréstimos ainda estão sendo pagos e foram tomados de bancos russos porque nenhum credor francês quis emprestar dinheiro a seu partido na ocasião.

*Com informações da CNBC

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