A escalada continua: Inflação acelera, composição da alta dos preços piora e pressiona o Banco Central a subir ainda mais os juros
O IPCA subiu 0,67% em junho na comparação com maio e 11,89% no acumulado em 12 meses, ligeiramente abaixo da mediana das projeções

A inflação oficial de junho acelerou-se menos que o esperado pela maior parte do mercado. Entretanto, os itens que provocaram o avanço do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no mês passado sinalizam uma piora na “qualidade” da inflação.
A mais provável consequência disso é que o Banco Central (BC) intensifique ainda mais o forte aperto monetário e prolongue a escalada dos juros, que em pouco mais de um ano já levou a taxa Selic de 2% para 13,25% ao ano.
Não é demais lembrar que o Banco Central já abriu mão da meta de inflação para 2022.
Os números do IPCA em junho
O IPCA subiu 0,67% em junho na comparação com maio, acelerando-se em relação à leitura mensal anterior (+0,47%).
No acumulado em 12 meses, a inflação acelerou de 11,73% para 11,89%.
Os resultados vieram ligeiramente abaixo da mediana das projeções do Broadcast, de altas de 0,71% na comparação mensal e 11,93% em base anual.
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Inflação deve forçar Banco Central a subir ainda mais os juros
“A composição da inflação continua ruim e preocupa”, disse Mirella Hirakawa, economista sênior da AZ Quest.
Segundo ela, a confirmação dessa análise vem da inflação de serviços.
“Não é uma inflação que traz alívio, principalmente nos grupos relevantes para a política monetária”, afirmou Débora Nogueira, economista-chefe da Tenax Capital.
Na prática, isso impõe pressão para que o Comitê de Política Monterária (Copom) do BC intensifique ainda mais o aperto monetário.
Na avaliação da AZ Quest, a expectativa agora é de que o Copom eleve a taxa Selic em 50 pontos-base na reunião de agosto e em 25 na de setembro. Com isso, a taxa básica de juro no Brasil deve terminar 2022 em 14% ao ano.
Teto to ICMS tem impacto antecipado
A leitura do IPCA de junho sugere uma antecipação do impacto da imposição de um teto sobre o ICMS dos preços de energia e dos combustíveis.
Mirella Hirakawa chama a atenção para a queda dos preços da energia elétrica e da gasolina em diversas capitais.
Segundo ela, esperava-se que o impacto fosse percebido apenas na passagem de julho para agosto, mas ele já começou a ser percebido agora.
Cassiano Konig, sócio da GT Capital, acredita que o teto do ICMS deve continuar retirando um pouco da pressão sobre os preços no decorrer dos próximos meses.
Entretanto, uma eventual alta do dólar e as pautas relacionadas a estímulo da economia e ampliação de benefícios podem aquecer mais a demanda, ponderou ele.
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