🔴 ONDE INVESTIR EM NOVEMBRO: AÇÕES, DIVIDENDOS, FIIS E CRIPTOMOEDAS – CONFIRA

Carolina Gama

Formada em jornalismo pela Cásper Líbero, já trabalhou em redações de economia de jornais como DCI e em agências de tempo real como a CMA. Já passou por rádios populares e ganhou prêmio em Portugal.

SEM DOR OU COM DOR?

Tudo o que você precisa saber sobre os próximos passos do Fed — e por que isso importa para os seus investimentos

A inflação ao consumidor (CPI) dos EUA segue em alta e já chega a 9,1%, no acumulado em 12 meses — bem acima das projeções do mercado. O cenário aumentando a probabilidade de o Fed elevar a taxa de juros em 1 pp em julho, no que seria o maior aperto desde os anos 90

Montagem de Jerome Powell em cima de um foguete rumo ao planeta chamado juros
Montagem de Jerome Powell em foguete rumo ao planeta juros - Imagem: Montagem Andrei Morais / Shutterstock / Banco Central da Suíça

“1, 2, 3…” Se fosse uma luta de boxe, o árbitro teria aberto a contagem para saber se o Federal Reserve (Fed) vai conseguir levantar e continuar a luta contra a maior taxa de inflação em 40 anos nos EUA.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Também não é para menos: o banco central norte-americano levou um cruzado de direita do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) nesta quarta-feira (13). 

O indicador segue surpreendendo para cima e já chega a 9,1% no acumulado em 12 meses — as previsões da Dow Jones giravam em torno de 8,8% após o resultado de junho.

Nem mesmo a ligeira redução do chamado núcleo de inflação, que exclui os preços mais voláteis de alimentos e energia — um recuo de 6% em maio para 5,9% em junho, no acumulado em 12 meses  — serve como consolo: essa retração foi menor que a esperada pelos economistas.

E, mais preocupante ainda: em uma base mensal, o núcleo do CPI avançou de 0,6% em maio para 0,7% no mês passado, chegando à leitura mais alta em um ano.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O Fed vai partir pra cima?

Se Jerome Powell, presidente do Fed, for fã de Rocky Balboa, a chance é de assistirmos ao BC dos EUA  apanhar até o último minuto para então levantar-se, partir pra cima e vencer o combate — com muitas escoriações, é verdade. 

Leia Também

E é nisso que a maioria dos traders acredita: o Fed vai reagir e dar um duro golpe para que a inflação perca força de vez. 

Assim como no esporte, a política monetária tem uma espécie de casa de apostas própria. Embora não valha dinheiro, os traders conseguem medir a temperatura do que vai acontecer nas próximas reunião do Fed. 

Quem compila os dados é o CME Group, com base em uma análise de contratos futuros dos chamados fed funds, como a taxa de juros dos EUA é conhecida. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Depois do resultado da inflação de junho, os traders passaram a enxergar uma probabilidade de 60% de aumento da taxa referencial em 1 ponto percentual (pp). 

Se isso acontecer, será o maior aumento desde que o Fed começou a usar diretamente a taxa de juros para conduzir a política monetária, no início dos anos 90.

Powell não entra no ringue sozinho

Mickey Goldmill, Paulie Penino, Duke… Rocky Balboa contava com técnicos e assistentes para vencer no ringue. Assim como o lutador eternizado pelo cinema, Jerome Powell — o presidente do Fed — também tem uma equipe para enfrentar suas batalhas. 

No mês passado, Powell disse — depois que o banco central norte-americano aumentou o juro em 0,75 pp, para uma faixa de 1,5% a 1,75% — que uma elevação de 0,50 pp ou 0,75 pp era provável em julho.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Desde então, a maioria dos membros do Fed ecoou o mesmo discurso ou endossou um movimento maior.

O presidente do Federal Reserve de Atlanta, Raphael Bostic, alimentou hoje as expectativas crescentes de uma ação mais agressiva do Fed, dizendo que a inflação de junho pode exigir  um aumento de 1 pp na reunião do final deste mês.

Uma ideia mais clara do que eles pensam deve ser conhecida hoje à noite, quando a presidente do Fed de Cleveland, Loretta Mester, será entrevistada pela Bloomberg TV.

Amanhã quem deve falar é o diretor do Fed, Christopher Waller, enquanto o presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, e seu colega de St. Louis, James Bullard, têm eventos na sexta-feira. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Depois disso, os membros do Fed entram no período de silêncio pré-reunião. O próximo encontro do banco central norte-americano acontece nos dias 26 e 27 de julho. 

Veja também: Recessão global à vista: hora de investir na bolsa?

Sem dor ou com dor, Fed? 

No caso de Balboa, ele sempre repetia o mantra “sem dor, sem dor” para dizer a si mesmo que um determinado golpe não seria capaz de derrubá-lo. 

No caso do Fed, a luta contra a inflação pode ser com dor. Isso porque um aumento tão agressivo dos juros, ainda que telegrafado pelo banco central para não pegar ninguém de surpresa, pode lançar a economia dos EUA na recessão. 

“Se de fato o Fed elevar em 1 pp em julho e em 0,75 em setembro, acho que as perspectivas de crescimento para o final do ano provavelmente se deteriorarão”, disse Michael Feroli, economista- chefe do JPMorgan Chase & Co para os EUA. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“Com o Fed mais agressivo, passa a ser uma questão de que tipo de recessão teremos e não se vamos ter uma recessão ou não”, disse Tom Porcelli, economista-chefe dos EUA da RBC Capital Markets.

O Brasil também acusa o golpe?

Com todos jabs de todos os lados, não tinha como o Brasil não acusar o golpe. A inflação nos EUA traz reflexos aos movimentos de preços por aqui — a exemplo da gasolina, alimentos e produtos industriais. 

Ou seja: como a dinâmica entre oferta e demanda no mundo também afeta a inflação no Brasil, preços perdendo ou ganhando força nos EUA acabam sinalizando um comportamento a ser esperado também no cenário doméstico.

Além disso, importamos muitos produtos manufaturados de países desenvolvidos, sendo os EUA um dos principais fornecedores. Assim, quando os preços de determinados produtos sobem por lá, sentimos parte dessa alta por aqui, via importação. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Claro, contabilizando aí também a diferença da taxa de câmbio do real em relação ao dólar — no caso, quanto mais desvalorizada nossa moeda, maior impacto terá a inflação nos EUA sobre os nossos produtos.

Além de crédito mais caro, juros em alta significam menor liquidez para os mercados, isto é, menos dinheiro em busca de retornos no mundo. 

Além disso, maiores juros nos EUA reduzem a atratividade relativa de ativos em países mais arriscados, como o Brasil.

Isso ocorre devido a redução do chamado diferencial de juros. De maneira simplificada, trata-se de uma comparação do quanto um investidor ganharia investindo aqui no Brasil — considerando a nossa taxa básica de juros como base para retornos — e quanto ganharia dado a taxa básica de juros dos EUA, onde o risco é considerado um dos menores do mundo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Ou seja: com juros maiores lá, investidores pensam um pouco mais sobre investir aqui, onde o risco é maior.

Deste modo, o rumo dos juros nos EUA também impacta o rumo dos nossos juros aqui. Quanto maiores os juros por lá, menor a entrada de dólares aqui (logo, mais desvalorizada nossa moeda). 

Esse movimento impacta a nossa inflação e contribui para maiores juros por aqui também.

Vale correr pro corner?

Segundo especialistas, proteger os investimentos contra a alta de preços aqui e lá fora torna-se ainda mais essencial no momento atual — além disso, o movimento de alta de juros pode trazer boas oportunidades.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Rachel de Sá, chefe de economia da Rico Investimento, diz que no Brasil, títulos indexados à inflação, como o Tesouro IPCA + 2026, debêntures de empresas sólidas e boas classificação de risco, e fundos de inflação (fundos de investimento que investem em ativos indexados à inflação) são alternativas a serem consideradas pelos investidores. 

“Ao mesmo tempo, o período de juros em elevação também traz oportunidades em títulos pós fixados — aqueles que acompanham a nossa taxa básica de juros, a Selic. Tesouro Selic, CDBs de bancos sólidos e fundos de crédito privado também ajudam a aproveitar as oportunidades do ciclo de alta da Selic”, afirma. 

Para surfar a onda da alta de juros também o cenário global, Rachel de Sá lembra dos ativos de renda fixa internacional. 

Com uma dinâmica bem diferente dos ativos brasileiros, a renda fixa internacional além de incluir muito mais opções de ativos, possui maior liquidez e estratégias que podem ser exploradas por grandes gestores de fundos de investimento, segundo a analista. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

*Com informações da Bloomberg e da Reuters

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
MÁQUINA DE MILIONÁRIOS

Loterias turbinadas: Bolas divididas na Lotofácil e na Lotomania acabam em 10 novos milionários

18 de novembro de 2025 - 7:04

Prêmio principal da Lotofácil será dividido entre 14 apostadores, mas só 7 ficaram milionários; Lotomania teve 3 ganhadores, que ainda se deram ao luxo de deixar dinheiro na mesa

SEGUNDA CHANCE

Banco Master recebe nova proposta de compra, desta vez de consórcio integrado por investidores dos Emirados Árabes Unidos

17 de novembro de 2025 - 19:04

Transação está sujeita à aprovação do Banco Central e do Cade e envolveria a compra da totalidade das ações do fundador do Master, Daniel Vorcaro

ONDA DE ESTRANGEIROS

Disparada do Ibovespa não é mérito do Brasil, mas tropeção dos EUA, diz Mansueto Almeida, do BTG

17 de novembro de 2025 - 17:45

Economista-chefe do BTG acredita que o Brasil continua empacado com os mesmos problemas e potencial verdadeiro do Ibovespa só será destravado após melhora fiscal

FOGUETE NA PISTA

Ibovespa sem freio: Morgan Stanley projeta índice aos 200 mil pontos no fim de 2026, mas há riscos no radar

17 de novembro de 2025 - 16:17

Apesar da avaliação positiva, o Morgan Stanley vê o aumento das preocupações com o cenário fiscal no país como maior risco para o desempenho do Ibovespa

MUITO ALÉM DE SMARTPHONES

Black Friday da Samsung: celulares, TVs e eletrodomésticos com até 55% de desconto; veja os destaques

17 de novembro de 2025 - 13:51

Ar-condicionado, TV, robô aspirador e celulares Galaxy entram na Black Friday da Samsung com descontos e condições especiais de pagamento

PELÉ ETERNO

Quanto Pelé valeria hoje? A projeção do ChatGPT que supera Mbappé, Haaland e Neymar no mercado global

17 de novembro de 2025 - 12:32

Simulação mostra o óbvio: o Rei do Futebol teria o maior valor de mercado da história — e poderia quebrar todos os tetos de transferência do futebol moderno.

PARA QUEM QUISER TENTAR A SORTE

Lotofácil ‘final zero’ promete R$ 12 milhões em premiações hoje

17 de novembro de 2025 - 8:12

Além do concurso com ‘final zero’, a Lotofácil acumulou na última rodada. Enquanto isso, de todos as loterias com sorteios programados para a noite de hoje (17), somente uma promete prêmio inferior a R$ 1 milhão.

ANOTE NO CALENDÁRIO

Feriado no Brasil, mas sem descanso para o mercado: Payroll, ata do Fomc, IBC-Br e balanço da Nvidia estão na agenda econômica

17 de novembro de 2025 - 7:03

O calendário dos próximos dias ainda conta com discursos de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), do Banco da Inglaterra (BoE) e do Banco Central Europeu (BCE)

QUERIDINHO DO BRASIL

Com Pix, empresas e consumidores brasileiros economizaram R$ 117 bilhões em cinco anos

16 de novembro de 2025 - 14:41

Levantamento elaborado pelo Movimento Brasil Competitivo mostrou que somente entre janeiro e setembro de 2025, foram R$ 38,3 bilhões economizados

HORA DA DIPLOMACIA

Isenção de 10% para café e carne é um alívio, mas sobretaxa de 40% continua a ser entrave com EUA

16 de novembro de 2025 - 12:32

A medida beneficia diretamente 80 itens que o Brasil vende aos EUA, mas a sobretaxa continua a afetar a maior parte dos produtos brasileiros

AS MAIS LIDAS DA SEMANA

Banco do Brasil (BBAS3) e mais um balanço ‘para se esquecer’, dificuldades da Cosan (CSAN3) e histórias da Praia do Cassino

16 de novembro de 2025 - 11:15

Investidores estiveram atentos aos números do Banco do Brasil e também acompanharam a situação da Cosan nas mais lidas da última semana

SUSTENTABILIDADE

COP30: Marcha Mundial pelo Clima reúne 70 mil pessoas nas ruas de Belém

16 de novembro de 2025 - 10:30

Ativistas reivindicam acordos e soluções efetivas de governos na COP30

‘ISSO É TÃO BLACK MIRROR’

‘Pet 2.0’: clonagem animal vira serviço de R$ 263 mil; ricos e famosos já duplicam seus pets

16 de novembro de 2025 - 9:01

Clonagem de animais começou nos anos 1990 com a ovelha Dolly e agora é usada para reproduzir pets falecidos, preservação de espécies e melhoramento de rebanho

MEIO AMBIENTE

Negociações na COP30 entre avanços e impasses: um balanço da cúpula do clima até agora

15 de novembro de 2025 - 14:40

Em Belém, negociadores tentam conciliar a exigência de reduzir as emissões de gases de efeito estufa, com o impasse no financiamento climático e o risco de adiar as metas de adaptação para 2027

AMISTOSO

Brasil x Senegal: veja onde assistir ao amistoso e saiba o horário da partida

15 de novembro de 2025 - 11:32

Confira onde e quando assistir ao amistoso entre Brasil x Senegal, que faz parte da preparação da Seleção Brasileira para a Copa do Mundo de 2026

TENDÊNCIA PARA 2026

Essa praia brasileira vai ser uma das mais visitadas do país em 2026

15 de novembro de 2025 - 10:32

Juquehy se destaca como um destino turístico em ascensão, combinando mar calmo, ondas para surfistas e uma infraestrutura em constante crescimento, atraindo turistas para 2026

VIVER DE RENDA

Mega-Sena 2940 faz um multimilionário em Porto Alegre – quanto rende o prêmio de R$ 99 milhões na renda fixa?

15 de novembro de 2025 - 9:58

Vencedor de Porto Alegre embolsou R$ 99 milhões e agora pode viver de renda

QUEM PAGA A CONTA?

Explosão de fogos no Tatuapé: quem paga a conta? Entenda a responsabilidade de locatário, proprietário e vizinhos

14 de novembro de 2025 - 17:02

Com danos a casas, comércios e patrimônio público, advogados apontam quem responde civilmente pela explosão no bairro da zona leste

FIM DE UMA ERA

RIP, penny: Por que Donald Trump acabou com a moeda de um centavo de dólar nos EUA?

14 de novembro de 2025 - 9:39

Mais de 250 bilhões de moedas de um centavo continuam em circulação, mas governo decidiu extinguir a fabricação do penny

MÁQUINA DE MILIONÁRIOS

Lotofácil 3538 tem 8 ganhadores, mas apenas 2 ficam milionários; Mega-Sena adiada corre hoje valendo R$ 100 milhões

14 de novembro de 2025 - 6:47

Basta acumular por um sorteio para que a Lotofácil se transforme em uma “máquina de milionários”; Mega-Sena promete o maior prêmio da noite

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar