O mercado é contra tirar o Bolsa Família do teto de gastos, mas existem motivos para isso; entenda
Medida é uma das opções na mesa do governo eleito para viabilizar um Auxílio Brasil (que deve voltar a se chamar Bolsa Família) de R$ 600 no ano que vem
Investidores do mercado financeiro reagiram mal à proposta em avaliação pela equipe do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de retirar, de forma permanente, os desembolsos com transferência de renda do teto de gastos.
Não que isso seja surpreendente. A regra em questão limita o crescimento das despesas públicas à inflação.
A medida é uma das opções na mesa do governo eleito para viabilizar um Auxílio Brasil (que deve voltar a se chamar Bolsa Família) de R$ 600 no ano que vem.
- Magazine Luiza (MGLU3) já era? Cara ou barata? Com uma queda de mais de 30% no ano, alguns fatores marcantes podem impactar a ação e concorrentes daqui para frente. Acesse neste link mais detalhes.
A preocupação se dá porque a alternativa vem ganhando força na equipe de transição - que antes priorizava apenas uma "licença" temporária para gastar além do teto, por meio da chamada PEC da Transição.
Trajetória da dívida pública preocupa o mercado
Para o mercado, essa saída pode deteriorar a trajetória da dívida pública.
"Tirar os programas sociais do teto é a pior das possibilidades. Não que os programas sociais não sejam importantes. Mas, à medida que você tira uma classe de gastos de dentro do teto, ele passa a não ter referência para frente", afirma Caio Megale, economista-chefe da XP Investimentos. "É uma alternativa que fragiliza muito a previsibilidade da política fiscal."
A medida sempre foi um desejo do mundo político, sobretudo depois da pandemia de covid-19, quando a elevação das despesas do Auxílio Brasil comprimiu ainda mais o espaço orçamentário para outras políticas, pelas amarras do teto de gastos.
O céu é o limite?
Excluir do teto os gastos de R$ 175 bilhões do programa abriria um espaço no Orçamento de 2023 para outras despesas, como o aumento do salário-mínimo, em R$ 105 bilhões.
A diferença se deve ao incremento do Bolsa Família com as promessas feitas por Lula na campanha, como a manutenção dos R$ 600 (R$ 52 bilhões) e R$ 150 para famílias com crianças de até seis anos (R$ 18 bilhões).
"Precisamos em algum momento ter um superávit primário de 2% a 2,5% do PIB. Sem isso, não teremos uma dívida/PIB estável com uma pequena tendência de redução, que é o que o Brasil precisa. Pode-se, temporariamente, fugir desse número, mas não permanentemente", diz o ex-diretor do Banco Central e sócio-fundador da Mauá Capital, Luiz Fernando Figueiredo, que defende uma "licença" na casa dos R$ 100 bilhões.
Integrantes da equipe de Lula avaliam, segundo apurou o Estadão, que a medida é a mais viável pois tem a vantagem da previsibilidade, embora vá mexer com o mercado de juros e de câmbio num primeiro momento.
Segundo fontes, as despesas públicas aumentariam de 19% para 19,3% do PIB e deveriam ser acompanhadas por propostas de aumento de receitas - o que é difícil no início de governo, admitem.
Ouro e dólar foram os melhores investimentos de abril, que viu queda nas bolsas e títulos públicos; bitcoin recuou no mês do halving
O mês de abril não foi nada fácil para as bolsas, nem no Brasil, nem no resto do mundo. Os ativos de risco sofreram, e mesmo o bitcoin, que vinha numa toada positiva no ano, fechou o mês em baixa. Mas, enquanto uns choram, outros vendem lenços, e os melhores investimentos do mês foram justamente […]
Tomorrowland 2024 abre amanhã a venda de ingressos; saiba como comprar e o veja o line-up completo
O festival de música eletrônica acontecerá nos dias 11, 12 e 13 de outubro, em Itu, no interior de São Paulo; veja o que você precisa saber antes de comprar os tickets
Moody´s melhora a perspectiva da nota de crédito do Brasil para positiva. O que isso significa para o País e para o seu bolso?
A agência de classificação de risco manteve o rating do Brasil em Ba2, mas melhorou o outlook para positivo; entenda os motivos para essa nova avaliação
O futuro dos juros no Brasil: o que Campos Neto pensa sobre possíveis cenários, inflação, crescimento e questão fiscal
O presidente do Banco Central também falou sobre os efeitos no Brasil de juros mais elevados nos EUA — o BC de lá anuncia nesta quarta-feira (1) a decisão de política monetária
Brasil é o segundo país que mais recebeu investimento estrangeiro em 2023 e deixa China para trás
Os fluxos de investimento gringo direto diminuíram 7% no ano passado, mas país fica atrás apenas dos EUA em 2023, de acordo com a OCDE
A B3 vai abrir no feriado de 1º de maio? Confira o funcionamento da bolsa, dos bancos, Correios e transportes públicos no Dia do Trabalho
O Dia do Trabalho é feriado em diversos países do mundo, inclusive no Brasil. Por aqui, a folga afetará o funcionamento de diversos serviços públicos, e o Seu Dinheiro foi atrás do que abre e fecha nesta quarta-feira (1)
Lotofácil: Apostador “teimoso” de SC fatura sozinho prêmio de R$ 1,2 milhão; Quina e Lotomania acumulam
Uma aposta “teimosinha” cravou os 15 números do concurso 3091 da Lotofácil; veja as dezenas sorteadas na loteria
Felipe Miranda: Diversão é solução sim nos mercados
Na coluna do dia, o CEO da Empiricus reflete sobre as mazelas da economia e o mal que não é falado: a languidez dos mercados
Agronegócio pediu — e o BNDES atendeu: banco aprova nova linha de crédito que pode chegar a R$ 10 bilhões neste ano
A iniciativa era esperada desde fevereiro, e visa a ampliação do acesso ao crédito a pequenos e médios produtores rurais
Mega-Sena e Quina acumulam e Lotofácil tem sete ganhadores no mais recente sorteio; veja valores pagos nas loterias federais
O mais recente concurso da Lotofácil teve um resultado emocionante: 7 apostas acertaram os 15 números e dividiram o prêmio principal de R$ 672.455,24 cada
Leia Também
-
Fundo imobiliário XP Malls (XPML11) quebra recorde e levanta R$ 1,8 bilhão com oferta de cotas na B3
-
Bolsa hoje: Ibovespa sobe quase 1% com 'reação tardia' a elevação de perspectiva de rating e a juros nos EUA; dólar cai a R$ 5,11
-
IFIX: Dez fundos imobiliários que devem entrar e três que podem sair da carteira do principal índice de FIIs da B3