A resposta de Putin às maiores sanções financeiras já impostas pelos Estados Unidos após invasão à Ucrânia
Mais cedo, norte-americanos, europeus e outros membros do G-7 anunciaram uma série de medidas punitivas na tentativa de sufocar a economia russa e estancar o conflito armado

O mundo acordou nesta quinta-feira (24) com a invasão da Ucrânia batendo à porta e vai dormir com a resposta de Vladimir Putin a uma avalanche de medidas do Ocidente com potencial para estrangular a economia da Rússia.
Mas como o presidente russo vai se livrar do que a própria Casa Branca chamou de “as maiores sanções financeiras já impostas pelos Estados Unidos”? Essa é uma daquelas perguntas de um milhão de dólares que começou a ser respondida agora.
É bem verdade que o antídoto para esse pacote severo de punições anunciado hoje por europeus, norte-americanos e aliados não vem diretamente do Kremlin. É o banco central russo que está comandando os primeiros passos de Moscou contra a investida do Ocidente para sufocar o conflito no leste da Ucrânia.
As primeiras medidas do Banco da Rússia
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou na tarde desta quinta-feira sanções adicionais aos bancos russos, entre outras medidas.
Antes, o Reino Unido - tradicional aliado de Washington - havia decidido pela exclusão completa de bancos russos do sistema financeiro britânico e pela proibição de empresas russas de levantarem capital em Londres.
Leia Também
Além disso, a chefe da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, havia afirmado mais cedo que a União Europeia (UE) se prepara para adotar sanções ainda mais severas contra a economia e o sistema financeiro russo.
A resposta do Banco da Rússia veio horas depois. A autoridade monetária indicou que vai fornecer todo o apoio às instituições financeiras sancionadas e foi além: irá intervir no mercado de câmbio pela primeira vez em anos e tomar medidas para controlar a volatilidade.
Um derramamento de sangue
Conforme as tropas russas iam avançando sobre o território ucraniano, o mercado russo era tomado por um derramamento de sangue.
O rublo caiu para um recorde de baixa, o custo do seguro da dívida russa contra a inadimplência atingiu o nível mais alto desde 2009, e as ações encerraram o pregão principal em queda de 33% - seu maior recuo de todos os tempos.
O banco central russo não mencionou o aumento das taxas de juros, mas indicou que fornecerá liquidez adicional aos bancos oferecendo 1 trilhão de rublos (US$ 11,8 bilhões) em um leilão de recompra overnight.
A autoridade monetária russa aumentou a taxa de referência em 525 pontos base nos últimos 12 meses para controlar a inflação.
Amigos & rivais: a ligação de Trump para Putin e a visita de Xi Jinping a Washington
Se a vida imita a arte, o republicano é a prova disso: está tentando manter os amigos perto e os inimigos ainda mais próximos
As múltiplas frentes de batalha de Donald Trump
Disputas comerciais, batalha contra os serviços públicos, participação indireta em conflitos no Oriente Médio e tentativa de paz pela força na Ucrânia fazem parte das várias guerras nas quais o republicano se meteu
Barcelona ou Madrid: qual cidade da Espanha tem mais a sua cara?
De um lado, a energia vibrante e descolada de Barcelona; de outro, o charme clássico e cosmopolita de Madrid: as duas cidades mais populosas da Espanha têm identidades diferentes; aqui, fizemos um guia para entender qual combina mais com seu perfil
A terceira grande guerra bate à porta: Trump vai abrir?
Presidente norte-americano discursa no Departamento de Justiça dos EUA e fala que uma guerra global agora não teria precedentes porque seria patrocinada por armas nucleares
Frenetic trading days: Com guerra comercial no radar, Ibovespa tenta manter bom momento em dia de vendas no varejo e resultado fiscal
Bolsa vem de alta de mais de 1% na esteira da recuperação da Petrobras, da Vale, da B3 e dos bancos
Trump golpeia, Otan se esquiva — mas até quando?
Mark Rutte, chefe da aliança transatlântica, esteve na Casa Branca nesta quinta-feira (13) para tentar convencer os EUA a se manterem na linha de frente da luta pela Europa
Nem Trump para o Ibovespa: índice descola de Nova York e sobe 1,43% com a ajuda de “quarteto fantástico”
Na Europa, a maioria da bolsas fechou em baixa depois que o presidente norte-americano disse que pode impor tarifas de 200% sobre bebidas alcoólicas da UE — as fabricantes de vinho e champagne da região recuaram forte nesta quinta-feira (13)
Trump vai deixar seu vinho mais caro? Como as tarifas de 200% sobre as bebidas europeias nos EUA podem impactar o mercado brasileiro
Mal estar entre os EUA e a União Europeia chega ao setor de bebidas; e o consumidor brasileiro pode ‘sentir no bolso’ essa guerra comercial
Tony Volpon: As três surpresas de Donald Trump
Quem estudou seu primeiro governo ou analisou seu discurso de campanha não foi muito eficiente em prever o que ele faria no cargo, em pelo menos três dimensões relevantes
Hegemonia em disputa: Ibovespa tenta manter bom momento em semana de IPCA, dados de emprego nos EUA e balanços
Temporada de balanços volta a ganhar fôlego enquanto bolsas têm novo horário de funcionamento, inclusive no Brasil
Agenda econômica: IPCA, dados de emprego dos EUA e o retorno da temporada de balanços marcam a semana pós-Carnaval
Com o fim do Carnaval, o mercado acelera o ritmo e traz uma semana cheia de indicadores econômicos no Brasil e no exterior, incluindo inflação, balanços corporativos e dados sobre o mercado de trabalho nos EUA
Trump e Putin: uma amizade sem limites — até quando?
O republicano rebateu críticas de que sua administração está sendo leniente com a Rússia — na avaliação dele, apesar da boa relação com o russo, há ações sendo feitas para pressionar Moscou
Putin tem medo do que? A única coisa que pode conter a máquina de guerra da Rússia agora — e está ao alcance de Trump
Enquanto o presidente norte-americano tenta um acordo de paz pouco ortodoxo na Ucrânia, economista do Brooking Institute diz qual é a única coisa que pode segurar o russo no momento
Içando a âncora fiscal: a proposta do novo governo alemão para flexibilizar o “freio da dívida” e investir em defesa após recuo dos EUA
Os partidos de centro concordaram em lançar um fundo de 500 bilhões de euros (R$ 3,1 trilhões) para investir em setores prioritários como transporte, redes de energia e habitação
Trump: uma guerra começa quando outra parece perto do fim
Com o Brasil parado para o Carnaval, Trump suspendeu ajuda militar à Ucrânia e deu início prático à guerra comercial, mas não ficou só nisso
Mercado de relógios desacelera em 2024, mas empresa suíça mantém a dominância total, com 32% do mercado
Relatório do Morgan Stanley com a Luxe Consult faz um panorama geral do mercado da relojoaria suíça em 2024
Um ‘MET Gala’ no Louvre: museu francês inaugura primeira exposição sobre moda, com direito a baile para arrecadar fundos
Visando arrecadação de fundos para futuras reformas, o museu francês vai realizar um evento nos moldes do Metropolitan Museum, em Nova York
Agenda econômica: é Carnaval, mas semana terá PIB no Brasil, relatório de emprego nos EUA e discurso de Powell
Os dias de folia trazem oportunidade de descanso para os investidores, mas quem olhar para o mercado internacional, poderá acompanhar indicadores importantes para os mercados
Após discussão entre Trump e Zelensky na Casa Branca, Europa anuncia plano de paz próprio para guerra entre Rússia e Ucrânia
Primeiro-ministro do Reino Unido diz que país concordou com França e Ucrânia em trabalhar num plano de cessar-fogo
O visto dourado de US$ 5 milhões: a nova proposta de Trump para quem quer ser cidadão americano
Detalhe na declaração do presidente norte-americano sobre os chamados golden visas chama atenção – inclusive de Vladimir Putin