Os testes do Real Digital foram adiados: confira qual a previsão para o lançamento da “criptomoeda” do BC
O Real Digital iniciaria a fase de testes ainda esse ano, mas a greve dos servidores adiou os planos do Banco Central

Carteira de identidade, título de eleitor, carteira de motorista (CNH) e até extrato das contas bancárias estão no mundo digital. E a nossa moeda em breve também.
O Banco Central (BC) tem desenvolvido projetos para implementar o real digital no país desde 2021 e a ideia era que as “cédulas” em versão digital fossem testadas ainda neste ano.
Mas com a greve dos servidores do BC o cronograma mudou. Os testes do real digital devem começar só no próximo ano e o lançamento da moeda no segundo semestre de 2024, segundo Fábio Araújo, economista do BC.
O nome técnico da “criptomoeda” que tem por trás uma autoridade monetária é Central Bank Digital Currency (CBDC, em inglês). A ideia é que elas funcionem como versão digital das cédulas e moedas emitidas em espécie, valendo-se da tecnologia que criou o bitcoin.
O que é o Real Digital?
O real digital nada mais é do que uma extensão das cédulas da nossa moeda corrente, o Real, para o mundo virtual. Contudo, o objetivo não é substituir a cédula, mas funcionar como os cartões de débito e crédito, que podem ser usados em carteiras digitais.
A iniciativa faz parte de uma adequação à tendência mundial de negociações em via digital, que está abandonando as cédulas.
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A transformação do dinheiro em espécie em moeda digital já está sendo testada em mais de 100 países, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI).
O relatório The Global Report, por exemplo, já mostrou que menos de 50% da população mundial compra e vende por meio das moedas físicas. Em 2020, apenas 35% das operações foram feitas com cédulas.
Já segundo o Banco Central, apenas 3% do dinheiro disponível para as operações no país está na forma de papel.
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O Real Digital é uma criptomoeda?
Repare que eu usei a palavra criptomoeda entre aspas ao falar do projeto do Banco Central. Isso porque existem diferenças básicas — a principal delas é que as criptos não são controladas por uma autoridade monetária e quem regula é a própria rede de usuários.
Sendo assim, o real digital vai funcionar assim como o real físico, em papel. Ou seja, será usada para pagar contas, transferir dinheiro e quaisquer outras operações no meio digital, sem uma conexão com a internet e inclusive em outros países.
Em linhas gerais, a versão inicial da moeda digital será uma opção adicional ao uso do real em espécie e poderá ser convertida para qualquer outra forma de pagamento hoje disponível, seja como depósito bancário convencional ou em cédula.
Durante a fase de testes e a implementação da CBDC, as pessoas interessadas terão uma carteira virtual de um agente autorizado pelo Banco Central, ou seja, de uma instituição bancária.
Países que já adotaram o CBDC
As Bahamas são o primeiro país do mundo a lançar oficialmente uma CBDC. Nomeada de Sand Dollar (B$), a moeda digital está disponível desde outubro de 2021.
De acordo com o Banco de Compensações Internacionais (BIS), mais de 80% dos bancos centrais do mundo estão desenvolvendo moedas digitais.
Países como China, Estados Unidos e Japão, por exemplo, já estão na fase de teste das moedas digitais.
Greve do Banco Central
Os testes do Real Digital não foram as únicas atividades afetadas pela greve dos servidores do BC.
A paralisação que já dura mais de dois meses — e que deve continuar por tempo indeterminado — atrasou a segunda fase do Sistema de Valores a Receber (SVR), que possibilita a consulta e saque do “dinheiro esquecido”.
As publicações do Boletim Focus e Fluxo Cambial também seguem suspensas por conta da greve do BC.
*Com informações de Agência Brasil, Banco Central do Brasil, Agência Senado e CoinTelegraph
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