O ano não tem sido nada fácil para o jovem bilionário, Brian Armstrong, o CEO da Coinbase. Depois de viver os dias de glória com o mercado de criptomoedas em alta entre 2020 e 2021 — o que gerou até o IPO da corretora na bolsa —, a bruxa tem corrido solta pelos mercados.
Desde abril do ano passado, os papéis COIN — negociados no Nasdaq — caíram 84,15%. Só este ano, as perdas são de 79,28%. E as perspectivas não são das melhores para o setor de tecnologia e criptomoedas.
Nesse cenário, a empresa acaba de anunciar um corte de “cerca de 18%” de sua força de trabalho, de acordo cum uma publicação do próprio Armstrong endereçada aos funcionários.
“Hoje, eu estou tomando a difícil decisão de reduzir nossa equipe em 18%, para garantir que permaneceremos sustentáveis ao longo desse momento de desaceleração econômica”, escreve o CEO da Coinbase.
Coinbase, criptomoedas e as pedras no caminho
Não é de hoje que as empresas de tecnologia vêm sofrendo com a perspectiva de alta de juros. A bolsa de tecnologia Nasdaq recua 31,72% em 2022 desde que o Federal Reserve entendeu que o momento econômico exige o aperto monetário da instituição.
As empresas de tecnologia se beneficiaram do crédito facilitado, o que foi possível graças aos juros zerados nos Estados Unidos.
Soma-se a isso o fato de, durante a pior fase da pandemia de covid-19, o BC americano ter injetado dinheiro nos negócios, o que beneficiou os ativos de risco, em especial desse setor, e as criptomoedas.
Porém, o Fed está fechando a torneira gradualmente este ano, exatamente o oposto do que o setor de tecnologia e as moedas digitais precisam. Em outras palavras, a desaceleração desse segmento é quase certa.
E o modelo de negócios em cripto não vai nada bem…
O mercado global de criptomoedas vem perdendo recursos desde o início do ano e já acumula queda de 56,35% em 2022, de acordo com o Coin Market Cap.
Além do cenário desfavorável, o mercado sofreu baques de confiança com o desaparecimento da Terra (LUNA) e a recente suspensão dos negócios da Celsius.
Outros cortes
A Coinbase não é a única empresa do setor que precisou tomar medidas drásticas. A Tesla, empresa de carros elétricos de Elon Musk, também começou uma onda de demissões pelo mundo, alegando os mesmos motivos.
O cenário não é ruim apenas lá fora. O unicórnio brasileiro de criptomoedas, o Mercado Bitcoin, também precisou fazer um corte de funcionários, alegando que o cenário não é dos melhores.
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