O bitcoin (BTC) segue embalado pelos ganhos de quarta-feira (27), quando o Federal Reserve (Fed) sinalizou a possibilidade de tirar o pé do acelerador do aumento de juros, e entra na noite desta quinta-feira (28) flertando com o patamar dos US$ 24 mil.
A maior criptomoeda do mundo não se assustou nem mesmo com a retração da economia dos EUA no segundo trimestre de 2022, que agora está em recessão técnica.
Por volta de 20h15, o bitcoin subia 4,34%, cotado a US$ 23.858,89. Confira a cotação de algumas das principais criptomoedas do mundo:
Nome | Preço | 24h % | 7d % |
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Bitcoin (BTC) | US$ 23.858,89 | +4,34% | +3,20% |
Ethereum (ETH) | US$ 1.732,52 | +6,62% | +9,54% |
Tether (USDT) | US$ 1,00 | -0,01% | +0,01% |
USD Coin (USDC) | US$ 1,00 | -0,01% | -0,01% |
BNB (BNB) | US$ 276,86 | +2,98% | +4,44% |
Efeito Fed no bitcoin
Como era amplamente esperado, o Fed elevou a taxa de juros em 0,75 ponto percentual (pp) na reunião de ontem.
Apesar do grau do aumento, a previsibilidade da ação trouxe um alívio aos investidores — especialmente para parte daqueles que cogitavam um aperto de 1 pp para conter a maior taxa de inflação em 41 anos nos EUA.
Depois, na coletiva de imprensa que seguiu a decisão, Powell temperou o apetite dos investidores para o risco.
O presidente do Fed deixou a porta aberta para apertos monetários em menor escala diante da aposta de que a inflação deve dar sinais de desaceleração.
A inflação vem aí
O bitcoin ainda tem outro desafio pela frente: os dados de inflação preferidos do Federal Reserve, o PCE — o índice de gastos com consumo dos EUA.
Esse indicador será divulgado amanhã (29) e deixará em aberto a possibilidade de um novo aumento de juros mais brando ou um aperto ainda maior.
Na última leitura do PCE, até mesmo o presidente americano, Joe Biden, comentou o resultado. Para ele, a leitura de maio estava desatualizada, o que dá margem para uma deflação nos dados de junho e deve animar o mercado.