Por que os mercados tiveram uma “Quinta do Terror” após a Super Quarta?
Agentes do mercado duvidam que a atual condução de política monetária seja suficiente para trazer a inflação para a meta
Ontem tivemos dois eventos importantes: a decisão de juros dos EUA e no Brasil. No dia após a chamada Super Quarta, as bolsas reagiram negativamente, e a razão para o incômodo dos investidores tem nome: inflação.
A primeira decisão foi do Federal Reserve, que elevou em 0,50 ponto percentual o juro americano, para a faixa entre 0,75% e 1%, conforme esperado.
Mas, para surpresa do mercado, o BC norte-americano trouxe um tom mais "dovish" para a próxima reunião. Em outras palavras, ainda que a autoridade monetária esteja preocupada com a inflação no país, não é o seu objetivo resolve-la através dos juros mais altos nos próximos meses.
Neste sentido, a expectativa do Fed para a reunião de junho é mais 0,50 ponto percentual, descartando o 0,75 p.p. que o mercado esperava.
O observado hoje foi claramente um aumento da aversão ao risco por parte dos investidores, com queda expressiva das bolsas americanas, aumento dos rendimentos dos títulos americanos assim como o fortalecimento do dólar.
O Ibovespa fechou em forte queda de 2,80%, aos 105.304 pontos. Mas ainda teve um dia melhor do que as bolsas em Nova York.
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Mercados duvidam dos Bancos Centrais
Podemos imaginar que, com a expectativa da política de juros mais amena, os impactos negativos da inflação na atividade econômica ficarão ainda mais evidentes, o que leva a maiores incertezas quanto à recuperação da economia americana e, principalmente, aumentam os riscos de recessão, em especial no próximo ano.
E, dos EUA para o Brasil, os impactos da economia americana também poderão ser observados aqui. Depois da decisão de elevar a Selic em 1 ponto percentual, para 12,75% ao ano, o Banco Central deixou como "provável" mais uma alta nos juros na reunião de junho, porém de menor magnitude e sem dizer o quanto.
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E, neste cenário, o mercado local hoje parece ter evidenciado que a meta de juros terminal nos próximos meses poderá não ser suficiente para controlar a inflação ao longo de 2022 assim como 2023.
Mais uma vez, o aumento das incertezas, tanto no âmbito doméstico quanto internacional, impactam nos ativos de risco assim como na divisa cambial, na busca de investimentos, ainda que menos rentáveis, porém mais seguros em outros países.
O dia após a super quarta nos mostra que os agentes do mercado duvidam que a atual condução de política monetária, de ambos bancos centrais, seja suficiente para trazer a inflação para a meta, especialmente no médio prazo.
Para os investidores, o aumento das incertezas traz também como consequência a importância do gerenciamento de risco e dos seus objetivos nas diferentes classes de investimentos.
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