O primeiro pregão com Lula eleito, gestores comentam vitória e a reclamação do presidente da Cosan (CSAN3); confira os destaques do dia

Apesar de ainda existirem muitas incertezas e preocupações no radar, a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas urnas é a chance de virada de página para o mercado financeiro.
O nome dos chefes da equipe econômica são muito aguardados para que os investidores tenham noção de como será a condução dos problemas fiscais do país — as chances de privatização das estatais foram levadas a zero, mas a definição do pleito também trouxe ganhos importantes para o mercado.
A rapidez dos líderes nacionais e internacionais no reconhecimento da vitória de Lula reduziu o risco de que uma contestação alongue uma crise institucional. Além disso, os investidores estrangeiros tendem a gostar mais do presidente eleito do que de Bolsonaro.
O resultado pode ser visto na movimentação do Ibovespa hoje. O principal índice da bolsa brasileira chegou a operar em forte queda, repercutindo a baixa de quase 10% da Petrobras (PETR4), enquanto o dólar encostou em R$ 5,40 — mas quanto mais sinais chegavam de que uma constestação não deve ter força, mais o capital estrangeiro em direção ao país crescia.
Com o novo ocupante do Palácio do Planalto escolhido, os investidores se voltaram novamente para aquelas ações que podem viver uma nova Era de Ouro nos próximos quatro anos.
Os detalhes do plano do governo não são conhecidos, mas o foco na classe média e na retomada do poder de compra dessa parcela da população empolgou a bolsa hoje — com varejo, companhias aéreas, empresas educacionais e construtoras puxando o índice.
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Nem mesmo o bloqueio de rodovias federais em todo o país por parte de caminhoneiros apoiadores de Bolsonaro e a cautela em Wall Street impediu o avanço do índice. O Ibovespa subiu 1,31%, aos 116.037 pontos — no mês, a alta foi de 5,45%. O dólar à vista recuou 2,54%, a R$ 5,1659 — queda de 4,24% em outubro.
Veja tudo o que movimentou os mercados nesta segunda-feira, incluindo os principais destaques do noticiário corporativo e as ações com o melhor e o pior desempenho do Ibovespa.
Confira outras notícias que mexem com o seu dinheiro
REAÇÃO AO VOTO
ADRs da Petrobras (PETR4) chegam a cair mais de 10% após eleição e ações lideram quedas do Ibovespa; JP Morgan rebaixa estatal com vitória de Lula sobre Bolsonaro. O resultado da votação também afastou os planos de privatização da petroleira.
OS PRÓXIMOS 4 ANOS
‘Pacote Lula’ e Copa do Mundo podem fazer varejo disparar; confira as apostas do Goldman Sachs. Para os analistas do banco, as ações de consumo devem ser as mais beneficiadas pelos planos de reestruturação de dívidas e renda do novo governo.
NOVO GOVERNO
“Lula entende a necessidade de criar outra âncora fiscal”, diz Daniel Goldberg, da Lumina Capital. Chegada do petista ao Planalto pela terceira vez levanta hipótese de “herança maldita” deixada pelo governo de Jair Bolsonaro (PL).
NEGÓCIO COMPLEXO
“Mercado não gostou porque não entendeu”, afirma Rubens Ometto sobre queda das ações da Cosan (CSAN3) após compra de fatia da Vale (VALE3). O principal acionista e presidente do conselho de administração da Cosan participou do evento Market Changers, que celebra os 13 anos da Empiricus Research.
VAREJO DE MODA
Vale a pena comprar ação do Grupo Soma (SOMA3) enquanto o conglomerado segue na luta para reestruturar a Hering? Mais de um ano depois do negócio de R$ 5 bilhões, analistas avaliam que a marca de roupas básicas possui dificuldades para abastecer as lojas, além de problemas de definição de preço.
Labubu x Vale (VALE3): quem sai de moda primeiro?
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Entre as propostas do governo figuram o fim da isenção de IR dos investimentos incentivados, a unificação das alíquotas de tributação de aplicações financeiras e a elevação do imposto sobre JCP
Felipe Miranda: Para quem não sabe para onde ir, qualquer caminho serve
O anúncio do pacote alternativo ao IOF é mais um reforço à máxima de que somos o país que não perde uma oportunidade de perder uma oportunidade. Insistimos num ajuste fiscal centrado na receita, sem anúncios de corte de gastos.
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A Azul executou seu plano com excelência. Alcançou 150 destinos no Brasil e opera sozinha em 80% das rotas. Conseguiu entrar em Congonhas. Chegou até a cair nas graças da Faria Lima por um tempo. Mesmo assim, não escapou da crise financeira.
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