Ressaca das bolsas americanas, o potencial de alta da B3 e o pesadelo de Liz Truss; confira os destaques do dia

Não foi preciso esperar o clássico happy hour de sexta-feira para que as bolsas americanas passassem por uma ressaca das bravas — daquelas que nenhum dorflex ou banho de água fria curam.
A forte alta de mais de 2% vista nos principais índices americanos ontem (13) foi surpreendente para um dia marcado pela confirmação de que a inflação local não parece ter nada de passageira. O enjoo causado pela alta volatilidade cobrou o seu preço hoje.
Em uma semana marcada por diversos indicadores de preços ao produtor e ao consumidor que mostraram que as medidas adotadas pelo Federal Reserve até agora ainda não surtiram efeito, o início da temporada de balanços americana foi ofuscada pelo temor de juros cada vez mais altos.
Apagando completamente os ganhos da véspera e renovando as mínimas dos últimos dois anos, o Nasdaq recuou 3,08%, enquanto o S&P 500 e o Dow Jones apresentaram quedas de 2,37% e 1,34%, respectivamente.
No Brasil, a semana mais curta foi de perdas. O Ibovespa recuou 3,70% no período, influenciado pela cautela internacional — que não contou apenas com a contribuição americana. Na Europa, o recrudescimento da guerra na Ucrânia e a crise financeira-institucional no Reino Unido também fizeram preço.
Nesta sexta-feira, a queda do principal índice da bolsa foi de 1,95%, aos 112.072 pontos — fortemente influenciada pelo recuo de mais de 3% no preço do barril de petróleo. Já o dólar à vista encerrou o dia em alta de 0,94%, a R$ 5,3227. Na semana, o avanço da moeda americana foi de 2,11%.
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