🔴 Onde Investir 2º semestre está no ar – CONFIRA AS PRINCIPAIS RECOMENDAÇÕES

Mercado em 5 Minutos: Bolsas globais encerram a semana com o pé esquerdo — e nem o Ibovespa escapa do mau humor

O dia não começou bem na Europa e nos EUA, com investidores permanecendo cautelosos com as perspectivas ainda pessimistas para as taxas de juros

21 de outubro de 2022
9:43
Ibovespa mercados em queda
Imagem: Shutterstock

Bom dia, pessoal. Lá fora, os mercados asiáticos fecharam de forma mista nesta sexta-feira (21), seguindo parcialmente as movimentações negativas de Wall Street verificadas durante o pregão de ontem, com os investidores permanecendo cautelosos, já que as preocupações com as perspectivas para as taxas de juros continuam pessimistas. 

O dia não começou bem na Europa e entre os futuros americanos, com as ações nos EUA caminhando para o terceiro dia de queda consecutivo.

Os yields (rendimentos) dos títulos americanos continuam a subir e o mercado debate a temporada de resultados corporativos, que até agora não conseguiu definir uma predominância entre surpresas positivas e negativas.

O divisor de águas poderá ser a semana que vem, com a entrega dos números das grandes empresas de tecnologia.

Ontem, chamou a atenção a continuidade da força do mercado de trabalho nos EUA, o que deixa espaço para o Federal Reserve continuar subindo os juros. A ver...

00:44 — O descolamento brasileiro e a possibilidade de um Novo Marco fiscal

Na ausência de uma agenda relevante no ambiente local, os investidores se preparam para acompanhar o noticiário internacional, a temporada de resultados americana e o vetor técnico de exercício das opções na B3.

Leia Também

Nesta semana, ainda que os últimos dois dias tenham sido ruins lá fora, o Brasil conseguiu se descolar bem do humor global (o Ibovespa, mais precisamente), principalmente com a alta de empresas de commodities e estatais, animadas com a força dos preços lá fora e na possibilidade de vitória de Bolsonaro, respectivamente.

Independente de quem ganhar, o desafio para 2023 é relevante, não apenas pela complexidade do mundo atual, cada vez mais volátil, mas também pelo panorama fiscal brasileiro. 

O próprio governo já planeja uma proposta para mudar a dinâmica orçamentária brasileira, que não se sustenta mais da maneira como temos hoje.

Muito provavelmente, portanto, qualquer que seja o vitorioso no dia 30 de outubro, o teto de gastos deverá ser alterado. 

O próprio Paulo Guedes parece vincular sua permanência no governo, em caso de vitória bolsonarista, à aprovação do que ele chama de Novo Marco Fiscal, que desvincula, desindexa e desobriga o orçamento. 

Importante para a curva de juros e para as perspectivas futuras do país.

01:44 — O aperto monetário e a temporada de resultado 

Ontem, nos EUA, a queda dos pedidos de auxílio-desemprego manteve os rendimentos dos títulos do tesouro americano elevados (mais atividade econômica requer mais juros). 

Muito provavelmente, o Federal Reserve está disposto a atingir o mercado de trabalho e os lucros das empresas para controlar a inflação, mas os problemas de comunicação da gestão de Powell geram dúvidas no mercado.

Hoje, o mercado parece concordar com uma continuidade de alta, com o rendimento do Tesouro de 2 anos atingindo 4,6% e o rendimento de 10 anos se aproximando dos níveis vistos pela última vez apenas em 2008. 

Dessa forma, devemos ver pelo menos mais um aumento de 75 pontos-base na reunião de novembro, daqui pouco mais de 10 dias — o mercado precifica uma taxa terminal de 5% em até nove meses.

Enquanto isso, os resultados corporativos seguem chamando a atenção. 

Depois de hoje, quase 90 empresas no S&P 500 já terão reportado os lucros do terceiro trimestre, sendo que, pelo menos por enquanto, cerca de 75% deves veio em linha ou acima do esperado (historicamente, nos EUA, os lucros geralmente superam as expectativas — desde 1994, a taxa de superação histórica é de 66%). 

Sim, até aqui os resultados foram melhores do que se temia, mas ainda há muita água para rolar.

02:47 — Luz no fim do túnel

Como especulamos já há algum tempo, a primeira-ministra do Reino Unido não permaneceu no cargo

Ontem, sua renúncia foi recebida com um grande alívio, tornando-a a pessoa que por menos tempo ocupou o cargo (45 até ontem, sendo que vai ocupar o cargo até que um sucessor seja definido, provavelmente até o final deste mês). 

Ainda que ajude, os problemas do Reino Unido estão longe de acabar.

De qualquer forma, pelo menos temos uma luz no fim do túnel. 

Não necessariamente será um terror sem fim a crise atual na Grã-Bretanha — note como o parlamentarismo resolve rapidamente os problemas (imagine se Liz Truss tivesse sido eleita presidente, que caos seria). 

Gradualmente, os mercados devem reduzir o prêmio de risco, principalmente se Rishi Sunak for escolhido primeiro-ministro (se Boris Johnson voltar, dificilmente o mercado ficaria tranquilo). 

Independente de quem for, terá que lidar com uma economia fraca e inflação alta.

03:32 — Vibrações asiáticas

Na Ásia, a inflação de preços ao consumidor japonês em setembro veio em linha com o esperado, registrando 3% na comparação anual — apesar de acima da meta de 2% do Banco Central, o número parece não trazer preocupação. 

Ainda assim, o mercado fechou em baixa, acompanhando o desempenho dos pares asiáticos.

Enquanto isso, a China caminha para o final do 20º Congresso Nacional do Partido Comunista da China, devendo colocar Xi Jinping em seu terceiro mandato muito em breve

Paralelamente, por lá, o governo começou a relaxar algumas restrições de quarentena, afastando-se um pouco de sua política de zero Covid, apesar da forma elogiosa com que se referiu a ela durante o congresso. Isso pode ajudar o crescimento.

04:08 — E os veículos elétricos?

Chamou a atenção o resultado abaixo do esperado da Tesla, que jogou para baixo o preço das ações da companhia. 

Ainda que o trimestre não tenha sido tão bom para a Tesla, especificamente, as perspectivas para o mercado são cada vez melhores. 

Segundo o relatório "Acompanhamento do Progresso da Energia Limpa" da Agência Internacional de Energia (AIE), que visa acompanhar as iniciativas que buscam limitar o aumento das temperaturas globais a 1,5°C (emissões zero até 2050), há uma longa avenida de crescimento pela frente para a indústria. 

Para se ter uma ideia, as vendas de veículos elétricos dobraram em todo o mundo no ano passado, representando quase 9% do mercado total de carros. 

A tendência está se recuperando novamente este ano, uma vez que já vimos as vendas de 2 milhões de veículos elétricos durante o primeiro trimestre, marcando um aumento de 75% em relação aos primeiros três meses de 2021. 

De fato, a AIE espera ver outra alta histórica para as vendas de veículos elétricos em 2022, elevando-as para 13% do total de vendas de veículos leves globalmente.

Entende-se que os veículos elétricos sejam a tecnologia chave para descarbonizar o transporte rodoviário, setor que responde por 16% das emissões globais. 

O cenário de zero emissões líquidas até 2050 prevê uma frota de carros elétricos de mais de 300 milhões em 2030 e carros elétricos representando 60% das vendas de carros novos. 

Cada vez mais será normal vermos carros elétricos ao redor do mundo, primeiro nas economias centrais e depois nos países emergentes.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Atenção aos sinais: Bolsas internacionais sobem com notícia de acordo EUA-China; Ibovespa acompanha desemprego e PCE

27 de junho de 2025 - 8:09

Ibovespa tenta manter o bom momento enquanto governo busca meio de contornar derrubada do aumento do IOF

SEXTOU COM O RUY

Siga na bolsa mesmo com a Selic em 15%: os sinais dizem que chegou a hora de comprar ações

27 de junho de 2025 - 6:01

A elevação do juro no Brasil não significa que chegou a hora de abandonar a renda variável de vez e mergulhar na super renda fixa brasileira — e eu te explico os motivos

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Trocando as lentes: Ibovespa repercute derrubada de ajuste do IOF pelo Congresso, IPCA-15 de junho e PIB final dos EUA

26 de junho de 2025 - 8:20

Os investidores também monitoram entrevista coletiva de Galípolo após divulgação de Relatório de Política Monetária

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Não existem níveis seguros para a oferta de segurança

25 de junho de 2025 - 19:58

Em tese, o forward guidance é tanto mais necessário quanto menos crível for a atitude da autoridade monetária. Se o seu cônjuge precisa prometer que vai voltar cedo toda vez que sai sozinho de casa, provavelmente há um ou mais motivos para isso.

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

É melhor ter um plano: Ibovespa busca manter tom positivo em dia de agenda fraca e Powell no Senado dos EUA

25 de junho de 2025 - 8:11

Bolsas internacionais seguem no azul, ainda repercutindo a trégua na guerra entre Israel e o Irã

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Um longo caminho: Ibovespa monitora cessar-fogo enquanto investidores repercutem ata do Copom e testemunho de Powell

24 de junho de 2025 - 7:58

Trégua anunciada por Donald Trump impulsiona ativos de risco nos mercados internacionais e pode ajudar o Ibovespa

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

Um frágil cessar-fogo antes do tiro no pé que o Irã não vai querer dar

24 de junho de 2025 - 6:15

Cessar-fogo em guerra contra o Irã traz alívio, mas não resolve impasse estrutural. Trégua será duradoura ou apenas mais uma pausa antes do próximo ato?

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: Precisamos (re)conversar sobre Méliuz (CASH3)

23 de junho de 2025 - 14:30

Depois de ter queimado a largada quase literalmente, Méliuz pode vir a ser uma opção, sobretudo àqueles interessados em uma alternativa para se expor a criptomoedas

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Nem todo mundo em pânico: Ibovespa busca recuperação em meio a reação morna dos investidores a ataque dos EUA ao Irã

23 de junho de 2025 - 8:18

Por ordem de Trump, EUA bombardearam instalações nucleares do Irã na passagem do sábado para o domingo

DÉCIMO ANDAR

É tempo de festa junina para os FIIs

22 de junho de 2025 - 8:00

Alguns elementos clássicos das festas juninas se encaixam perfeitamente na dinâmica dos FIIs, com paralelos divertidos (e úteis) entre as brincadeiras e a realidade do mercado

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Tambores da guerra: Ibovespa volta do feriado repercutindo alta dos juros e temores de que Trump ordene ataques ao Irã

20 de junho de 2025 - 8:23

Enquanto Trump avalia a possibilidade de envolver diretamente os EUA na guerra, investidores reagem à alta da taxa de juros a 15% ao ano no Brasil

SEXTOU COM O RUY

Conflito entre Israel e Irã abre oportunidade para mais dividendos da Petrobras (PETR4) — e ainda dá tempo de pegar carona nos ganhos

20 de junho de 2025 - 6:03

É claro que a alta do petróleo é positiva para a Petrobras, afinal isso implica em aumento das receitas. Mas há um outro detalhe ainda mais importante nesse movimento recente. 

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Não foi por falta de aviso: Copom encontra um sótão para subir os juros, mas repercussão no Ibovespa fica para amanhã

19 de junho de 2025 - 9:29

Investidores terão um dia inteiro para digerir as decisões de juros da Super Quarta devido a feriados que mantêm as bolsas fechadas no Brasil e nos Estados Unidos

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: São tudo pequenas coisas de 25 bps, e tudo deve passar

18 de junho de 2025 - 14:40

Vimos um build up da Selic terminal para 15,00%, de modo que a aposta em manutenção na reunião de hoje virou zebra (!). E aí, qual é a Selic de equilíbrio para o contexto atual? E qual deveria ser?

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Olhando para cima: Ibovespa busca recuperação, mas Trump e Super Quarta limitam o fôlego

18 de junho de 2025 - 8:22

Enquanto Copom e Fed preparam nova decisão de juros, Trump cogita envolver os EUA diretamente na guerra

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Do alçapão ao sótão: Ibovespa repercute andamento da guerra aérea entre Israel e Irã e disputa sobre o IOF

17 de junho de 2025 - 8:24

Um dia depois de subir 1,49%, Ibovespa se prepara para queimar a gordura depois de Trump abandonar antecipadamente o G-7

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

Acima do teto tem um sótão? Copom chega para mais uma Super Quarta mirando fim do ciclo de alta dos juros

17 de junho de 2025 - 6:45

Maioria dos participantes do mercado financeiro espera uma alta residual da taxa de juros pelo Copom na quarta-feira, mas início de cortes pode vir antes do que se imagina

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: O fim do Dollar Smile?

16 de junho de 2025 - 20:00

Agora o ouro, e não mais o dólar ou os Treasuries, representa o ativo livre de risco no imaginário das pessoas

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

17 X 0 na bolsa brasileira e o que esperar dos mercados hoje, com disputa entre Israel e Irã no radar

16 de junho de 2025 - 8:18

Desdobramentos do conflito que começou na sexta-feira (13) segue ditando o humor dos mercados, em semana de Super Quarta

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Sexta-feira, 13: Israel ataca Irã e, no Brasil, mercado digere o pacote do governo federal

13 de junho de 2025 - 8:16

Mercados globais operam em queda, com ouro e petróleo em alta com aumento da aversão ao risco

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar