Crise no Reino Unido: Boris Johnson renuncia como primeiro-ministro; acompanhe
O premiê britânico permanece no cargo até a escolha de um novo representante e antecipa a escolha do partido

A crise política e social que assola o Reino Unido chegou ao seu ápice. Na manhã desta quinta-feira (07), o primeiro-ministro inglês, Boris Johnson, confirmou as expectativas sobre sua saída do cargo.
Nos últimos dias, cerca de 50 membros do governo renunciaram, alegando problemas de gestão. A saída mais emblemática foi a do então ministro de finanças, Rishi Sunak, e Sajid Javid, Secretário do Estado para Saúde e Assistência Social, na última quarta-feira (06).
Johnson agradeceu aos membros do partido conservador que o elegeram para o cargo em seu discurso de saída. Ele permanece como primeiro-ministro do Reino Unido até a escolha de um novo representante.
Boris Johnson e sua trajetória política
As pressões para a saída de Johnson começaram após alegações de que o premiê britânico teria realizado encontros durante a pandemia. Enquanto a população estava sob o regime de lockdown, o primeiro-ministro dava festas na sede do governo, em Downing Street, na Cidade de Westminster.
Além das pressões políticas, o aumento da inflação no Reino Unido e problemas com a economia local pioraram a visão da população sobre Johnson. O índice de preços britânico atingiu uma máxima histórica em mais de 40 anos, acumulando alta anual de 9,1%, de acordo com a última leitura do Bank of England (BoE).
Ainda, o BoE ainda entende que os preços podem subir mais e atingir a taxa de 11% ao ano no segundo semestre. A meta da autoridade monetária inglesa era de manter a inflação em 2%, segundo o The Guardian.
Leia Também
Voto de desconfiança
Somado aos problemas econômicos, as denúncias de assédio sexual de Chris Pincher, que ocupava o cargo de vice-líder do governo, minaram ainda mais a confiança da população em Boris Johnson. O primeiro-ministro sabia dos problemas envolvendo Pincher e se omitiu à época, o que aumentou a crise do governo.
O próprio partido moveu uma ação de "voto de desconfiança" contra Johnson — o equivalente parlamentarista ao impeachment no sistema presidencialista. Neste processom os membros do partido votam se querem ou não que o atual líder permaneça no cargo.
Assim, Johnson sobreviveu ao voto de desconfiança, mas ficou enfrauqecido no cargo.
O que esperar e a reação das bolsas
Os movimentos contrários ao premiê foram tantos que o partido conservador reconsiderou a escolha de um novo nome para a liderança da legenda antes da conferência do partido, marcada para julho deste ano.
Mas a saída de Johnson não foi motivo de abalo para a bolsa de Londres. Diferentemente do que ocorre no Brasil — quando o impeachment de um presidente pressiona os negócios — os investidores reagem com alívio à renúncia do primeiro-ministro.
Por volta das 9h, o índice londrino FTSE 100 avançava 1,29%, minutos após a renúncia de Boris Johnson. Na média, as bolsas europeias sobem 1,68%.
Banco do Brasil (BBAS3) terá a pior rentabilidade (ROE) em quase uma década no 2T25, prevê Goldman Sachs. É hora de vender as ações?
Para analistas, o agronegócio deve ser outra vez o vilão do balanço do BB no segundo trimestre de 2025; veja as projeções
Investidor ainda está machucado e apetite pela bolsa é baixo — e isso não tem nada a ver com a tarifa do Trump, avalia CEO da Bradesco Asset
Apetite por renda fixa já começou a dar as caras entre os clientes da gestora, enquanto bolsa brasileira segue no escanteio, afirma Bruno Funchal; entenda
Com ou sem Trump, Selic deve fechar 2025 aos 15% ao ano — se Lula não der um tiro no próprio pé, diz CEO da Bradesco Asset
Ao Seu Dinheiro, Bruno Funchal, CEO da Bradesco Asset e ex-secretário do Tesouro, revela as perspectivas para o mercado brasileiro; confira o que está em jogo
FII Arch Edifícios Corporativos (AIEC11) sai na frente e anuncia recompra de cotas com nova regra da CVM; entenda a operação
Além da recompra de cotas, o fundo imobiliário aprovou conversão dos imóveis do portfólio para uso residencial ou misto
As apostas do BTG para o Ibovespa em setembro; confira quem pode entrar e sair da carteira
O banco projeta uma maior desconcentração do índice e destaca que os grandes papéis ligados às commodities perderão espaço
Na guerra de tarifas de Trump, vai sobrar até para o Google. Entenda o novo alerta da XP sobre as big techs
Ações das gigantes da tecnologia norte-americana podem sofrer com a taxação do republicano, mas a desvalorização do dólar oferece alívio nas receitas internacionais
Ibovespa come poeira enquanto S&P 500 faz história aos 6.300 pontos; dólar cai a R$ 5,5581
Papéis de primeira linha puxaram a fila das perdas por aqui, liderados pela Vale; lá fora, o S&P 500 não sustentou os ganhos e acabou terminando o dia com perdas
O Brasil não vale o risco: nem a potencial troca de governo em 2026 convence essa casa de análise gringa de apostar no país
Analistas revelam por que não estão dispostos a comprar o risco de investir na bolsa brasileira; confira a análise
Trump tarifa o Brasil em 50%: o que fazer agora? O impacto na bolsa, dólar e juros
No Touros e Ursos desta semana, o analista da Empiricus, Matheus Spiess, analisa os impactos imediatos e de médio prazo das tarifas para o mercado financeiro
Ibovespa cai, dólar sobe a R$ 5,57 e frigoríficos sofrem na bolsa; entenda o que impacta o setor hoje
Enquanto Minerva e BRF lideram as maiores perdas do Ibovespa nesta segunda-feira (14), a Brava Energia desponta como maior alta desta tarde
Na batalha da B3, Banco do Brasil (BBAS3) volta a perder para o Itaú (ITUB4) em junho, mas segue à frente de Bradesco (BBDC4)
Em junho, as ações do banco estatal caíram para o quarto lugar em volume negociado na B3, segundo levantamento do DataWise+
Gestores de fundos imobiliários passam a ficar otimistas, após sentimento negativo do 1º semestre; saiba os motivos
Após pessimismo da primeira metade do ano, sentimento vira e volta para o campo positivo, com destaque para os setores de escritórios e aluguel residencial
Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3) se salvaram, mas não a Embraer (EMBR3); veja as maiores altas e quedas do Ibovespa na última semana
Bolsa brasileira sentiu o impacto do tarifaço de Trump, sobretudo sobre as empresas mais sensíveis a juros; BRF (BRFS3) fechou com a maior alta, na esteira da fusão com a Marfrig (MRFG3)
Trump volta a derrubar bolsas: Ibovespa tem a maior perda semanal desde 2022; dólar sobe a R$ 5,5475
A taxação de 35% ao Canadá pressionou os mercados internacionais; por aqui, a tarifa de 50% anunciada nesta semana pelo presidente norte-americano seguiu pesando sobre os negócios
BRPR Corporate Offices (BROF11) estabelece novo contrato de locação com a Vale (VALE3) e antecipa R$ 44 milhões
O acordo, no modelo atípico, define que a mineradora passará a ser responsável por todos os encargos referentes ao empreendimento localizado em Minas Gerais
XP aponta seis ações defensivas para enfrentar o novo choque de 50% imposto pelos EUA — e duas possíveis beneficiadas
Enquanto a aversão a risco toma conta do mercado, a XP lista seis papéis da B3 com potencial para proteger investidores em meio ao tarifaço de Trump
Ibovespa escapa da sangria após tarifas de Trump, mas cai 0,54%; dólar sobe a R$ 5,5452
Após o anúncio da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, que deve entrar em vigor em 1 de agosto, algumas ações conseguiram escapar de uma penalização dos mercados
Embraer (EMBR3) não é a única a sofrer com as tarifas de Trump: as ações mais impactadas pela guerra comercial e o que esperar da bolsa agora
A guerra comercial chegou ao Brasil e promete mexer com os preços e a dinâmica de muitas empresas brasileiras; veja o que dizem os analistas
Um novo segmento para os fundos imobiliários? Com avanço da inteligência artificial, data centers entram na mira dos FIIs — e cotistas podem lucrar com isso
Com a possibilidade de o país se tornar um hub de centros de processamento de dados, esses imóveis deixam de ser apenas “investimentos diferentões”
O pior está por vir? As ações que mais apanham com as tarifas de Trump ao Brasil — e as três sobreviventes no pós-mercado da B3
O Ibovespa futuro passou a cair mais de 2,5% assim que a taxa de 50% foi anunciada pelo presidente norte-americano, enquanto o dólar para agosto renovou máxima, subindo mais de 2%