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Um metal precioso ganha momento com o fim dos estímulos – entenda por que você precisa dele na sua carteira

Ouro se manterá como componente indispensável do portfólio no futuro, permitindo que investidores não percam o sono mesmo em situações estressantes nos mercados

7 de junho de 2022
6:56 - atualizado às 13:29
Imagem mostrando uma bacia com pequenos fragmentos de ouro, simbolizando a atividade do garimpo
Ouro costuma ganhar força em momentos de recessão. Imagem: Unsplash

Na semana passada, tivemos a oportunidade de conversar um pouco sobre minha visão para a economia global.

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A principal leitura, como expliquei, é de que o mundo pode muito provavelmente entrar em um processo recessivo ou estagflacionário (falta de crescimento com inflação), o que seria natural depois de anos de artificialidade derivada do excesso de liquidez.

A enxurrada de liquidez criada do nada inicialmente se espalhou pelos mercados de capitais e inflacionou cada vez mais os preços dos ativos.

Assim, a valorização desses ativos deu a impressão de que o crescimento poderia continuar inabalável, que déficits e expansão monetária não eram um problema e que mesmo lockdowns globais e paralisações de produção poderiam prejudicar a economia apenas no curto prazo, contanto que os BCs globais seguissem fornecendo liquidez para os mercados.

Deu no que deu.

Agora, um dos fatores que poderia impulsionar o mundo nesta direção de correção necessária estaria relacionado com o movimento de aperto monetário realizado pelos bancos centrais do mundo, em especial o Federal Reserve (Fed), dos EUA.

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Portanto, para preservar o que resta de sua credibilidade, o Fed não tem escolha a não ser anunciar movimentos agressivos nas taxas de juros e começar a implementá-los.

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Como não deveria deixar de ser, apertos monetários como o que vivemos hoje acabam em recessão, conforme nos mostra o gráfico a seguir. Basicamente, apenas 3 dos 20 ciclos de aumento da taxa de juros não terminaram em recessão.

A redução do balanço do Fed

Contudo, não falamos apenas da alta dos juros, mas também da redução do balanço do Fed. Em seus mais de 100 anos de história, o Federal Reserve tentou reduzir seu balanço exatamente sete vezes (1921-22, 1928-1930, 1937, 1941, 1948-1950, 2000 e 2017-2019).

O episódio de 2017-2019, entretanto, pode ser praticamente desconsiderado, uma vez que o Fed teve que abandonar rapidamente sua política de aperto.

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Antes dessa experiência, porém, cinco dos seis esforços históricos de aperto quantitativo (QT, na sigla em inglês) do Fed foram seguidos por uma recessão, sendo 1941, o ano da entrada dos EUA na Segunda Guerra Mundial, a única exceção.

Claro, como já fizemos no passado, podemos errar nossa projeção de redução de balanço — vide gráfico a seguir. Ainda assim, em um momento no qual o mercado enxerga quase US$ 9 trilhões dentro do Fed, não há muito para onde ir, a não ser reduzir esse tamanho.

Estima-se uma redução de algo como US$ 1 trilhão nos próximos 12 meses.

Todos os caminhos levam aos metais preciosos

Ou seja, para combater a inflação, vamos nos livrar do que vem sustentando o mercado de ativos nos últimos anos, o que deverá nos jogar em uma recessão global em 2023. Isso nos leva aos metais preciosos, como conversamos na semana passada.

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Para o ouro, as recessões são tipicamente um ambiente positivo.

Os momentos em que o bear market (mercado de baixa) se faz presente nos mercados e na economia real costumam ser bons episódios para o ouro.

Ouro costuma ganhar força em períodos recessivos

Se olharmos para o desempenho ao longo de todo o ciclo de recessão, é notável que em cada um dos quatro períodos de recessão o ouro teve ganhos de preço significativos em média, tanto em termos de dólares quanto de euros.

Além disso, é impressionante que, historicamente, em média, quanto maiores as perdas de preço do S&P 500, mais forte o ouro se apresenta.

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Aliás, isso funcionou bem durante a recessão mais recente em 2020.

A seguir, note como a década de 70, semelhante em termos estagflacionários com o tempo em que vivemos, foi um momento bom para o ouro, a prata, sua segunda derivada, e as mineradoras, que se beneficiam do fluxo de caixa gerado pelos metais preciosos.

Por isso, o ouro continuará, portanto, a ser um componente indispensável do portfólio no futuro, permitindo que os investidores não percam o sono mesmo em situações estressantes nos mercados financeiros.

Adicionalmente, as ações geralmente têm um desempenho ruim em ambientes fortemente deflacionários e altamente inflacionários. Isso ocorre principalmente porque as vendas e as margens das empresas estão sob pressão.

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Dessa forma, por causa das atuais altas taxas de inflação, o S&P 500 ainda é muito valorizado, com um Shiller P/E de pouco menos de 34 vezes. Para permanecer fiel ao padrão empírico anterior, o índice Shiller P/E teria que ser aproximadamente metade se a taxa de inflação permanecesse constante.

Para retornar a um valor dentro do padrão estatístico geral, portanto, ou os preços, a taxa de inflação ou ambos teriam que cair, como podemos ver a seguir.

O ouro a caminho de novos recordes

Por conta de tudo isso, o ouro deve ser uma boa pedida para os próximos 12 meses.

Se estruturalmente ele sempre teve um espaço reservado nas carteiras de investidores tradicionais e até mesmo sofisticados, a conjuntura atual torna isso ainda mais claro.

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Tudo isso, claro, feito sob o devido dimensionamento das posições, conforme seu perfil de risco, e a devida diversificação de carteira, com as respectivas proteções associadas.

Para que o ouro permanecesse nos trilhos até o final do ano, precisaria subir para cima de US$ 2.180. Dessa forma, muitos nos mercados acreditam firmemente que esta é uma meta realista, desde que a política monetária permanece buscando o chamado "soft landing". Por isso, estima-se um preço de longo prazo em torno de US$ 4.800 até 2030.

Por sinal, se o ouro é bom, a prata acaba sendo tão boa quanto.

Tradicionalmente considerada um tipo de ouro alavancado, uma combinação de até 5% de sua carteira com estes dois metais pode ser uma boa pedida para o momento atual — lembre-se de buscar investimentos dolarizados; isto é, que capturem a variação cambial (invista em moeda forte).

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