🔴 NO AR: ONDE INVESTIR EM DEZEMBRO – CONFIRA MAIS DE 30 RECOMENDAÇÕES – VEJA AQUI

Os três maiores riscos de 2023: Um guia para entender o mínimo que nos espera nos mercados no ano que vem

Fugindo um pouco do contexto geopolítico, separei o que é, para mim, o conjunto dos três principais riscos que podem ser mapeados para 2023

20 de dezembro de 2022
6:13

Como todo ano, começamos em dezembro a notar a circulação de relatórios de bancos, corretoras e casas independentes de análise com estratégias de investimento para 2023.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Depois de um período bastante turbulento, entre 2020 e 2022, os investidores têm se esforçado na construção dos mais variados playbooks para os próximos anos. Contudo, há um problema na dinâmica atual.

Saíamos de um ano muito atípico para os investimentos de maneira geral. Talvez o ponto mais importante a se ter em mente neste momento é o quão ruim foi, ao menos até aqui, o ano de 2022 para ativos de risco em nível global. Nada se salvou.

Posições em renda fixa, que deveriam ser conservadoras, caíram entre 20% e 30%. Um bear market se instalou nas bolsas norte-americanas, com recuos superiores a 20%. Se você estava alocado em ações de tecnologia ou small caps, as perdas superaram 50% com facilidade. O tamanho do ajuste não foi brincadeira.

Os portos seguros clássicos também não funcionaram, com o ouro decepcionando como hedge e o dólar não subindo contra o real, ferindo as carteiras de brasileiros com posições no exterior. A conta chegou, e de uma vez.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Em outras palavras, o ano foi difícil: saímos de uma taxa de juro zerada nos EUA, indo para próximo de 5%, num curto intervalo de tempo e corrigimos os excessos de anos de juros muito baixos e muita liquidez, com a enormidade da resposta de política econômica dada na pandemia (em certos países o esforço fiscal superou 20% do PIB).

Leia Também

Se observarmos os relatórios de projeções ao final de 2021, porém, ninguém se antecipou minimamente aos problemas completamente inesperados do ano. Não deveria incomodar tanto o erro das previsões, uma vez que, como o ditado popular costuma nos lembrar: “predição é muito difícil, especialmente se for sobre o futuro.”

Futurologia

Tentar antecipar o impermeável futuro é um jogo duro, em especial com tantos ruídos políticos e geopolíticos no radar (na média, o mercado é um avaliador relativamente fraco de política, principalmente quando há excesso de ruídos). Fomos inundados por riscos que dificilmente seriam mapeados, o que amplifica a reação.

Mais do que nunca, precisamos estar atentos aos riscos que nos cercam, mesmo que conseguindo avaliar apenas o que já conseguimos mapear minimamente (no fim de 2021, poucos colocavam como risco a invasão da Ucrânia).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Por isso, fugindo um pouco do contexto geopolítico, separei o que para mim é o conjunto dos três principais riscos que podem ser mapeados para 2023. Com o guia, ao menos saberemos o mínimo que nos espera em termos de risco.

A situação fiscal brasileira

Começo com um vetor na agenda doméstica, derivado em grande parte da incerteza fiscal sobre as contas públicas, o que considero o calcanhar de Aquiles do Brasil na atualidade. A PEC da Transição e a falta de perspectiva sobre o próximo arcabouço fiscal proporcionam falta de visibilidade nesta frente.

Abaixo, o gráfico ilustra a trajetória da relação da Dívida Bruta sobre o PIB. Note que ela acelerou de maneira preocupante durante o governo Dilma até ser contida pelo Teto de Gastos. Avançou novamente durante a pandemia, mas foi rapidamente normalizada. O problema fica agora para os próximos anos.

Fontes: BTG e BCB. 

A depender do que for gerado de gasto adicional sem contrapartida, podemos caminhar para um patamar insustentável de endividamento. Provavelmente, o ano de 2023 será inundado de discussão fiscal relacionando a Reforma Tributária com a Nova Regra Fiscal, que ficará no lugar do teto de gastos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Sabemos que debates fiscais penalizam os ativos locais por conta do estresse gerado sobre a curva de juros. Portanto, se a trajetória da dívida não for minimamente aceitável, podemos caminhar em uma direção sem volta, perdendo cada vez mais a credibilidade do país como bom pagador.

A inflação, os juros e a possibilidade de uma recessão global

Ao redor do mundo, a inflação começou a ser normalizada, mas continua elevada. Em outras palavras, o problema com a ideia de que os juros logo cairão é que a inflação tende a ser mais teimosa e ficar por mais tempo. Quanto mais ela ficar elevada, mais tempo ficaremos com juros mais altos, até que os preços estabilizem.

Fonte: Research Affiliates LLC e Bloomberg. 

Acima, podemos analisar quanto tempo a inflação levava, desde 1970, para cair para 3% depois de atingir um certo nível. Se observarmos bem, notamos que, uma vez que a inflação ultrapasse 8%, é razoável esperar uma década para voltar a 3%. Ou seja, historicamente, a noção de que a inflação que chegou a 8% voltará a 3% em apenas 12 meses parece estranha.

Se os juros ficarem elevados por muito mais tempo, a recessão virá com mais força. Uma queda muito forte da economia ainda não parece estar nos preços. Consequentemente, quanto pior for o desempenho da economia nesta nova etapa do ciclo econômico, pior será para os ativos de risco.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Leia também

Uma ótica mais pessimista sobre a reabertura chinesa

Por fim, mas não menos importante: a China importa muito para 2023. A reabertura do gigante asiático nas últimas semanas, após as paralisações por conta da covid, restaurou a confiança no mundo emergente. A última grande recuperação dos mercados emergentes ocorreu quando a China cresceu nos anos após sua adesão à Organização Mundial do Comércio em 2001. Uma China fortalecida ajuda o mundo.

Por outro lado, se a China realmente se abrir com pleno vigor, isso poderia estimular a demanda por commodities e, no processo, aumentar a pressão sobre a inflação. Uma reabertura da China, com base nisso, poderia manter a economia funcionando acima dos níveis de recessão por mais tempo, ao mesmo tempo em que eleva os preços a uma taxa que obriga os bancos centrais a permanecerem agressivos.

Isso prejudicaria o entendimento de que a inflação está finalmente no ponto em que cairá sem muito mais ajuda da política monetária. Uma reabertura chinesa com muita força, porém, poderá segurar os preços em patamares mais elevados por mais tempo, forçando mais juros sobre as economias e, consequentemente, gerando uma recessão.

Conclusão

Os próximos passos devem ser dados com bastante cautela. Não estamos em um momento trivial. Realmente, a oportunidade é grande, mas só porque o risco também é.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A incerteza fiscal, a recessão global e a teimosia inflacionária estão em nosso caminho. Se estivermos preparados com bastante caixa neste período, porém, poderemos provavelmente atravessar a tormenta de forma bastante satisfatória.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

A sucessão no Fed: o risco silencioso por trás da queda dos juros

2 de dezembro de 2025 - 7:08

A simples possibilidade de mudança no comando do BC dos EUA já começou a mexer na curva de juros, refletindo a percepção de que o “jogo” da política monetária em 2026 será bem diferente do atual

EXILE ON WALL STREET

Tony Volpon: Bolhas não acabam assim

1 de dezembro de 2025 - 19:55

Wall Street vivencia hoje uma bolha especulativa no mercado de ações? Entenda o que está acontecendo nas bolsas norte-americanas, e o que a inteligência artificial tem a ver com isso

DÉCIMO ANDAR

As lições da Black Friday para o universo dos fundos imobiliários e uma indicação de FII que realmente vale a pena agora

30 de novembro de 2025 - 8:00

Descontos na bolsa, retorno com dividendos elevados, movimentos de consolidação: que tipo de investimento realmente compensa na Black Friday dos FIIs?

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Os futuros dividendos da Estapar (ALPK3), o plano da Petrobras (PETR3), as falas de Galípolo e o que mais move o mercado

28 de novembro de 2025 - 8:25

Com mudanças contábeis, Estapar antecipa pagamentos de dividendos. Petrobras divulga seu plano estratégico, e presidente do BC se mantém duro em sua política de juros

SEXTOU COM O RUY

Jogada de mestre: proposta da Estapar (ALPK3) reduz a espera por dividendos em até 8 anos, ações disparam e esse pode ser só o começo

28 de novembro de 2025 - 6:01

A companhia possui um prejuízo acumulado bilionário e precisaria de mais 8 anos para conseguir zerar esse saldo para distribuir dividendos. Essa espera, porém, pode cair drasticamente se duas propostas forem aprovadas na AGE de dezembro.

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A decisão de Natal do Fed, os títulos incentivados e o que mais move o mercado hoje

27 de novembro de 2025 - 8:23

Veja qual o impacto da decisão de dezembro do banco central dos EUA para os mercados brasileiros e o que deve acontecer com as debêntures incentivadas, isentas de IR

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

Corte de juros em dezembro? O Fed diz talvez, o mercado jura que sim

27 de novembro de 2025 - 7:49

Embora a maioria do mercado espere um corte de 25 pontos-base, as declarações do Fed revelam divisão interna: há quem considere a inflação o maior risco e há quem veja a fragilidade do mercado de trabalho como a principal preocupação

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: O mercado realmente subestima a Selic?

26 de novembro de 2025 - 19:30

Dentro do arcabouço de metas de inflação, nosso Bacen dá mais cavalos de pau do que a média global. E o custo de se voltar atrás para um formulador de política monetária é quase que proibitivo. Logo, faz sentido para o mercado cobrar um seguro diante de viradas possíveis.

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

As projeções para a economia em 2026, inflação no Brasil e o que mais move os mercados hoje

26 de novembro de 2025 - 8:36

Seu Dinheiro mostra as projeções do Itaú para os juros, inflação e dólar para 2026; veja o que você precisa saber sobre a bolsa hoje

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Os planos e dividendos da Petrobras (PETR3), a guerra entre Rússia e Ucrânia, acordo entre Mercosul e UE e o que mais move o mercado

25 de novembro de 2025 - 8:20

Seu Dinheiro conversou com analistas para entender o que esperar do novo plano de investimentos da Petrobras; a bolsa brasileira também reflete notícias do cenário econômico internacional

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: O paradoxo do banqueiro central

24 de novembro de 2025 - 19:59

Se você é explicitamente “o menino de ouro” do presidente da República e próximo ao ministério da Fazenda, é natural desconfiar de sua eventual subserviência ao poder Executivo

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Hapvida decepciona mais uma vez, dados da Europa e dos EUA e o que mais move a bolsa hoje

24 de novembro de 2025 - 7:58

Operadora de saúde enfrenta mais uma vez os mesmos problemas que a fizeram despencar na bolsa há mais dois anos; investidores aguardam discurso da presidente do Banco Central Europeu (BCE) e dados da economia dos EUA

BOMBOU NO SD

CDBs do Master, Oncoclínicas (ONCO3), o ‘terror dos vendidos’ e mais: as matérias mais lidas do Seu Dinheiro na semana

23 de novembro de 2025 - 17:13

Matéria sobre a exposição da Oncoclínicas aos CDBs do Banco Master foi a mais lida da semana; veja os destaques do SD

MERCADOS HOJE

A debandada da bolsa, pessimismo global e tarifas de Trump: veja o que move os mercados hoje

21 de novembro de 2025 - 9:27

Nos últimos anos, diversas empresas deixaram a B3; veja o que está por trás desse movimento e o que mais pode afetar o seu bolso

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Planejamento, pé no chão e consciência de que a realidade pode ser dura são alguns dos requisitos mais importantes de quem quer ser dono da própria empresa

20 de novembro de 2025 - 8:36

Milhões de brasileiros sonham em abrir um negócio, mas especialistas alertam que a realidade envolve insegurança financeira, mais trabalho e falta de planejamento

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Será que o Fed já pode usar AI para cortar juros?

19 de novembro de 2025 - 20:00

Chegamos à situação contemporânea nos EUA em que o mercado de trabalho começa a dar sinais em prol de cortes nos juros, enquanto a inflação (acima da meta) sugere insistência no aperto

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A nova estratégia dos FIIs para crescer, a espera pelo balanço da Nvidia e o que mais mexe com seu bolso hoje

19 de novembro de 2025 - 8:01

Para continuarem entregando bons retornos, os Fundos de Investimento Imobiliários adaptaram sua estratégia; veja se há riscos para o investidor comum. Balanço da Nvidia e dados de emprego dos EUA também movem os mercados hoje

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

O recado das eleições chilenas para o Brasil, prisão de dono e liquidação do Banco Master e o que mais move os mercados hoje

18 de novembro de 2025 - 8:29

Resultado do primeiro turno mostra que o Chile segue tendência de virada à direita já vista em outros países da América do Sul; BC decide liquidar o Banco Master, poucas horas depois que o banco recebeu uma proposta de compra da holding Fictor

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

Eleição no Chile confirma a guinada política da América do Sul para a direita; o Brasil será o próximo?

18 de novembro de 2025 - 6:03

Após a vitória de Javier Milei na Argentina em 2023 e o avanço da direita na Bolívia em 2025, o Chile agora caminha para um segundo turno amplamente favorável ao campo conservador

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Os CDBs que pagam acima da média, dados dos EUA e o que mais movimenta a bolsa hoje

17 de novembro de 2025 - 7:53

Quando o retorno é maior que a média, é hora de desconfiar dos riscos; investidores aguardam dados dos EUA para tentar entender qual será o caminho dos juros norte-americanos

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar