O setor de games mudou para sempre: veja como investir e conheça uma ação para comprar agora
Além de estar exposta ao nicho mais resiliente do mercado de games, essa empresa possui uma unidade de negócios enorme e crescente no segmento de Data Centers
Olá, seja bem-vindo à Estrada do Futuro, onde conversamos semanalmente sobre a intersecção entre investimentos e tecnologia. Na semana passada, escrevi em mais detalhes sobre a indústria de games e como, nos últimos dez anos, ela evoluiu para se tornar muito mais cíclica do que em qualquer momento anterior.
Ao encerrar a coluna, fiquei devendo a você um aprofundamento sobre o que vem a seguir, e como posicionar a sua carteira de investimentos no setor.
Hoje, vamos explorar juntos o que o futuro reserva para o investimento em games.
Dirija com cuidado
Pouco depois de concluir e enviar a minha coluna da semana passada para a redação do Seu Dinheiro, a Take Two (Nasdaq: TTWO) — empresa dona de franquias como o GTA V e o Red Dead Redemption — divulgou resultados que fizeram suas ações caírem cerca de 15%.
Entre as notícias ruins, os executivos da Take Two mencionaram como a desaceleração no segmento mobile foi pior do que o imaginado.
Em seus games "core", como o GTA V, mesmo a manutenção de lançamentos e atualizações no multiplayer não foram suficientes para trazer crescimento à empresa.
Leia Também
As notícias como essa da Take Two, de que o mercado está desacelerando, os anunciantes mais receosos e os jogadores com o bolso mais apertado, foram vistas em todas as grandes empresas de games.
O Roblox, por exemplo, ao comunicar aos investidores sua expectativa para o próximo trimestre, trouxe números 17% abaixo das suas previsões anteriores.
No geral, o sentimento na indústria é o de que uma nuvem carregada fechou o céu, e a hora é de procurar abrigo.
Quanto tempo duram os ciclos na indústria de games?
Na teleconferência da Take Two, por exemplo, seus executivos disseram imaginar que a indústria siga pressionada por mais seis meses, pelo menos até o início do segundo semestre de 2023.
Outros empresários da indústria com quem tive a oportunidade de conversar, pareceram mais pessimistas. Um deles me disse que acredita que existem muitos excessos e apenas um ciclo longo, em torno de três anos, será capaz de colocar os games de volta na rota de crescimento.
Dos mais aos menos pessimistas, porém, existe uma intersecção: todos esperam que 2023 seja um ano fraco para o setor de games.
A única exceção me parece ser o segmento de consoles, cujas novas gerações (Playstation 5 e Xbox One) entram no seu terceiro ano de mercado com um pipeline extenso de novos lançamentos muito "hype".
A força desse segmento pode ser observada num lugar onde a maioria dos investidores não estão olhando: no segmento de semicondutores.
AMD: uma ação para comprar agora
Sendo a indústria de consoles a mais resiliente no segmento de games, pensando no início de 2023, a maioria dos investidores pensa em alternativas como os estúdios, ou as gigantes Sony e Microsoft.
Tanto o Playstation 5 quanto o Xbox One utilizam processadores gráficos da AMD, a segunda maior empresa do setor, atrás apenas da Nvidia.
O segmento de games da AMD faturou mais de US$ 1,6 bilhão no último trimestre, um crescimento de 14% na comparação anual.
Esse crescimento veio inteiro do segmento de "semi-custom SoC", os consoles, enquanto o segmento de PCs trouxe desaceleração de duplo dígito na comparação com 2021.
Para além do setor mais resiliente do mercado de games
Além de estar exposta ao nicho mais resiliente do mercado de games, a AMD possui uma unidade de negócios enorme e crescente no segmento de Data Centers, em que a sua nova geração de processadores com arquitetura Genoa está sendo muito bem recebida pelos clientes.
Desde seu pico, as ações caem aproximadamente 55% e negociam a múltiplos bastante convidativos, abaixo de 20x lucros para o ano que vem.
Nesse momento difícil para a indústria de games, seu elo mais forte me parece vir da infraestrutura, onde o desenvolvimento de novas tecnologias não irá parar, e você ainda conta com outras avenidas de crescimento para absorver uma possível desaceleração mais profunda do setor.
Felipe Miranda: Um portfólio para qualquer clima ideológico
Em tempos de guerra, os generais não apenas são os últimos a morrer, mas saem condecorados e com mais estrelas estampadas no peito. A boa notícia é que a correção de outubro nos permite comprar alguns deles a preços bastante convidativos.
A temporada de balanços já começa quente: confira o calendário completo e tudo que mexe com os mercados hoje
Liberamos o cronograma completo dos balanços do terceiro trimestre, que começam a ser divulgados nesta semana
CNH sem autoescola, CDBs do Banco Master e loteria +Milionária: confira as mais lidas do Seu Dinheiro na semana
Matérias sobre o fechamento de capital da Gol e a opinião do ex-BC Arminio Fraga sobre os investimentos isentos de IR também integram a lista das mais lidas
Como nasceu a ideia de R$ 60 milhões que mudou a história do Seu Dinheiro — e quais as próximas apostas
Em 2016, quando o Seu Dinheiro ainda nem existia, vi um gráfico em uma palestra que mudou minha carreira e a história do SD
A Eletrobras se livrou de uma… os benefícios da venda da Eletronuclear, os temores de crise de crédito nos EUA e mais
O colunista Ruy Hungria está otimista com Eletrobras; mercados internacionais operam no vermelho após fraudes reveladas por bancos regionais dos EUA. Veja o que mexe com seu bolso hoje
Venda da Eletronuclear é motivo de alegria — e mais dividendos — para os acionistas da Eletrobras (ELET6)
Em um único movimento a companhia liberou bilhões para investir em outros segmentos que têm se mostrado bem mais rentáveis e menos problemáticos, além de melhorar o potencial de pagamento de dividendos neste e nos próximos anos
Projeto aprovado na Câmara permite divórcio após a morte de um dos cônjuges, com mudança na divisão da herança
Processos iniciados antes do falecimento poderão ter prosseguimento a pedido dos herdeiros, deixando cônjuge sobrevivente de fora da herança
A solidez de um tiozão de Olympikus: a estratégia vencedora da Vulcabras (VULC3) e o que mexe com os mercados hoje
Conversamos com o CFO da Vulcabras, dona das marcas Olympikus e Mizuno, que se tornou uma queridinha entre analistas e gestores e paga dividendos mensais
Rodolfo Amstalden: O que o Nobel nos ensina sobre decisões de capex?
Bebendo do alicerce teórico de Mokyr, Philippe Aghion e Peter Howitt se destacaram por estudar o papel das inovações tecnológicas nas economias modernas
A fome de aquisições de um FII que superou a crise da Americanas e tudo que mexe com o seu bolso nesta quarta (15)
A história e a estratégia de expansão do GGRC11, prestes a se tornar um dos cinco maiores FIIs da bolsa, são os destaques do dia; nos mercados, atenção para a guerra comercial, o Livro Bege e balanços nos EUA
Um atalho para a bolsa: os riscos dos IPOs reversos, da imprevisibilidade de Trump e do que mexe com o seu bolso hoje
Reportagem especial explora o caminho encontrado por algumas empresas para chegarem à bolsa com a janela de IPOs fechada; colunista Matheus Spiess explora o que está em jogo com a nova tarifa à China anunciada por Trump
100% de tarifa, 0% de previsibilidade: Trump reacende risco global com novo round da guerra comercial com a China
O republicano voltou a impor tarifas de 100% aos produtos chineses. A decisão foi uma resposta direta ao endurecimento da postura de Pequim
Felipe Miranda: Perdidos no espaço-tempo
Toda a Ordem Mundial dos últimos anos dá lugar a uma nova orientação, ao menos, por enquanto, marcada pela Desordem
Abuse, use e invista: C&A queridinha dos analistas e Trump de volta ao morde-assopra com a China; o que mexe com o mercado hoje?
Reportagem especial do Seu Dinheiro aborda disparada da varejista na bolsa. Confira ainda a agenda da semana e a mais nova guerra tarifária do presidente norte-americano
ThIAgo e eu: uma conversa sobre IA, autenticidade e o futuro do trabalho
Uma colab entre mim e a inteligência artificial para refletir sobre três temas quentes de carreira — coffee badging, micro-shifting e as demissões por falta de produtividade no home office
A pequena notável que nos conecta, e o que mexe com os mercados nesta sexta-feira (10)
No Brasil, investidores avaliam embate após a queda da MP 1.303 e anúncio de novos recursos para a construção civil; nos EUA, todos de olho nos índices de inflação
Esta ação subiu mais de 50% em menos de um mês – e tem espaço para ir bem mais longe
Por que a aquisição da Desktop (DESK3) pela Claro faz sentido para a compradora e até onde pode ir a Microcap
Menos leão no IR e mais peru no Natal, e o que mexe com os mercados nesta quinta-feira (9)
No cenário local, investidores aguardam inflação de setembro e repercutem derrota do governo no Congresso; nos EUA, foco no discurso de Powell
Rodolfo Amstalden: No news is bad news
Apuração da Bloomberg diz que os financistas globais têm reclamado de outubro principalmente por sua ausência de notícias
Pão de queijo, doce de leite e… privatização, e o que mexe com os mercados nesta quarta-feira (8)
No Brasil, investidores de olho na votação da MP do IOF na Câmara e no Senado; no exterior, ata do Fomc e shutdown nos EUA
