Princípio da incerteza: a importância de uma carteira diversificada para enfrentar os desafios de 2022
Fazer projeções para o ano pode ser perigoso. Às vezes, quanto maior a certeza do retorno de um investimento, menos ele deve acontecer. Por isso, escolher bem os ativos da sua carteira é fundamental
Em 1927, o físico alemão Werner Heisenberg enunciou pela primeira vez o princípio da incerteza.
Sem adentrar nos pormenores da física quântica e nas deduções matemáticas, o princípio da incerteza de Heisenberg demonstra que não é possível saber com precisão e simultaneidade a posição e a quantidade de movimento (momento) de uma partícula.
Isso porque a medição dessas variáveis (posição e momento) modifica o estado dela. Ou seja, o próprio método de medição interfere na partícula que está sendo medida e modifica a resposta final. Além disso, quanto maior a precisão da posição, maior a incerteza do momento, e vice-versa.
A busca por respostas definitivas
Ao fim, a perturbação do sistema mantém intacta apenas a existência de um grau de incerteza.
Talvez o enunciado de Heisenberg não seja muito familiar, mas o conceito da impossibilidade da completa exclusão de incertezas deve ser.
Mesmo assim, somos tentados, diariamente, a buscar explicações e respostas definitivas.
Leia Também
Incorremos no erro de olhar para trás e, em uma análise a posteriori, criar uma narrativa sobre os erros e acertos que agora parecem óbvios. Kahneman, Tversky e Fischhoff deram outro nome bonito para isso: viés da retrospectiva.
“Mas e se..?”
Somos tentados a olhar para trás e divagar sobre diversos aspectos da nossa vida: se eu tivesse feito outro curso, se eu tivesse casado com outra pessoa, se eu não tivesse feito aquela viagem...
No momento da tomada de decisão, escolhemos um caminho sem a garantia de onde ele vai dar.
Entretanto, cada vez que interagimos com a estrada escolhida, somos agentes de modificação daquele caminho e, consequentemente, do resultado. Ou seja, o que imaginamos que seria o caminho preterido não necessariamente teria levado ao destino hoje desejado.
Só saberemos o final se caminharmos por ele.
Maior certeza, menor probabilidade
Para a maioria dos ativos brasileiros, 2021 não foi fácil. Os investidores podem pensar: eu devia ter reduzido minhas posições em ações em um dado ponto, ou devia ter aumentado minha exposição em renda fixa em outro momento. Contudo, se esquecem de que, ao interagir com o mercado, o cenário poderia ser diferente.
Analogamente ao princípio de Heisenberg, quanto maior a certeza sobre uma tese de investimento, pior o técnico da posição. A vasta preponderância de investidores em uma determinada posição pode levar a eventos de mercado altamente perturbadores a qualquer sinal de quebra de convicção.
Em outras palavras, quanto maior a certeza de retorno de um investimento, menor pode ser a sua probabilidade de ocorrência.
A diversificação da carteira
Ao final da primeira semana de 2022, fazer projeções para o final do ano, frente a tantas incertezas, pode ser perigoso. Entretanto, o desejo de prever o futuro pode ser menos danoso do que a tentativa de olhar para o passado sob o viés da retrospectiva, contrário às leis da física, da matemática e da economia comportamental.
Pois bem, olhemos para a frente. As preocupações em relação à dinâmica da pandemia, surgimento de novos gargalos nas cadeias de suprimento globais, aperto monetário nas economias desenvolvidas, eleições presidenciais e outras coisas que não conseguimos precisar neste momento reforçam a importância de uma alocação diversificada.
A carteira do FoF Melhores Fundos Blend representa a síntese das nossas convicções de diversificação entre classes de ativos, no Brasil e no exterior, dentro da regulação vigente para o investidor geral.
Nós da equipe da série Os Melhores Fundos de Investimento temos uma certeza: 2022 será um ano absolutamente incerto. Apesar de tudo, não deixe de interagir com ele.
Um abraço,
Laís Costa
Eleição no Chile confirma a guinada política da América do Sul para a direita; o Brasil será o próximo?
Após a vitória de Javier Milei na Argentina em 2023 e o avanço da direita na Bolívia em 2025, o Chile agora caminha para um segundo turno amplamente favorável ao campo conservador
Os CDBs que pagam acima da média, dados dos EUA e o que mais movimenta a bolsa hoje
Quando o retorno é maior que a média, é hora de desconfiar dos riscos; investidores aguardam dados dos EUA para tentar entender qual será o caminho dos juros norte-americanos
Direita ou esquerda? No mundo dos negócios, escolha quem faz ‘jogo duplo’
Apostar no negócio maduro ou investir em inovação? Entenda como resolver esse dilema dos negócios
Esse número pode indicar se é hora de investir na bolsa; Log corta dividendos e o que mais afeta seu bolso hoje
Relação entre preço das ações e lucro está longe do histórico e indica que ainda há espaço para subir mais; veja o que analistas dizem sobre o momento atual da bolsa de valores brasileira
Investir com emoção pode custar caro: o que os recordes do Ibovespa ensinam
Se você quer saber se o Ibovespa tem espaço para continuar subindo mesmo perto das máximas, eu não apenas acredito nisso como entendo que podemos estar diante de uma grande janela de valorização da bolsa brasileira — mas isso não livra o investidor de armadilhas
Seca dos IPOs ainda vai continuar, fim do shutdown e o que mais movimenta a bolsa hoje
Mesmo com Regime Fácil, empresas ainda podem demorar a listar ações na bolsa e devem optar por lançar dívidas corporativas; mercado deve reagir ao fim do maior shutdown da história dos EUA, à espera da divulgação de novos dados
Rodolfo Amstalden: Podemos resumir uma vida em uma imagem?
Poucos dias atrás me deparei com um gráfico absolutamente pavoroso, e quase imediatamente meu cérebro fez a estranha conexão: “ora, mas essa imagem que você julga horripilante à primeira vista nada mais é do que a história da vida da Empiricus”
Shutdown nos EUA e bolsa brasileira estão quebrando recordes diariamente, mas só um pode estar prestes a acabar; veja o que mais mexe com o seu bolso hoje
Temporada de balanços, movimentos internacionais e eleições do ano que vem podem impulsionar ainda mais a bolsa brasileira, que está em rali histórico de valorizações; Isa Energia (ISAE4) quer melhorar eficiência antes de aumentar dividendos
Ibovespa imparável: até onde vai o rali da bolsa brasileira?
No acumulado de 2025, o índice avança quase 30% em moeda local — e cerca de 50% em dólar. Esse desempenho é sustentado por três pilares centrais
Felipe Miranda: Como era verde meu vale do silício
Na semana passada, o mitológico investidor Howard Marks escreveu um de seus icônicos memorandos com o título “Baratas na mina de carvão” — uma referência ao alerta recente de Jamie Dimon, CEO do JP Morgan, sobre o mercado de crédito
Banco do Brasil (BBAS3) precisará provar que superou crise do agro, mercado está otimista com fim do shutdown nos EUA no horizonte, e o que mais você precisa saber sobre a bolsa hoje
Analistas acreditam que o BB não conseguirá retomar a rentabilidade do passado, e que ROE de 20% ficou para trás; ata do Copom e dados de inflação também mexem com os mercados
Promovido, e agora? Por que ser bom no que faz não te prepara para liderar pessoas
Por que seguimos promovendo técnicos brilhantes e esperando que, por mágica, eles virem líderes preparados? Liderar é um ofício — e como todo ofício, exige aprendizado, preparo e prática
Novo nome da Eletrobras em nada lembra mercado de energia; shutdown nos EUA e balanço da Petrobras também movem os mercados hoje
Depois de rebranding, Axia Energia anuncia R$ 4 bilhões em dividendos; veja o que mais mexe com a bolsa, que bate recorde depois de recorde
Eletrobras agora é Axia: nome questionável, dividendos indiscutíveis
Mesmo com os gastos de rebranding, a empresa entregou bons resultados no 3T25 — e há espaço tanto para valorização das ações como para mais uma bolada em proventos até o fim do ano
FII escondido no seu dia a dia é campeão entre os mais recomendados e pode pagar dividendos; mercado também reflete decisão do Copom e aprovação da isenção de IR
BTGLG11 é campeão no ranking de fundos imobiliários mais recomendados, Copom manteve Selic em 15% ao ano, e Senado aprovou isenção de Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil
É bicampeão! FII BTLG11 volta ao topo do ranking dos fundos mais recomendados em novembro — e tem dividendos extraordinários no radar
Pelo segundo mês consecutivo, o BTLG11 garantiu a vitória ao levar quatro recomendações das dez corretoras, casas de análise e bancos consultados pelo Seu Dinheiro
Economista revela o que espera para a Selic em 2025, e ações ligadas à inteligência artificial sofrem lá fora; veja o que mais mexe com o mercado hoje
Ibovespa renovou recorde antes de decisão do Copom, que deve manter a taxa básica de juros em 15% ao ano, e economista da Galapagos acredita que há espaço para cortes em dezembro; investidores acompanham ações de empresas de tecnologia e temporada de balanços
O segredo do Copom, o reinado do Itaú e o que mais movimenta o seu bolso hoje
O mercado acredita que o Banco Central irá manter a taxa Selic em 15% ao ano, mas estará atento à comunicação do banco sobre o início do ciclo de cortes; o Itaú irá divulgar seus resultados depois do fechamento e é uma das ações campeãs para o mês de novembro
Política monetária não cede, e fiscal não ajuda: o que resta ao Copom é a comunicação
Mesmo com a inflação em desaceleração, o mercado segue conservador em relação aos juros. Essa preferência traz um recado claro: o problema deriva da falta de credibilidade fiscal
Tony Volpon: Inteligência artificial — Party like it’s 1998
Estamos vivendo uma bolha tecnológica. Muitos investimentos serão mais direcionados, mas isso acontece em qualquer revolução tecnológica.