🔴 UM SALÁRIO MÍNIMO DE RENDA TODO O MÊS COM DIVIDENDOS? – DESCUBRA COMO

Blood bath and beyond: Entenda o banho de sangue dos mercados financeiros — e as oportunidades para o Brasil

Michael Hartnett, do Bank of America Merrill Lynch, alerta para um possível otimismo exagerado e prematuro sobre o fim da subida da taxa básica de juro nos EUA; saiba mais

22 de agosto de 2022
12:25 - atualizado às 13:14
Ibovespa mercados queda
Imagem: Shutterstock

Se você precisa explicar uma piada, provavelmente ela é uma piada ruim ou você é um mau humorista. Neste caso, estamos diante dos dois. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O título deste Day One é um trocadilho em alusão à Bed Bath and Beyond, a nova meme stock que explodiu recentemente sem a concreta contribuição de seus fundamentos, e ao banho de sangue ("Blood Bath") observado nos mercados desde a última sexta-feira.

O banho de sangue nos mercados financeiros

Mais do que uma figura de linguagem, ele serve de alerta para um possível otimismo exagerado que vinha se estabelecendo nas bolsas internacionais, como se a inflação global já estivesse domada, os Bancos Centrais não precisassem mais subir tanto suas taxas básicas de juro e os valuations já pudessem voltar a se expandir. 

Ora, ora, se voltamos a repetir o fenômeno da Gamestop e se Adam Neumann já está captando centenas de milhões de dólares de novo, mesmo depois de tudo, com direito a série na Netflix, talvez precisemos redobrar os cuidados. Estamos (ou estávamos) possivelmente ainda sob os efeitos de alguma euforia.

Conforme argumenta importante analista internacional, se você vê atratividade no S&P 500 a 4.300 pontos (nível atingido na semana passada), é como se concordasse também que: a capacidade explicativa de juros e inflação para determinar o comportamento das ações é a menor da história, lutar contra o Fed funciona ("fight the Fed works”) e o quantitative tightening (enxugamento do balanço do Banco Central) não traz grandes impactos, ainda que o quantitative easing (expansão do balanço do BC) tenha sido fundamental para guiar o preço dos ativos alguns anos atrás.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O Bank of America sobre os mercados

Michael Hartnett, do Bank of America Merrill Lynch, foi bastante enfático ao final da semana passada, identificando um exemplo de livro-texto para descrever o desempenho recente de Wall Street. 

Leia Também

Disse algo mais ou menos assim: “a alta de 17,4% do S&P 500 desde as mínimas de junho foi um clássico ‘bear market rally’ (rali dentro de uma tendência de baixa maior). Dos 43 ralis de bear market desde 1929, nos quais o S&P 500 subiu mais de 10%, a valorização média foi de 17,2% e a subida durou 39 dias de trading. Desta vez, o índice sobe 17,4%, numa direção de 41 dias de trading.”

Otimismo exagerado dos investidores

Hartnett alerta para um possível otimismo exagerado e prematuro sobre o fim da subida da taxa básica de juro nos EUA. 

Ele lembra que a última vez em que o Fed encerrou um ciclo de aperto monetário com taxas de juro reais negativas foi em 1954. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Vendo complacência no julgamento dos riscos no horizonte, ele vê dias contados para a era de valuations muito elevados, porque os drivers para isso teriam se dissipado. 

As injeções monetárias pelos Bancos Centrais, o livre movimento de comércio, de capital e de pessoas, as tensões geopolíticas controladas… tudo isso já era. 

Entraríamos num regime de maior inflação com uma postura secular em favor de caixa, commodities e mais volatilidade.

Não sei se ele está certo. Acho que ninguém sabe. Talvez seja prematuro também cravar que o movimento recente foi apenas um bear market rally, assim como tinha sido a caracterização de que o pior ficara pra trás. Tudo que enxergamos é uma distribuição de probabilidades. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Cenário mais otimista

Parece, de fato, que, dados os valuations do S&P 500, estávamos antecipando apenas o cenário mais otimista para inflação, juros e lucros. 

Assim, a assimetria não estava (e a verdade é que ainda não está) muito convidativa para compra de ações norte-americanas.

Com efeito, mantemos uma posição short (vendida) em S&P 500, como hedge (proteção) frente à exposição comprada em ações brasileiras. 

A performance de Brasil

Somos bons produtores de commodities, uma democracia superior a qualquer autocracia (como tantas existentes por aí hoje), a eleição brasileira dá sinais de uma convergência mais ao centro, a economia traz indicadores surpreendentemente positivos e a concorrência de outros emergentes se esforça para nos ajudar. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A Rússia já estava fora do jogo do fluxo de capitais internacional e agora a China conduz um afrouxamento monetário desconectado com o restante do planeta e enfrenta uma seca às vésperas de importante colheita de grãos e com impacto sobre disponibilidade de energia.

Aos 200 anos de independência, já estamos bem grandinhos para nutrir falsas esperanças ou expectativas adolescentes ingênuas. 

Se o banho de sangue continuar em Wall Street, alguma correção será inescapável. Mas há bons elementos em prol de uma melhor performance relativa de Brasil.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A decisão de Natal do Fed, os títulos incentivados e o que mais move o mercado hoje

27 de novembro de 2025 - 8:23

Veja qual o impacto da decisão de dezembro do banco central dos EUA para os mercados brasileiros e o que deve acontecer com as debêntures incentivadas, isentas de IR

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

Corte de juros em dezembro? O Fed diz talvez, o mercado jura que sim

27 de novembro de 2025 - 7:49

Embora a maioria do mercado espere um corte de 25 pontos-base, as declarações do Fed revelam divisão interna: há quem considere a inflação o maior risco e há quem veja a fragilidade do mercado de trabalho como a principal preocupação

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: O mercado realmente subestima a Selic?

26 de novembro de 2025 - 19:30

Dentro do arcabouço de metas de inflação, nosso Bacen dá mais cavalos de pau do que a média global. E o custo de se voltar atrás para um formulador de política monetária é quase que proibitivo. Logo, faz sentido para o mercado cobrar um seguro diante de viradas possíveis.

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

As projeções para a economia em 2026, inflação no Brasil e o que mais move os mercados hoje

26 de novembro de 2025 - 8:36

Seu Dinheiro mostra as projeções do Itaú para os juros, inflação e dólar para 2026; veja o que você precisa saber sobre a bolsa hoje

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Os planos e dividendos da Petrobras (PETR3), a guerra entre Rússia e Ucrânia, acordo entre Mercosul e UE e o que mais move o mercado

25 de novembro de 2025 - 8:20

Seu Dinheiro conversou com analistas para entender o que esperar do novo plano de investimentos da Petrobras; a bolsa brasileira também reflete notícias do cenário econômico internacional

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: O paradoxo do banqueiro central

24 de novembro de 2025 - 19:59

Se você é explicitamente “o menino de ouro” do presidente da República e próximo ao ministério da Fazenda, é natural desconfiar de sua eventual subserviência ao poder Executivo

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Hapvida decepciona mais uma vez, dados da Europa e dos EUA e o que mais move a bolsa hoje

24 de novembro de 2025 - 7:58

Operadora de saúde enfrenta mais uma vez os mesmos problemas que a fizeram despencar na bolsa há mais dois anos; investidores aguardam discurso da presidente do Banco Central Europeu (BCE) e dados da economia dos EUA

BOMBOU NO SD

CDBs do Master, Oncoclínicas (ONCO3), o ‘terror dos vendidos’ e mais: as matérias mais lidas do Seu Dinheiro na semana

23 de novembro de 2025 - 17:13

Matéria sobre a exposição da Oncoclínicas aos CDBs do Banco Master foi a mais lida da semana; veja os destaques do SD

MERCADOS HOJE

A debandada da bolsa, pessimismo global e tarifas de Trump: veja o que move os mercados hoje

21 de novembro de 2025 - 9:27

Nos últimos anos, diversas empresas deixaram a B3; veja o que está por trás desse movimento e o que mais pode afetar o seu bolso

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Planejamento, pé no chão e consciência de que a realidade pode ser dura são alguns dos requisitos mais importantes de quem quer ser dono da própria empresa

20 de novembro de 2025 - 8:36

Milhões de brasileiros sonham em abrir um negócio, mas especialistas alertam que a realidade envolve insegurança financeira, mais trabalho e falta de planejamento

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Será que o Fed já pode usar AI para cortar juros?

19 de novembro de 2025 - 20:00

Chegamos à situação contemporânea nos EUA em que o mercado de trabalho começa a dar sinais em prol de cortes nos juros, enquanto a inflação (acima da meta) sugere insistência no aperto

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A nova estratégia dos FIIs para crescer, a espera pelo balanço da Nvidia e o que mais mexe com seu bolso hoje

19 de novembro de 2025 - 8:01

Para continuarem entregando bons retornos, os Fundos de Investimento Imobiliários adaptaram sua estratégia; veja se há riscos para o investidor comum. Balanço da Nvidia e dados de emprego dos EUA também movem os mercados hoje

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

O recado das eleições chilenas para o Brasil, prisão de dono e liquidação do Banco Master e o que mais move os mercados hoje

18 de novembro de 2025 - 8:29

Resultado do primeiro turno mostra que o Chile segue tendência de virada à direita já vista em outros países da América do Sul; BC decide liquidar o Banco Master, poucas horas depois que o banco recebeu uma proposta de compra da holding Fictor

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

Eleição no Chile confirma a guinada política da América do Sul para a direita; o Brasil será o próximo?

18 de novembro de 2025 - 6:03

Após a vitória de Javier Milei na Argentina em 2023 e o avanço da direita na Bolívia em 2025, o Chile agora caminha para um segundo turno amplamente favorável ao campo conservador

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Os CDBs que pagam acima da média, dados dos EUA e o que mais movimenta a bolsa hoje

17 de novembro de 2025 - 7:53

Quando o retorno é maior que a média, é hora de desconfiar dos riscos; investidores aguardam dados dos EUA para tentar entender qual será o caminho dos juros norte-americanos

VISÃO 360

Direita ou esquerda? No mundo dos negócios, escolha quem faz ‘jogo duplo’

16 de novembro de 2025 - 8:00

Apostar no negócio maduro ou investir em inovação? Entenda como resolver esse dilema dos negócios

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Esse número pode indicar se é hora de investir na bolsa; Log corta dividendos e o que mais afeta seu bolso hoje

14 de novembro de 2025 - 8:24

Relação entre preço das ações e lucro está longe do histórico e indica que ainda há espaço para subir mais; veja o que analistas dizem sobre o momento atual da bolsa de valores brasileira

SEXTOU COM O RUY

Investir com emoção pode custar caro: o que os recordes do Ibovespa ensinam

14 de novembro de 2025 - 6:55

Se você quer saber se o Ibovespa tem espaço para continuar subindo mesmo perto das máximas, eu não apenas acredito nisso como entendo que podemos estar diante de uma grande janela de valorização da bolsa brasileira — mas isso não livra o investidor de armadilhas

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Seca dos IPOs ainda vai continuar, fim do shutdown e o que mais movimenta a bolsa hoje

13 de novembro de 2025 - 7:57

Mesmo com Regime Fácil, empresas ainda podem demorar a listar ações na bolsa e devem optar por lançar dívidas corporativas; mercado deve reagir ao fim do maior shutdown da história dos EUA, à espera da divulgação de novos dados

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Podemos resumir uma vida em uma imagem?

12 de novembro de 2025 - 19:54

Poucos dias atrás me deparei com um gráfico absolutamente pavoroso, e quase imediatamente meu cérebro fez a estranha conexão: “ora, mas essa imagem que você julga horripilante à primeira vista nada mais é do que a história da vida da Empiricus”

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar