🔴 ONDE INVESTIR EM OUTUBRO? MELHORES AÇÕES, FIIS E DIVIDENDOS – CONFIRA AQUI

Por que uma vitória dos republicanos nas eleições de meio de mandato nos EUA pode ajudar os mercados

Os americanos vão às urnas nesta terça-feira para construir os próximos dois anos e o mercado pode atravessar momentos de volatilidade no curto prazo

8 de novembro de 2022
6:14 - atualizado às 13:18
estados unidos
Imagem: Shutterstock

Como se não tivéssemos lidado com política e eleições o suficiente até aqui, os Estados Unidos se deparam hoje com as eleições de meio de mandato presidencial, as chamadas midterms.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Com poder de grande impacto nos próximos dois anos, o evento será acompanhado por investidores do mundo inteiro, com desdobramentos reais para a economia global e para países como o Brasil.

Tipicamente entendida como uma espécie de avaliação do mandato presidencial concedido dois anos antes, as midterms devem ser um banho de água fria sobre o Partido Democrata, que atualmente lidera as duas casas legislativas com pequena margem.

Entre 2021 e 2022, muita coisa aconteceu e seria natural entender um eleitor americano descontente. Desde a escalada da inflação até a sensação de vulnerabilidade internacional (Afeganistão e Ucrânia), muitos são os argumentos dos quais os republicanos estão se valendo em 2022.

Oposição tem levado a melhor nas midterms nas últimas décadas

Como consequência, as pesquisas apontam para uma provável vitória republicana em ao menos uma das casas, mais precisamente a dos Representantes, equivalente à Câmara dos Deputados no Brasil.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Sabemos da dificuldade que um governo acaba tendo quando não tem maioria no parlamento. Provavelmente é o que acontecerá nos EUA a partir do ano que vem, de maneira semelhante à segunda metade do governo Trump e a parte significativa da gestão Obama. Desde a década de 1990, o partido do presidente costuma sofrer durante as midterms.

Leia Também

Em poucas palavras, portanto, a Casa Branca poderia estar prestes a ser esterilizada até 2024 caso as projeções se confirmem.

Republicanos lideram pesquisas

Conforme veremos abaixo, as pesquisas (com todas as críticas que possamos ter a elas) indicam que os republicanos têm mais de 80% de chance de conquistar maioria na Câmara, ainda que tímida.

O Senado, por sua vez, é uma corrida um pouco mais apertada, uma vez que nem todas as cadeiras rodarão. Mas há cerca de 50% de chance de maioria republicana, o que seria devastador para os democratas. Hoje, o Senado é dividido 50/50, mas a maioria é democrata por conta do “Voto de Minerva” da vice-presidente Kamala Harris.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Fonte: 538 Midterm Election Model

Leia também

Por que isso pode ser bom para o mercado

Se os republicanos chegarem a conquistar pelo menos a Câmara dos Representantes nas eleições de meio de mandato desta terça-feira, isso provavelmente resultará em mais impasses, o que o mercado geralmente costuma gostar (tocar o país de lado, sem dor de cabeça ou novidades elaboradas).

Para você ter uma ideia, segundo os dados históricos, o S&P 500 (um dos principais índices de ações dos EUA) teve um retorno anualizado de 16,9% desde 1948 durante os nove anos em que um democrata esteve na Casa Branca e os republicanos tiveram maioria nas duas câmaras do Congresso.

Isso se compara a 15,1% durante os períodos de total controle democrata e 15,9% nos anos em que houve um governo total republicano. Basicamente, os investidores ficam mais felizes quando os políticos discutem entre si, promovendo uma convergência ao centro sem que haja promulgação de nova lei que possa prejudicar os lucros corporativos (tom mais moderado é criado).

Adicionalmente, o quarto trimestre e os próximos dois trimestres após as eleições de meio de mandato têm sido historicamente o trecho mais forte do mercado de ações em um ciclo de eleições presidenciais de quatro anos, retornando ganhos médios do S&P 500 de 6,6%, 7,4% e 4,8%, respectivamente.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Uma coisa interessante é que se os republicanos conseguirem a Câmara, os aumentos de impostos serão contidos nos próximos dois anos, ajudando os lucros empresariais (eles são menos propensos a aprovar um imposto inesperado sobre os lucros das empresas petrolíferas e não são a favor de aumentos de impostos sobre os ricos).

Além disso, uma onda do Partido Republicano pode levar a mais gastos com defesa (parece ser uma pauta bipartidária, no entanto).

Por outro lado, os democratas e republicanos também parecem estar na mesma página quando se trata de aumentar os gastos com infraestrutura, o que poderia dar um impulso às empresas de serviços públicos, construtoras e algumas ações imobiliárias. Em meio aos temores de recessão, tais iniciativas são importantes.

Tudo isso, claro, feito sob o devido dimensionamento das posições, conforme seu perfil de risco, e a devida diversificação de carteira, com as respectivas proteções associadas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Manchetes políticas são barulho para o mercado

No final das contas, porém, as manchetes políticas geralmente são apenas barulho para os mercados, uma vez que os investidores, na média, são péssimos intérpretes de movimentos políticos. Historicamente, as ações sobem após as eleições, não importa qual partido controle a Casa Branca e o Congresso.

As eleições intermediárias também podem ficar em segundo plano em relação a outras questões macro, como o crescimento econômico, os lucros corporativos, a inflação e as taxas de juros, que deveriam importar mais para os investidores a longo prazo.

Sobre a inflação, inclusive, o resultado das eleições de meio de mandato pode ser influenciado por algo sobre o qual o governo tem pouco controle: o custo de abastecer o carro com gasolina. Desde a década de 1970, os índices de aprovação presidencial tendem a cair quando os preços da gasolina sobem. O clima não é bom para Biden.

Ainda assim, considerando o contexto polarizado, os questionamentos eleitorais e a possibilidade de volta de Trump, é possível que os resultados das eleições possam levar a mais volatilidade no curto prazo, mesmo que o mercado já tenha precificando uma forte probabilidade de um governo dividido.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
BOMBOU NO SD

CNH sem autoescola, CDBs do Banco Master e loteria +Milionária: confira as mais lidas do Seu Dinheiro na semana

19 de outubro de 2025 - 15:02

Matérias sobre o fechamento de capital da Gol e a opinião do ex-BC Arminio Fraga sobre os investimentos isentos de IR também integram a lista das mais lidas

VISAO 360

Como nasceu a ideia de R$ 60 milhões que mudou a história do Seu Dinheiro — e quais as próximas apostas

19 de outubro de 2025 - 8:00

Em 2016, quando o Seu Dinheiro ainda nem existia, vi um gráfico em uma palestra que mudou minha carreira e a história do SD

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A Eletrobras se livrou de uma… os benefícios da venda da Eletronuclear, os temores de crise de crédito nos EUA e mais

17 de outubro de 2025 - 7:55

O colunista Ruy Hungria está otimista com Eletrobras; mercados internacionais operam no vermelho após fraudes reveladas por bancos regionais dos EUA. Veja o que mexe com seu bolso hoje

SEXTOU COM O RUY

Venda da Eletronuclear é motivo de alegria — e mais dividendos — para os acionistas da Eletrobras (ELET6)

17 de outubro de 2025 - 6:07

Em um único movimento a companhia liberou bilhões para investir em outros segmentos que têm se mostrado bem mais rentáveis e menos problemáticos, além de melhorar o potencial de pagamento de dividendos neste e nos próximos anos

VONTADE DOS CÔNJUGES

Projeto aprovado na Câmara permite divórcio após a morte de um dos cônjuges, com mudança na divisão da herança

16 de outubro de 2025 - 15:22

Processos iniciados antes do falecimento poderão ter prosseguimento a pedido dos herdeiros, deixando cônjuge sobrevivente de fora da herança

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A solidez de um tiozão de Olympikus: a estratégia vencedora da Vulcabras (VULC3) e o que mexe com os mercados hoje

16 de outubro de 2025 - 8:09

Conversamos com o CFO da Vulcabras, dona das marcas Olympikus e Mizuno, que se tornou uma queridinha entre analistas e gestores e paga dividendos mensais

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: O que o Nobel nos ensina sobre decisões de capex?

15 de outubro de 2025 - 19:57

Bebendo do alicerce teórico de Mokyr, Philippe Aghion e Peter Howitt se destacaram por estudar o papel das inovações tecnológicas nas economias modernas

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A fome de aquisições de um FII que superou a crise da Americanas e tudo que mexe com o seu bolso nesta quarta (15)

15 de outubro de 2025 - 7:47

A história e a estratégia de expansão do GGRC11, prestes a se tornar um dos cinco maiores FIIs da bolsa, são os destaques do dia; nos mercados, atenção para a guerra comercial, o Livro Bege e balanços nos EUA

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Um atalho para a bolsa: os riscos dos IPOs reversos, da imprevisibilidade de Trump e do que mexe com o seu bolso hoje

14 de outubro de 2025 - 8:08

Reportagem especial explora o caminho encontrado por algumas empresas para chegarem à bolsa com a janela de IPOs fechada; colunista Matheus Spiess explora o que está em jogo com a nova tarifa à China anunciada por Trump

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

100% de tarifa, 0% de previsibilidade: Trump reacende risco global com novo round da guerra comercial com a China

14 de outubro de 2025 - 7:48

O republicano voltou a impor tarifas de 100% aos produtos chineses. A decisão foi uma resposta direta ao endurecimento da postura de Pequim

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: Perdidos no espaço-tempo

13 de outubro de 2025 - 19:58

Toda a Ordem Mundial dos últimos anos dá lugar a uma nova orientação, ao menos, por enquanto, marcada pela Desordem

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Abuse, use e invista: C&A queridinha dos analistas e Trump de volta ao morde-assopra com a China; o que mexe com o mercado hoje?

13 de outubro de 2025 - 7:40

Reportagem especial do Seu Dinheiro aborda disparada da varejista na bolsa. Confira ainda a agenda da semana e a mais nova guerra tarifária do presidente norte-americano

TRILHAS DE CARREIRA

ThIAgo e eu: uma conversa sobre IA, autenticidade e o futuro do trabalho

12 de outubro de 2025 - 7:04

Uma colab entre mim e a inteligência artificial para refletir sobre três temas quentes de carreira — coffee badging, micro-shifting e as demissões por falta de produtividade no home office

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A pequena notável que nos conecta, e o que mexe com os mercados nesta sexta-feira (10)

10 de outubro de 2025 - 7:59

No Brasil, investidores avaliam embate após a queda da MP 1.303 e anúncio de novos recursos para a construção civil; nos EUA, todos de olho nos índices de inflação

SEXTOU COM O RUY

Esta ação subiu mais de 50% em menos de um mês – e tem espaço para ir bem mais longe

10 de outubro de 2025 - 6:03

Por que a aquisição da Desktop (DESK3) pela Claro faz sentido para a compradora e até onde pode ir a Microcap

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Menos leão no IR e mais peru no Natal, e o que mexe com os mercados nesta quinta-feira (9)

9 de outubro de 2025 - 8:06

No cenário local, investidores aguardam inflação de setembro e repercutem derrota do governo no Congresso; nos EUA, foco no discurso de Powell

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: No news is bad news

8 de outubro de 2025 - 19:59

Apuração da Bloomberg diz que os financistas globais têm reclamado de outubro principalmente por sua ausência de notícias

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Pão de queijo, doce de leite e… privatização, e o que mexe com os mercados nesta quarta-feira (8)

8 de outubro de 2025 - 8:10

No Brasil, investidores de olho na votação da MP do IOF na Câmara e no Senado; no exterior, ata do Fomc e shutdown nos EUA

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

O declínio do império americano — e do dólar — vem aí? Saiba também o que mexe com os mercados hoje

7 de outubro de 2025 - 8:26

No cenário nacional, investidores repercutem ligação entre Lula e Trump; no exterior, mudanças políticas na França e no Japão, além de discursos de dirigentes do Fed

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

O dólar já não reina sozinho: Trump abala o status da moeda como porto seguro global — e o Brasil pode ganhar com isso

7 de outubro de 2025 - 7:37

Trump sempre deixou clara sua preferência por um dólar mais fraco. Porém, na prática, o atual enfraquecimento não decorre de uma estratégia deliberada, mas sim de efeitos colaterais das decisões que abalaram a confiança global na moeda

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar