7 razões para ficar otimista com as ações de tecnologia na bolsa
Espero que a lista incentive os investidores de tecnologia a pensar sobre como tantas oportunidades e frentes de pesquisa irão moldar o mundo em que vivemos
Olá, seja bem-vindo à Estrada do Futuro, onde conversamos semanalmente sobre a intersecção entre investimentos e tecnologia.
Há alguns dias, a equipe de Wealth da Empiricus Investimentos, listou tópicos que resumem as principais questões macroeconômicas que são pano de fundo para o mercado de ações:
- Atividade global em contração, mas expectativas bastante pessimistas;
- Inflação deve desacelerar com contração em curso, queda de commodities e reorganização da oferta;
- FED entrando em fase de sintonia fina, mas com um discurso duro e podendo eventualmente acelerar o lado quantitativo, limitando a necessidade de apertos em demasia;
- Europa sofrendo com a questão do gás, mas câmbio desvalorizado e estímulos fazem o contraponto para a atividade. Ajuste inflacionário deve demorar um pouco, enquanto energia for um limitante;
- China em processo de lockdowns, mas estímulos seguram atividade e potencializam retomada mais à frente;
- Mercados já bastante ajustados exigem cautela com a onda de pessimismo;
- Brasil aguardando definição eleitoral, mas acreditamos que, em um eventual governo Lula, não teremos grandes derrapadas na condução (rejeição à mudança na Constituição chilena é um ótimo sinal para a América Latina);
- Juros reais devem se fazer presentes e desacelerar a inflação (atrasou por séries de estímulos) a partir de agora;
- Fluxo de câmbio por conta de balança, emissões de dívida, potencial entrada de estrangeiros e FDIs devem apreciar o real;
- Emergentes muito depreciados, dólar com dez anos de desvalorização forte e múltiplos muito baixos tornam nossa bolsa atrativa.
Da inflação alta ao conflito na Ucrânia, o quarteto dos cavaleiros do apocalipse, no cenário atual, mais parecem uma cavalaria inteira.
Ouvir que você precisa "comprar ao som dos canhões e vender ao som dos violinos" é muito mais fácil do que apertar os botões do home broker em tais cenários.
Na coluna de hoje, quero oferecer uma outra interpretação à lista do meu amigo.
Resumo do cenário, mas de longo prazo e focado em tecnologia
- Nos últimos 20 anos, os índices S&P 500 e Nasdaq 100 apresentam performances de +352% e 1.246%, respectivamente. Essas performances são equivalentes a retornos de 7,83% ao ano no caso do primeiro e 13,87% no caso do segundo, mesmo considerando o péssimo ano de 2022 até aqui.
- No mesmo período, de acordo com os dados do U.S. Bureau of Labor Statistics, a inflação acumulada nos EUA foi de 74,4%, com dados disponíveis até o fechamento de julho deste ano. Sob todos os aspectos, o investidor de ações de tecnologia, mesmo após o drawdown de 2022, acumula retornos reais excepcionais em longo prazo.
- Em segmentos pautados pelo desenvolvimento tecnológico, eu adicionaria ainda mais: de acordo com o instituto Our World in Data, o preço da eletricidade produzida através de painéis solares caiu 89% nos últimos 10 anos e hoje é mais acessível do que todas as fontes fósseis.
- De acordo com o mesmo Our World in Data, o preço médio das baterias de lítio, que serão fundamentais na transição não só para os veículos elétricos, mas para toda a matriz energética, caiu 97% nas últimas 3 décadas, até 2018.
- Nos últimos 20 anos, nós praticamente eliminamos o custo de armazenar informações.
- Se pensarmos no segmento de saúde, hoje cerca 60% de todas as cirurgias laparoscópicas (minimamente intrusivas) realizadas nos EUA são feitas com assistência de robôs cirúrgicos que diminuem as taxas de erro médico e o tempo médio de internação dos pacientes. Uma empresa, que investe bilhões anuais, é a responsável por tais avanços. Ela apresentou um retorno composto de 27,6% ao ano, nos últimos 20 anos, para seus acionistas.
- Os primeiros relatos de covid datam de novembro de 2019; em 10 de janeiro de 2020 tínhamos mapeado todo o seu código genético. Apenas dois dias depois, a Moderna já tinha desenvolvido sua vacina.
Eu poderia continuar a lista acima…
E falar sobre vários outros aspectos diferentes de como o mundo e a tecnologia se desenvolveram nos últimos 20 anos, com praticamente a universalização do acesso à internet, um número muito maior de pessoas alfabetizadas e tantos outros tópicos.
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Há sim uma série de desafios macroeconômicos no horizonte.
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É provável sim que tenhamos uma recessão nos países desenvolvidos, especialmente na Europa, que vem sofrendo as consequências do horrível conflito na Ucrânia.
E é muito difícil comprar ao som dos canhões e vender ao som dos violinos. Nosso instinto natural e humano é de fazer o contrário.
Aos investidores de tecnologia, espero que todos os tópicos acima os incentivem a pensar em longo prazo, sobre como tantas oportunidades e frentes de pesquisa irão moldar o mundo em que vivemos nos próximos 20 anos.
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