Um novo dia, velhas preocupações: A manhã após as eleições nos EUA, os desafios de Lula, Ambev na Copa e as notícias que mexem com o seu bolso
Investidores acompanham o andamento da transição de governo no Brasil. O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, apresentou na véspera os integrantes da equipe de transição sob seu comando. Conheça os nomes
As preocupações de hoje são as mesmas de ontem. Os investidores amanhecem uma vez mais com as atenções divididas entre o andamento da transição de governo no Brasil e as eleições de meio de mandato nos Estados Unidos.
Há novidades porém. O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, apresentou na véspera os integrantes da equipe de transição sob seu comando.
No campo econômico, Guilherme Mello, economista da campanha, e Nelson Barbosa, ministro da Fazenda de Dilma Rousseff, dividirão os holofotes com André Lara Resende e Pérsio Arida, considerados pais do Plano Real.
Alckmin deixou claro que a presença no núcleo econômico da transição não é garantia de participação na equipe econômica no próximo governo.
Paixões políticas deixadas de lado, a composição heterogênea da equipe assegura um debate qualificado - provavelmente acalorado - entre economistas com diferentes visões de mundo, de mercado e de Estado.
O fato é que, a seu modo, o mercado deu o benefício da dúvida. A bolsa subiu 0,71% e o dólar caiu 0,56% na véspera. Em contrapartida, os juros futuros subiram, refletindo a grande quantidade de perguntas ainda sem resposta neste início de transição.
Leia Também
O salvador da pátria para a Raízen, e o que esperar dos mercados hoje
Felipe Miranda: Um conto de duas cidades
Enquanto isso, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva reúne-se hoje, separadamente, com os presidentes da Câmara, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco.
Lula está em Brasília em busca de uma saída para emplacar valores maiores para o salário-mínimo e o Auxílio Brasil, que voltará a se chamar Bolsa Família, já no primeiro ano de seu governo. A expectativa é de novidades para esta quarta-feira.
Nos Estados Unidos, as eleições de meio de mandato trouxeram surpresas. A onda conservadora sob os auspícios do ex-presidente norte-americano Donald Trump não se confirmou.
O Partido Democrata, do presidente Joe Biden, virou uma cadeira crucial no Estado da Pensilvânia e aumentou as chances de reter sua atual maioria no Senado.
Na Câmara dos Representantes, os republicanos posicionam-se para reverter a maioria democrata na casa, mas com uma diferença menor que a projetada pelas pesquisas.
A apuração por lá prossegue e o resultado final ainda deve demorar a sair.
Diante do cenário indefinido, os índices futuros de Nova York operam com leves oscilações, sem estabelecer uma direção clara para a abertura dos negócios nesta quarta-feira.
Este artigo foi publicado primeiramente no "Seu Dinheiro na sua manhã". Para receber esse conteúdo no seu e-mail, cadastre-se gratuitamente neste link.
O que você precisa saber hoje
SEU DINHEIRO NA COPA
Ambev (ABEV3) vai levantar a taça? Como a Copa do Mundo tende a aumentar as vendas da empresa e recuperar suas margens. Cervejaria pode experimentar melhora operacional considerável nos próximos meses, essencial para que os papéis fiquem mais atraentes para os investidores.
DE OLHO NO PALÁCIO
Lula pode virar Liz Truss? Fundo Verde critica PEC da Transição e sugere que governo eleito estude plano fracassado do Reino Unido. Pacote do governo eleito projeta aumento de gastos para cumprir promessas de campanha, mas a gestora de Luis Sthulberger não vê medida com bons olhos.
TEMPORADA DE BALANÇOS
XP Inc. (XPBR31) tem lucro líquido de R$ 1,149 bilhão no terceiro trimestre, alta de 11%. Segmentos Institucional e Corporativo foram os destaques do resultado trimestral da corretora, que também anunciou mais um programa de recompra de ações.
SEM CASHBACK
Méliuz (CASH3) aprofunda prejuízo com R$ 18 milhões negativos no resultado do terceiro trimestre. A receita líquida cresceu 64% em relação ao mesmo período de 2021 e subiu 24% na comparação com o 2T22, para R$ 97,8 milhões. Veja outros destaques da companhia.
DRAGÕES DO ORIENTE
Prosperidade comum? Fortuna dos bilionários chineses encolhe — e pode não ter sido por acaso. No acumulado do ano, a queda nos patrimônios dos asiáticos mais ricos atingiu a casa dos bilhões. Entenda o que destruiu as riquezas.
CURIOSOS À PORTA
“Efeito Elon Musk”? Uso do Twitter aumenta após compra pelo dono da Tesla. Na primeira semana de novembro, os downloads diários subiram 28% na base mensal. No 3º dia do mês, o aplicativo foi baixado em 636.770 aparelhos, maior número em um dia desde maio.
EVENTO ABCRIPTO
Criptomoedas só devem disparar em 2024, a partir do uso por grandes empresas, dizem especialistas. Em evento da Associação Brasileira de Criptoeconomia, chefes de entidades do mercado de ativos digitais comentaram suas expectativas. Confira.
Uma boa quarta-feira para você!
Rodolfo Amstalden: Só um momento, por favor
Qualquer aposta que fizermos na direção de um trade eleitoral deverá ser permeada e contida pela indefinição em relação ao futuro
Cada um tem seu momento: Ibovespa tenta manter o bom momento em dia de pacote de Lula contra o tarifaço
Expectativa de corte de juros nos Estados Unidos mantém aberto o apetite por risco nos mercados financeiros internacionais
De olho nos preços: Ibovespa aguarda dados de inflação nos Brasil e nos EUA com impasse comercial como pano de fundo
Projeções indicam que IPCA de julho deve acelerar em relação a junho e perder força no acumulado em 12 meses
As projeções para a inflação caem há 11 semanas; o que ainda segura o Banco Central de cortar juros?
Dados de inflação no Brasil e nos EUA podem redefinir apostas em cortes de juros, caso o impacto tarifário seja limitado e os preços continuem cedendo
Felipe Miranda: Parada súbita ou razões para uma Selic bem mais baixa à frente
Uma Selic abaixo de 12% ainda seria bastante alta, mas já muito diferente dos níveis atuais. Estamos amortecidos, anestesiados pelas doses homeopáticas de sofrimento e pelo barulho da polarização política, intensificada com o tarifaço
Ninguém segura: Ibovespa tenta manter bom momento em semana de balanços e dados de inflação, mas tarifaço segue no radar
Enquanto Brasil trabalha em plano de contingência para o tarifaço, trégua entre EUA e China se aproxima do fim
O que Donald Trump e o tarifaço nos ensinam sobre negociação com pessoas difíceis?
Somos todos negociadores. Você negocia com seu filho, com seu chefe, com o vendedor ambulante. A diferença é que alguns negociam sem preparo, enquanto outros usam estratégias.
Efeito Trumpoleta: Ibovespa repercute balanços em dia de agenda fraca; resultado da Petrobras (PETR4) é destaque
Investidores reagem a balanços enquanto monitoram possível reunião entre Donald Trump e Vladimir Putin
Ainda dá tempo de investir na Eletrobras (ELET3)? A resposta é sim — mas não demore muito
Pelo histórico mais curto (como empresa privada) e um dividendo até pouco tempo escasso, a Eletrobras ainda negocia com um múltiplo de cinco vezes, mas o potencial de crescimento é significativo
De olho no fluxo: Ibovespa reage a balanços em dia de alívio momentâneo com a guerra comercial e expectativa com Petrobras
Ibovespa vem de três altas seguidas; decisão brasileira de não retaliar os EUA desfaz parte da tensão no mercado
Rodolfo Amstalden: Como lucrar com o pegapacapá entre Hume e Descartes?
A ocasião faz o ladrão, e também faz o filósofo. Há momentos convidativos para adotarmos uma ou outra visão de mundo e de mercado.
Complicar para depois descomplicar: Ibovespa repercute balanços e início do tarifaço enquanto monitora Brasília
Ibovespa vem de duas leves altas consecutivas; balança comercial de julho é destaque entre indicadores
Anjos e demônios na bolsa: Ibovespa reage a balanços, ata do Copom e possível impacto de prisão de Bolsonaro sobre tarifaço de Trump
Investidores estão em compasso de espera quanto à reação da Trump à prisão domiciliar de Bolsonaro
O Brasil entre o impulso de confrontar e a necessidade de negociar com Trump
Guerra comercial com os EUA se mistura com cenário pré-eleitoral no Brasil e não deixa espaço para o tédio até a disputa pelo Planalto no ano que vem
Felipe Miranda: Em busca do heroísmo genuíno
O “Império da Lei” e do respeito à regra, tão caro aos EUA e tão atrelado a eles desde Tocqueville e sua “Democracia na América”, vai dando lugar à necessidade de laços pessoais e lealdade individual, no que, inclusive, aproxima-os de uma caracterização tipicamente brasileira
No pain, no gain: Ibovespa e outras bolsas buscam recompensa depois do sacrifício do último pregão
Ibovespa tenta acompanhar bolsas internacionais às vésperas da entra em vigor do tarifaço de Trump contra o Brasil
Gen Z stare e o silêncio que diz (muito) mais do que parece
Fomos treinados a reconhecer atenção por gestos claros: acenos, olho no olho, perguntas bem colocadas. Essa era a gramática da interação no trabalho. Mas e se os GenZs estiverem escrevendo com outra sintaxe?
Sem trégua: Tarifaço de Trump desata maré vermelha nos mercados internacionais; Ibovespa também repercute Vale
Donald Trump assinou na noite de ontem decreto com novas tarifas para mais de 90 países que fazem comércio com os EUA; sobretaxa de 50% ao Brasil ficou para a semana que vem
A ação que caiu com as tarifas de Trump mas, diferente de Embraer (EMBR3), ainda não voltou — e segue barata
Essas ações ainda estão bem abaixo dos níveis de 8 de julho, véspera do anúncio da taxação ao Brasil — o que para mim é uma oportunidade, já que negociam por apenas 4 vezes o Ebitda
O amarelo, o laranja e o café: Ibovespa reage a tarifaço aguado e à temporada de balanços enquanto aguarda Vale
Rescaldo da guerra comercial e da Super Quarta competem com repercussão de balanços no Brasil e nos EUA