🔴 AÇÕES, FIIs, BDRs E CRIPTO – ONDE INVESTIR EM SETEMBRO? CONFIRA AQUI

Uma Nova Era na China? Para onde o terceiro mandato de Xi Jinping deve levar o gigante asiático

Enquanto Xi Jinping caminha para seu terceiro mandato, a China entra na terceira década do século em uma posição curiosa

18 de outubro de 2022
6:11 - atualizado às 6:55
Xi Jinping, presidente da China - Imagem: shutterstock

Nesta semana, o Partido Comunista da China realiza seu 20º Congresso Nacional em Pequim. O evento ocorre duas vezes por década e deverá oficializar o terceiro mandato do atual presidente, Xi Jinping. É a primeira vez que isso acontece desde Mao Tsé-Tung e Deng Xiaoping.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O momento é paradigmático para o gigante asiático e tem grandes desdobramentos para o mundo, uma vez que falamos da segunda maior economia do planeta.

A China entra na terceira década do século em uma posição curiosa.

O país acaba de encerrar um ciclo de 30 anos de crescimento, um dos mais rápidos e impactantes que o mundo já viu, tendo impulsionado proezas notáveis de produção, como a construção de suas megacidades imponentes, trens de alta velocidade e capacidade de produção que rivalizava com todo o mundo desenvolvido. Isso sem falar no desenvolvimento que proporcionou ao redor do mundo.

A situação agora, porém, é um pouco diferente. 

O crescimento, especialmente o importante crescimento da produtividade, desacelerou muito, mesmo antes do Covid, e agora basicamente parou.

A queda se deve em grande parte à insistência na política de "Covid Zero" (que também tem uma dimensão de controle social), à disposição de deixar o importante setor imobiliário quebrar e à repressão sobre as empresas de tecnologia.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

No âmbito internacional, a Nova Rota da Seda foi insuficiente até agora, largando um rastro de obras faraônicas inacabadas, dívidas em países sem capacidade de pagamento e sentimento de rivalidade com os países ocidentais.

Leia Também

Sobre o último ponto, inclusive, muito tem se questionado nos últimos tempos: a tomada de Hong Kong, a pressão sobre Taiwan, a aliança com os russos e as denúncias de atentado aos direitos humanos (caso dos campos de concentração e vigilância totalitária em Xinjiang).

Em outras palavras, os erros já começam a se acumular. 

Há quem diga que parte disso tem a ver com a própria dinâmica que Xi Jinping impôs ao partido, que antes funcionava bem como oligarquia burocrática na qual a política industrial era distribuída entre as províncias, a competência era recompensada, sucessões ocorriam por consenso e o líder era apenas o primeiro entre iguais.

Sob Xi, contudo, as coisas mudaram.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Hoje, o partido funciona como uma extensão de sua pessoa.

A consequência?

Começamos a ver a lealdade recompensar mais que competência, a falta de crítica construtiva para a formação de consenso dentro do partido e a centralização da decisão na figura de uma pessoa. Qualquer semelhança com as iniciativas populistas ocidentais não é mera coincidência.

Ou seja, é possível que o que trouxe a China até aqui possa estar se perdendo.

Ainda assim, nada parece tirar Xi de seu terceiro mandato.

No fim de semana, inclusive, o presidente chinês apresentou sua visão de uma China com maior poder, influência e apelo no mundo ao oferecer seu país como uma alternativa aos EUA e seus aliados.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A rivalidade foi notada.

Aliás, como um bom ditador com viés populista, Xi Jinping deu contornos de sucesso aos recentes fracassos, enunciados acima.

Em seu discurso de quase duas horas, Xi Jinping deu contornos históricos e culturais às palavras proferidas, citando o tema de um suposto irreversível rejuvenescimento da nação chinesa.

Ficou clara a provocação ao Ocidente e a disposição da China sob seu comando de enfrentar os EUA, econômica e tecnologicamente. Exemplo disso foi a recente iniciativa do governo Biden que visava restringir o acesso de Pequim à tecnologia de semicondutores — essa guerra comercial só está começando.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Algumas palavras bonitas e acenos ao partido, porém, não pagam as contas. Seguindo para um terceiro mandato, Xi não terá descanso e precisará traçar um caminho para a China em seu período econômico mais desafiador em décadas, com poucas perspectivas de alívio no curto prazo.

Os principais fatores de risco continuam em cena na China

Para piorar, foi dito que não há mudança de direção para dois principais fatores de risco que arrastam a economia da China; isto é, as regras estritas da Covid e políticas econômicas relativas ao mercado imobiliário.

Com isso, há pouco espaço para projetarmos qualquer impulso de crescimento. Xi prometeu que o PIB per capita subiria ao nível de um país de desenvolvimento médio até 2035, o que nos parece difícil, uma vez que demandaria uma taxa média de crescimento do PIB de 4,7%.

Nos próximos anos, portanto, precisaremos acompanhar de perto o crescimento da China. As lideranças parecem permanecer com o tema de desenvolvimento econômico ligado à "prosperidade comum" (igualdade de oportunidades, elevação da renda das pessoas de baixa renda e expansão do tamanho da classe média).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

É muito bonito, realmente, mas na teoria até o socialismo funciona.

Notadamente, entendo que a China deva continuar a crescer e se desenvolver, embora em um ritmo mais lento do que antes. Para o resto do mundo, estamos experimentando os primeiros momentos de uma recessão global, a qual a China está experimentando desde o início de 2022 (em formato de desaceleração mais aguda).

No curto prazo, o movimento pode ser marginalmente negativo para o mercado de commodities e para as economias emergentes mais ligadas ao mercado chinês, como a brasileira. Um processo de normalização de 2024 em diante poderia ser promissor para que voltássemos a ver otimismo sobre o crescimento global, hoje abalado pelo processo de aperto monetário em resposta à escalada da inflação mundial.

Sim, o curto prazo é desafiador, mas há espaço para uma recuperação em um segundo momento, contando com o fato de que o conflito entre EUA e China permaneça na retórica e em medidas econômicas. A desglobalização ou a desaceleração da globalização vivida até aqui é um fato e precisamos aprender a lidar com ele.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Os investimentos para viver de renda, e o que move os mercados nesta terça-feira (9)

9 de setembro de 2025 - 8:03

Por aqui, investidores avaliam retomada do julgamento de Bolsonaro; no exterior, ficam de olho na revisão anual dos dados do payroll nos EUA

Insights Assimétricos

A derrota de Milei: um tropeço local que não apaga o projeto nacional

9 de setembro de 2025 - 7:15

Fora da região metropolitana de Buenos Aires, o governo de Milei pode encontrar terreno mais favorável e conquistar resultados que atenuem a derrota provincial. Ainda assim, a trajetória dos ativos argentinos permanece vinculada ao desfecho das eleições de outubro.

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: Tarcisiômetro

8 de setembro de 2025 - 20:00

O mercado vai monitorar cada passo dos presidenciáveis, com o termômetro no bolso, diante da possível consolidação da candidatura de Tarcísio de Freitas como o nome da centro-direita e da direita.

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A tentativa de retorno do IRB, e o que move os mercados nesta segunda-feira (8)

8 de setembro de 2025 - 8:05

Após quinta semana seguida de alta, Ibovespa tenta manter bom momento em meio a agenda esvaziada

TRILHAS DE CARREIRA

Entre o diploma e a dignidade: por que jovens atingidos pelo desemprego pagam para fingir que trabalham

7 de setembro de 2025 - 7:32

Em meio a uma alta taxa de desemprego em sua faixa etária, jovens adultos chineses pagam para ir a escritórios de “mentirinha” e fingir que estão trabalhando

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Recorde atrás de recorde na bolsa brasileira, e o que move os mercados nesta sexta-feira (5)

5 de setembro de 2025 - 8:04

Investidores aguardam dados de emprego nos EUA e continuam de olho no tarifaço de Trump

SEXTOU COM O RUY

Ibovespa renova máxima histórica, segue muito barato e a próxima parada pode ser nos 200 mil pontos. Por que você não deve ficar fora dessa?

5 de setembro de 2025 - 6:01

Juros e dólar baixos e a renovação de poder na eleição de 2026 podem levar a uma das maiores reprecificações da bolsa brasileira. Os riscos existem, mas pode fazer sentido migrar parte da carteira para ações de empresas brasileiras agora.

DESTAQUE NO PORTFÓLIO

BRCR11 conquista novos locatários para edifício em São Paulo e reduz vacância; confira os detalhes da operação

4 de setembro de 2025 - 11:07

As novas locações colocam o empreendimento como um dos destaques do portfólio do fundo imobiliário

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

O que fazer quando o rio não está para peixe, e o que esperar dos mercados hoje

4 de setembro de 2025 - 8:11

Investidores estarão de olho no julgamento da legalidade das tarifas aplicadas por Donald Trump e em dados de emprego nos EUA

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Se setembro der errado, pode até dar certo

3 de setembro de 2025 - 20:00

Agosto acabou rendendo uma grata surpresa aos tomadores de risco. Para este mês, porém, as apostas são de retomada de algum nível de estresse

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A  ação do mês na gangorra do mundo dos negócios, e o que mexe com os mercados hoje

3 de setembro de 2025 - 7:58

Investidores acompanham o segundo dia do julgamento de Bolsonaro no STF, além de desdobramentos da taxação dos EUA

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Hoje é dia de rock, bebê! Em dia cheio de grandes acontecimentos, saiba o que esperar dos mercados

2 de setembro de 2025 - 7:51

Terça-feira terá dados do PIB e início do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, além de olhos voltados para o tarifaço de Trump

Insights Assimétricos

Entre o rali eleitoral e o malabarismo fiscal: o que já está nos preços?

2 de setembro de 2025 - 6:01

Diante de uma âncora fiscal frágil e de gastos em expansão contínua, a percepção de risco segue elevada. Ainda assim, fatores externos combinados ao rali eleitoral e às apostas de mudança de rumo em 2026, oferecem algum suporte de curto prazo aos ativos brasileiros.

EXILE ON WALL STREET

Tony Volpon: Powell Pivot 3.0

1 de setembro de 2025 - 20:00

Federal Reserve encara pressão do presidente dos EUA, Donald Trump, por cortes nos juros, enquanto lida com dominância fiscal sobre a política monetária norte-americana

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Seu cachorrinho tem plano de saúde? A nova empreitada da Petz (PETZ3), os melhores investimentos do mês e a semana dos mercados

1 de setembro de 2025 - 7:36

Entrevistamos a diretora financeira da rede de pet shops para entender a estratégia por trás da entrada no segmento de plano de saúde animal; após recorde do Ibovespa na sexta-feira (29), mercados aguardam julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, que começa na terça (2)

DÉCIMO ANDAR

O importante é aprender a levantar: uma seleção de fundos imobiliários (FIIs) para capturar a retomada do mercado

31 de agosto de 2025 - 8:00

Com a perspectiva de queda de juros à frente, a Empiricus indica cinco FIIs para investir; confira

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Uma ação que pode valorizar com a megaoperação de ontem, e o que deve mover os mercados hoje

29 de agosto de 2025 - 8:06

Fortes emoções voltam a circular no mercado após o presidente Lula autorizar o uso da Lei da Reciprocidade contra os EUA

SEXTOU COM O RUY

Operação Carbono Oculto fortalece distribuidoras — e abre espaço para uma aposta menos óbvia entre as ações

29 de agosto de 2025 - 6:01

Essa empresa negocia atualmente com um desconto de holding superior a 40%, bem acima da média e do que consideramos justo

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A (nova) mordida do Leão na sua aposentadoria, e o que esperar dos mercados hoje

28 de agosto de 2025 - 7:52

Mercado internacional reage ao balanço da Nvidia, divulgado na noite de ontem e que frustrou as expectativas dos investidores

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: O Dinizismo tem posição no mercado financeiro?

27 de agosto de 2025 - 20:00

Na bolsa, assim como em campo, devemos ficar particularmente atentos às posições em que cada ação pode atuar diante das mudanças do mercado

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar