Elon Musk primeiro falou em “mau pressentimento”. Apenas algumas semanas se passaram e a crise se tornou uma realidade. A Tesla anunciou o fechamento de um de seus escritórios na Califórnia, o que resultou na demissão de 200 funcionários.
No início de junho, o bilionário informou que cortaria 10% do quadro de funcionários da empresa, em um e-mail aos colaboradores.
Vale lembrar também que a Tesla congelou vagas e três processos seletivos que ocorreriam em Xangai, na China, neste mês.
Nesse novo corte, a área afetada é a de desenvolvimento do sistema de piloto automático e a maioria das pessoas demitidas eram remuneradas por hora de trabalho.
Esses colaboradores eram responsáveis por avaliar e rotular os dados de veículos sobre o recurso de assistência ao motorista do piloto automático.
Contudo, os funcionários recebem a notícia com surpresa nesta terça-feira (28), segundo a Bloomberg.
Anteriormente, eles haviam sido informados do fechamento do escritório e que seriam transferidos para outro local, além de que os cortes afetariam apenas os cargos assalariados.
Isso porque no mesmo e-mail em que Elon Musk anunciou a redução no quadro de funcionários, ele garantiu que o plano era aumentar o número de empregos remunerados por hora de trabalho.
Elon Musk versus funcionários
É importante destacar que essa não é a primeira polêmica — nem mesmo a primeira do mês — envolvendo o relacionamento de Elon Musk com os funcionários da Tesla.
Recentemente, o empresário enviou um e-mail à equipe com o assunto “O trabalho remoto não é mais aceitável”.
O CEO da montadora de carros elétricos deu um ultimato, exigindo o retorno presencial dos funcionários, caso contrário, pediu que deixassem a empresa.
“Qualquer pessoa que deseje fazer trabalho remoto deve estar no escritório por um mínimo (e reforço, no mínimo) de 40 horas por semana ou sair da Tesla”, disse Musk.
Crise na Tesla
O setor de tecnologia tem sido um dos mais afetados pela alta de juros. A Tesla acumula queda de 34% nas ações na Bolsa de Nova York nos últimos seis meses.
Outro fator que tem contribuído para o “mau tempo” na Tesla é a paralisação das produções nas fábricas de Xangai, em razão da política de “zero covid” do governo chinês — que impôs o isolamento social para conter o avanço e alta dos casos da doença.
No pregão de hoje, as ações da Tesla, cujos BDRs são negociados sob o ticker TSLA34 operam em queda de 1,98% nos Estados Unidos, a US$ 112,93, por volta das 10h30.
*Com informações de Bloomberg, CNBC e Reuters