Dizem os místicos que as semanas que antecedem o aniversário de uma pessoa representam uma espécie de inferno astral. Prestes a completar 51 anos de idade, aparentemente nem mesmo o homem mais rico do mundo está imune a isso. Elon Musk e suas empresas, mais precisamente a Tesla, têm vivido dias complicados desde que o bilionário resolveu fazer uma proposta para comprar o Twitter.
Agora, Elon Musk quer cortar 10% da força de trabalho da fabricante de carros elétricos. Em uma mensagem de e-mail enviada a executivos da Tesla, o CEO da empresa afirmou ter “sentimento super ruim” sobre a economia. Ele não menciona a forte desvalorização das ações da Tesla no decorrer das últimas semanas.
Parem as máquinas: a mensagem de Elon Musk
O e-mail é intitulado “Parem de contratar no mundo inteiro”. Veja a íntegra:
A Tesla reduzirá o número de funcionários em 10%, devido ao excesso de pessoal em várias áreas. Notem que isso não se aplica a ninguém que esteja fabricando carros, baterias ou instalando energia solar. A quantidade de funcionários que trabalham por horas aumentará.
Elon Musk
(tradução livre)
A mensagem foi lida primeiramente pela equipe de reportagem da agência de notícias Reuters. A CNBC também teve acesso ao e-mail.
A Tesla não se pronunciou publicamente sobre o tema.
Em reação à notícia, as ações da Tesla caíam cerca de 4% no pré-mercado em Nova York.
Presencial ou demissão
A informação vem à tona apenas dois dias depois de o homem mais rico do mundo ter dito aos funcionários da Tesla que voltem ao trabalho presencial ou saiam da empresa.
De acordo com as informações mais recentes disponíveis, a Tesla e suas subsidiárias empregavam cerca de 100 mil pessoas no fim de 2021.
Elon Musk, Tesla e 5 mil vagas evaporadas
Antes do e-mail de Elon Musk, a Tesla mantinha cerca de 5 mil vagas de trabalho abertas no LinkedIn. As posição iam de vendedores em Tóquio e engenheiros em sua nova gigafábrica em Berlim a cientistas em Palo Alto.
A mensagem de Elon Musk coincide com comentários alarmantes do CEO do JPMorgan Chase, Jamie Dimon, e do presidente do Goldman Sachs, John Waldron, em meio a temores de recessão.
Segundo Dimon, um "furacão está logo ali adiante, vindo em nossa direção".
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*Com informações da Reuters e da CNBC.