As 5 ações da Genial para investir no governo Lula: quais empresas podem sobreviver à inflação, ao juro alto e ao furo no teto de gastos?
A carteira sofreu duas alterações com relação a setembro, e a corretora reforça que ainda tem duas atualizações para fazer, que levarão em consideração a dinâmica econômica e a escolha dos membros do novo governo

Inflação fora da meta, juro alto, desaceleração da economia e furo do teto de gastos: é com esse combo que Luiz Inácio Lula da Silva vai começar seu terceiro mandato, em janeiro. Em um cenário que não é fácil para governar e muito menos para investir, ainda assim algumas ações podem ir melhor que outras em 2023.
Na avaliação da Genial Investimentos, o novo governo Lula será marcado pelo retorno de políticas implementadas a partir do seu segundo mandato e, em especial, no governo Dilma, com forte participação do Estado na economia — sobretudo no mercado de crédito — e de maiores políticas de transferência de renda.
Diante dessa perspectiva, a corretora acredita que cinco ações vão conseguir ter um desempenho de destaque no próximo ano. São elas: Assaí (ASAI3), Cury (CURY3), Eletrobras (ELET3), Prio (PRIO3) e Bradesco (BBDC4).
As cinco ações no governo Lula
A carteira das cinco ações do governo Lula elaborada pela Genial sofreu duas alterações com relação a setembro, e a corretora reforça que ainda tem duas atualizações para fazer, que levarão em consideração a dinâmica econômica e a escolha dos membros do novo governo.
Sai Yduqs (YDUQ3), entra Assaí (ASAI3)
Embora ainda considere a Yduqs (YDUQ3), como um player “kit Lula” por ser uma das companhias listadas mais bem posicionadas para se beneficiar dos efeitos de programas de financiamento estudantil (Fies) e universidade para todos (ProUni), a Genial observa com cautela o tamanho desses incentivos e como se dará o formato.
Visto o cenário mais desafiador para o curto prazo, apesar de considerar a YDUQ3 um bom player diante do novo governo, a Genial optou por colocar na carteira o Assaí (ASAI3).
Leia Também
Com uma forte expansão à vista (61 lojas Extra + aberturas orgânicas), o Assaí tem a meta de chegar em até 300 unidades ao final de 2023 — que devem gerar um faturamento três vezes superior ao formato de hipermercado Extra e margem operacional de 150 pontos base acima da média da companhia.
MRVE3 não, mas CURY3 sim
Entre o primeiro e segundo turno das eleições presidenciais, as construtoras divulgaram prévias operacionais, e a MRV (MRVE3) surpreendeu o mercado negativamente: a queima de caixa no trimestre totalizou R$ 1,2 bilhão, dos quais R$ 900 milhões apenas na Resia, a subsidiária norte-americana da MRV.
A companhia nunca guardou segredo sobre os custos de construção dos projetos nos EUA; mesmo assim, o mercado não deu atenção prévia aos fatos e foi pego no contrapé.
Com a expectativa de que a queima de caixa da Resia continuará nos próximos 9 meses, a Genial trocou a MRV pela Cury (CURY3), uma das suas ações preferidas dentro do setor de construção civil.
Mesmo atuando dentro do Programa Casa Verde e Amarela (PCVA) e na faixa imediatamente acima, a Cury tem uma das maiores margens e velocidades de vendas do setor, segundo a Genial.
A empresa ainda conta com uma posição de caixa líquido robusta e recorrente geração de caixa — características essenciais para o atual momento macroeconômico, com juros em patamares elevados por um tempo ainda incerto.
As ações que ficaram na carteira
Enquanto Assaí (ASAI3) e Cury (CURY3) entram na carteira da Genial para o governo Lula em 2023, outras três ações garantiram lugar cativo. São elas: Eletrobras (ELET3), Prio (PRIO3) e Bradesco (BBDC4).
- Eletrobras (ELET3): a natureza defensiva do negócio — energia elétrica, com exposição aos segmentos de geração e transmissão — e a recente privatização são vistas pela Genial como pontos positivos. A empresa deve passar por uma “arrumação da casa”, com corte de custos diversos, reprecificação do portfólio de geração, venda de ativos não estratégicos e novos investimentos, entre outras iniciativas.
- Prio (PRIO3): A Prio (ex-PetroRio) atua em um negócio no qual o preço da commodity não é diretamente afetado pelas condições macroeconômicas locais em termos de perspectivas de crescimento, por exemplo. Além disso, como a empresa é exportadora, uma eventual desvalorização do real em relação ao dólar tenderia a beneficiar o negócio, que tem as receitas dolarizadas.
- Bradesco (BBDC4): o Bradesco é o mais bem posicionado para se beneficiar do governo Lula. Além de saber navegar no ambiente de juro alto, o banco tem a maior corretora do país, que também deve surfar bem essa onda contracionista. Além disso, os possíveis estímulos ao consumo e programas de transferência de renda do governo Lula poderiam melhorar o consumo, destravariam a oferta de crédito e aumentariam a capacidade de pagamento das famílias, beneficiando as receitas de juros e a inadimplência.
Banco Pine (PINE4) supera rentabilidade (ROE) do Itaú e entrega lucro recorde no 1T25, mas provisões quadruplicam no trimestre
O banco anunciou um lucro líquido recorde de R$ 73,5 milhões no primeiro trimestre; confira os destaques do resultado
O novo normal durou pouco: Ibovespa se debate com balanços, PIB da zona do euro e dados dos EUA
Investidores também monitoram a primeira fala pública do presidente do Fed depois da trégua na guerra comercial de Trump contra a China
Queda de 90% desde o IPO: o que levou ao fracasso das novatas do e-commerce na B3 — e o que esperar das ações
Ações de varejistas online que abriram capital após brilharem na pandemia, como Westwing, Mobly, Enjoei, Sequoia e Infracommerce, viraram pó desde o IPO; há salvação para elas?
Banco do Brasil (BBAS3) divulga hoje balanço do 1T25; saiba o que esperar, após resultados fortes de Itaú (ITUB4) e Bradesco (BBDC4)
Analistas de mercado projetam um início de ano morno para o BB, com lucro e rentabilidade mais baixos que os já entregues em trimestres anteriores
Ação da Casas Bahia (BHIA3) sobe forte antes de balanço, ajudada por vitória judicial que poderá render mais R$ 600 milhões de volta aos cofres
Vitória judicial ajuda a impulsionar os papéis BHIA3, mas olhos continuam voltados para o balanço do 1T25, que será divulgado hoje, após o fechamento dos mercados
Balanço do Nubank desagradou? O que fazer com as ações após resultado do 1T25
O lucro líquido de US$ 557,2 milhões no 1T25, um salto de 74% na comparação anual, foi ofuscado por uma reação negativa do mercado. Veja o que dizem os analistas
Show de talentos na bolsa: Ibovespa busca novos recordes em dia de agenda fraca
Ibovespa acaba de renovar sua máxima histórica em termos nominais e hoje depende do noticiário corporativo para continuar subindo
Depois de negociar ações de pequenas e médias empresas brasileiras, BEE4 quer estrear na renda fixa no segundo semestre
Conhecida como ‘bolsa das PMEs’, startup busca investidores para levantar capital para empresas que faturam até R$ 500 milhões ao ano
Nubank (ROXO34) atinge lucro líquido de US$ 557,2 milhões no 1T25, enquanto rentabilidade (ROE) vai a 27%; ações caem após resultados
O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) do banco digital do cartão roxo atingiu a marca de 27%; veja os destaques do balanço
Com bolsa em alta, diretor do BTG Pactual vê novos follow-ons e M&As no radar — e até IPOs podem voltar
Para Renato Hermann Cohn, diretor financeiro (CFO) do banco, com a bolsa voltando aos trilhos, o cenário começa a mudar para o mercado de ofertas de ações
Unidos contra Trump? Lula e Xi aproveitam encontro na China para mandar mensagem aos EUA
Sem mencionar o nome do republicano, o presidente chinês, Xi Jinping, também comentou sobre a política tarifária dos EUA
Yduqs no vermelho: Mercado deixa ações de recuperação após balanço fraco. Ainda vale a pena ter YDUQ3 na carteira?
Para os analistas, a Yduqs (YDUQ3) apresentou resultados mistos no 1T25. O que fazer com os papéis agora?
Hapvida (HAPV3) dispara na B3 com balanço mais forte que o esperado, mas perda de beneficiários acende sinal de alerta. Vale a pena comprar as ações?
A companhia entregou resultado acima do esperado e mostrou alívio na judicialização, crescimento da base de clientes ainda patina. Veja o que dizem os analistas
Elo, agora em 3 fatias iguais: Bradesco, Banco do Brasil e Caixa querem voltar a dividir a empresa de pagamentos igualmente
Trio de gigantes ressuscita modelo de 2011 e redefine sociedade na bandeira de cartões Elo de olho nos dividendos; entenda a operação
Um acordo para buscar um acordo: Ibovespa repercute balanço da Petrobras, ata do Copom e inflação nos EUA
Ibovespa não aproveitou ontem a euforia com a trégua na guerra comercial e andou de lado pelo segundo pregão seguido
Felipe Miranda: O elogio do vira-lata (ou sobre small caps brasileiras)
Hoje, anestesiados por um longo ciclo ruim dos mercados brasileiros, cujo início poderia ser marcado em 2010, e por mais uma década perdida, parecemos nos esquecer das virtudes brasileiras
Comprado em Brasil: as ações escolhidas pelo Bank of America para investir no Ibovespa hoje
O banco projeta corte de juros ainda neste ano e uma Selic menor do que o mercado para 2026 — nesse cenário, as ações podem ter um desempenho melhor na bolsa no curto prazo
Braskem (BRKM5) sobe forte na B3 após balanço do 1T25 e “ajudinha” de Trump e Xi Jinping. É hora de comprar as ações da petroquímica?
Além do aumento do apetite a risco nos mercados, os investidores repercutem o balanço da Braskem no primeiro trimestre
Cenário dos sonhos para a bolsa: Dow Jones dispara mais de 1 mil pontos na esteira de acordo entre EUA e China
Por aqui, o Ibovespa teve uma reação morna, mas exportações brasileiras — especialmente de commodities — podem ser beneficiadas com o entendimento; saiba como
Trégua entre EUA e China acende o pavio das petroleiras e impulsiona ações de commodities
Depois de atingirem as menores cotações desde 2021, os contratos futuros do petróleo Brent sobem mais de 3% e levam as petroleiras junto