🔴 [NO AR] TOUROS E URSOS: COMO FLÁVIO BOLSONARO MEXE COM A BOLSA E AS ELEIÇÕES – ASSISTA AGORA

Victor Aguiar

Victor Aguiar

Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.

Papel em alta

Klabin (KLBN11) vai pagar R$ 377 milhões em dividendos após registrar lucro bilionário em 2021; saiba os detalhes

A Klabin (KLBN11) teve um ano forte, ajudada pela alta na celulose e pelo câmbio. E, junto ao lucro, anunciou dividendos complementares

Victor Aguiar
Victor Aguiar
9 de fevereiro de 2022
11:04 - atualizado às 15:58
Homem usando equipamentos de proteção individual com a mão direita numa bobina de papel; imagem simboliza as empresas do setor, como Suzano (SUZB3) e Klabin (KLBN11)
Homem usando equipamentos de proteção individual com a mão direita numa bobina de papel; imagem simboliza as empresas do setor, como Suzano (SUZB3) e Klabin (KLBN11) - Imagem: Shutterstock

A Klabin (KLBN11) não tem o que reclamar de 2021: a demanda por papel e celulose permaneceu aquecida durante boa parte do ano, tanto no Brasil quanto no exterior; além disso, os preços dos produtos também mantiveram-se em patamares bastante saudáveis. Com esse cenário, a empresa conseguiu gerar caixa, inaugurar uma nova planta e fechar o ano com lucros bilionários — e parte desses ganhos será distribuída na forma de dividendos ao acionista.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A gigante do setor de papel e celulose reportou há pouco o seu balanço referente ao quarto trimestre de 2021: o volume de vendas ficou praticamente estável em relação ao mesmo período de 2020, mas a receita líquida aumentou 5%, chegando a R$ 4,58 bilhões. O lucro, no entanto, caiu 21% na mesma base de comparação, a R$ 1,05 bilhão.

Essa desaceleração nos ganhos, no entanto, não ofusca o ano forte da companhia. Quando olhamos para os números consolidados de 2021, a Klabin teve lucro de R$ 3,4 bilhões, revertendo o prejuízo de R$ 2,4 bilhões contabilizado em 2020. Sob a ótica anual, todos os principais indicadores financeiros e operacionais tiveram uma melhora.

E, com a máquina bem azeitada, a empresa aproveitou para dar um presente surpresa aos seus investidores, sob a forma de dividendos complementares de R$ 377 milhões — o que representa R$ 0,34321458965 por unit (KLBN11) e R$ 0,06864291793 por ação (KLBN3 e KLBN4).

Para receber essa remuneração extra, é preciso fazer parte da base acionária da Klabin no fechamento da próxima segunda-feira (14) — o pagamento será realizado ainda neste mês, no dia 25.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Vamos entender como a Klabin conseguiu voltar ao azul e distribuir proventos aos acionistas.

Leia Também

Klabin (KLBN11): bom momento operacional

Antes de tudo, vale entendermos melhor a Klabin: no mercado de celulose, ela é um player relevante nos segmentos de fibra curta, fibra longa e fluff — usada em absorventes e fraldas. No setor de papel, a companhia tem foco em cartões revestidos e embalagens, com destaque para o chamado kraftliner, um dos componentes estruturais do papelão ondulado.

Para cada um desses produtos, a Klabin tem clientes no Brasil e no exterior. E aqui temos um primeiro efeito relevante para a empresa: as vendas fora do país têm ganhado importância — e, com o dólar fortalecido ao longo de 2021, há um impulso óbvio na receita líquida. Veja os gráficos abaixo:

Fonte: Klabin

Em paralelo ao efeito dólar, há também a disparada nos preços da celulose nos mercados internacionais. Em 2021, o valor médio da tonelada da commodity negociada pela Klabin foi de R$ 3.740, um aumento de 47% em relação ao ano anterior — um comportamento que também impulsiona a linha de receita da companhia.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Tendo essa combinação de fatores em mente, fica fácil entender o comportamento das linhas superiores do balanço da Klabin: mesmo com o volume de vendas em 2021 aumentando apenas 6% em relação a 2020, a receita líquida saltou 38%, indo a R$ 16,5 bilhões.

Outro efeito relevante no balanço da Klabin diz respeito aos investimentos no projeto Puma II, planta destinada à produção de papel. Ao longo dos últimos anos, a empresa fez aportes pesados para o desenvolvimento do projeto, cuja expansão completa só deve terminar em 2023.

Dito isso, as atividades em Puma II já estão em fase de crescimento, com a segunda máquina produtora de papel sendo inaugurada no ano passado. Assim, a Klabin está numa fase em que projeto já gera receita, ao mesmo tempo em que demanda menos investimentos — o que traz alívio ao balanço e às métricas de endividamento.

Por fim, vale destacar a dinâmica do endividamento: com demanda forte, preços elevados e dólar favorável, a Klabin gerou R$ 1,7 bilhão em caixa operacional apenas no quarto trimestre de 2021. Como resultado, a alavancagem da companhia, medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda nos últimos 12 meses, caiu para 3 vezes ao fim de dezembro; a métrica estava em 3,2 vezes em setembro.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

KLBN11: acima do nível pré-pandemia

Com o mercado de papel e celulose mais aquecido, as units da Klabin (KLBN11) — os ativos mais líquidos da empresa — tiveram uma recuperação relativamente rápida após março de 2020, mês em que a incerteza relacionada à Covid-19 chegou ao ápice no mercado financeiro.

Nesta quarta (9), por exemplo, KLBN11 subia mais de 1% durante a manhã e operava na faixa dos R$ 25,40, mas encerrou o dia em baixa de 0,56%, a R$ 25,03. É um patamar de preço distante do visto em meados do ano passado, quando os ativos superaram os R$ 30,00, mas representa um avanço em comparação com os níveis pré-pandemia.

A visão do mercado como um todo é amplamente positiva para KLBN11: segundo dados compilados pelo TradeMap, o ativo conta com 13 recomendações de analistas, todas elas de compra. O preço-alvo médio é de R$ 33,46, o que implica num potencial de alta de cerca de 30% em relação à cotação atual. A visão mais otimista, no entanto, coloca os ativos em R$ 40,00 — um ganho implícito da ordem de 57%.

Em termos de valuation, no entanto, as métricas encontram-se estressadas. O indicador EV/Ebitda projetado para o fim de 2022 é de 7,5 vezes, muito próximo à média de 3 anos para KLBN11, de 8 vezes; a situação no múltiplo Preço/Lucro é ainda mais desfavorável: 15 vezes na projeção ao fim do ano, versus uma média de três anos de 1,7 vez.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Vale ressaltar, no entanto, que o período pré-2020 foi bastante negativo para as empresas de papel e celulose: os preços da commodity estavam em baixa, com uma oferta global superior à demanda. Esse cenário, somado aos investimentos pesados em Puma II e perdas no resultado financeiro, fez com que a Klabin registrasse prejuízos com uma certa frequência.

Assim, há uma distorção quando falamos nas média de três anos do valuation da Klabin e de outras companhias do setor, como a Suzano, já que tanto o P/L quanto o EV/Ebitda foram puxados para baixo por causa do mau momento no fim da década passada.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
ESTRATÉGIA DO GESTOR

‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú

16 de dezembro de 2025 - 15:07

Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros

RECUPERAÇÃO RÁPIDA

Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander

16 de dezembro de 2025 - 10:50

Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores

RANKING

Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI

15 de dezembro de 2025 - 19:05

Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno

SMALL CAP QUERIDINHA

Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais

15 de dezembro de 2025 - 19:02

O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50

HAJA MÁSCARA DE OXIGÊNIO

Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa

15 de dezembro de 2025 - 17:23

As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores

HORA DE COMPRAR?

Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema

15 de dezembro de 2025 - 16:05

Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem

TIME LATAM

BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México

15 de dezembro de 2025 - 14:18

O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”

CHUVA DE PROVENTOS CONTINUA

As ações que devem ser as melhores pagadoras de dividendos de 2026, com retornos de até 15%

15 de dezembro de 2025 - 6:05

Bancos, seguradoras e elétricas lideram e uma empresa de shoppings será a grande revelação do próximo ano

LEVANTAMENTO

A torneira dos dividendos vai secar em 2026? Especialistas projetam tendências na bolsa diante de tributação

15 de dezembro de 2025 - 6:05

2025 caminha para ser ano recorde em matéria de proventos; em 2026 setores arroz com feijão ganham destaque

LEI MAGNITSKY

Bancos sobem na bolsa com o fim das sanções contra Alexandre de Moraes — Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque

12 de dezembro de 2025 - 17:14

Quando a sanção foi anunciada, em agosto deste ano, os papéis dos bancos desabaram devido as incertezas em relação à aplicação da punição

GIGANTE NA ÁREA

TRXF11 volta a encher o carrinho de compras e avança nos setores de saúde, educação e varejo; confira como fica o portfólio do FII agora

12 de dezembro de 2025 - 11:31

Com as três novas operações, o TRXF11 soma sete transações só em dezembro. Na véspera, o FII já tinha anunciado a aquisição de três galpões

VERSÃO TUPINIQUIM

BofA seleciona as 7 magníficas do Brasil — e grupo de ações não tem Petrobras (PETR4) nem Vale (VALE3)

11 de dezembro de 2025 - 19:21

O banco norte-americano escolheu empresas brasileiras de forte crescimento, escala, lucratividade e retornos acima da Selic

COM EMOÇÃO

Ibovespa em 2026: BofA estima 180 mil pontos, com a possibilidade de chegar a 210 mil se as eleições ajudarem

11 de dezembro de 2025 - 17:01

Banco norte-americano espera a volta dos investidores locais para a bolsa brasileira, diante da flexibilização dos juros

FIIS HOJE

JHSF (JHSF3) faz venda histórica, Iguatemi (IGTI3) vende shoppings ao XPML11, TRXF11 compra galpões; o que movimenta os FIIs hoje

11 de dezembro de 2025 - 14:31

Nesta quinta-feira (11), cinco fundos imobiliários diferentes agitam o mercado com operações de peso; confira os detalhes de cada uma delas

O TEMPO ESTÁ ACABANDO

Concurso do IBGE 2025 tem 9,5 mil vagas com salários de até R$ 3.379; veja cargos e como se inscrever

10 de dezembro de 2025 - 15:00

Prazo de inscrição termina nesta quinta (11). Processo seletivo do IBGE terá cargos de agente e supervisor, com salários, benefícios e prova presencial

DEVO, NÃO NEGO...

Heineken dá calote em fundo imobiliário, inadimplência pesa na receita, e cotas apanham na bolsa; confira os impactos para o cotista

10 de dezembro de 2025 - 12:01

A gestora do FII afirmou que já realizou diversas tratativas com a locatária para negociar os valores em aberto

ESTRATÉGIA DO GESTOR

Investidor estrangeiro minimiza riscos de manutenção do governo atual e cenários negativos estão mal precificados, diz Luis Stuhlberger 

9 de dezembro de 2025 - 19:12

Na carta mensal do Fundo Verde, gestor afirmou que aumentou exposição às ações locais e está comprado em real

DINHEIRO NO BOLSO

Após imbróglio, RBVA11 devolve agências à Caixa — e cotistas vão sair ganhando nessa

9 de dezembro de 2025 - 14:31

Com o distrato, o fundo reduziu ainda mais sua exposição ao setor financeiro, que agora representa menos de 24% do portfólio total

MERCADOS HOJE

Efeito Flávio derruba a bolsa: Ibovespa perde mais de 2 mil pontos em minutos e dólar beira R$ 5,50 na máxima do dia

9 de dezembro de 2025 - 12:10

Especialistas indicam que esse pode ser o começo da real precificação do cenário eleitoral no mercado local, depois de sucessivos recordes do principal índice da bolsa brasileira

OPERAÇÃO MILIONÁRIA

FII REC Recebíveis (RECR11) mira R$ 60 milhões com venda de sete unidades de edifício em São Paulo

9 de dezembro de 2025 - 11:12

Apesar de não ter informado se a operação vai cair como um dinheiro extra no bolso dos cotistas, o RECR11 voltou a aumentar os dividendos em dezembro

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar