Conforme já vinha sido discutido há algum tempo — e de olho na recuperação do setor turístico neste momento da pandemia —, a CVC Brasil (CVCB3) confirmou nesta terça-feira (14) que irá realizar uma oferta primária de ações. Ou seja: a empresa pretende fortalecer o caixa, mesmo que isso implique numa diluição da base acionária.
Serão emitidos 46,5 milhões de novos papéis CVCB3, com a possibilidade de uma oferta adicional de 25%; a operação pode movimentar até R$ 477 milhões, considerando o fechamento de ontem, a R$ 8,21. A empresa planeja financiar o crescimento de suas operações e pagar parte do saldo devedor em aberto de debêntures de sua emissão.
A oferta é liderada pelo Citigroup e atende a Instrução 476 da CVM, com acesso limitado para investidores profissionais — aqueles cujas aplicações ultrapassam os R$ 10 milhões — e acionistas da CVC. Assim, investidores pessoa física, em sua maioria, não poderão participar da operação.
CVC (CVCB3): ambiente melhor, mas a recuperação ainda é lenta
A CVC (CVCB3) ainda busca se recuperar dos efeitos da pandemia, que afetou duramente o setor de turismo no mundo todo. Ainda que a demanda por viagens tenha aumentado nos últimos meses, com o fim das restrições de circulação e aplicação de vacinas, a empresa continua enfrentando dificuldades.
No primeiro trimestre deste ano, a companhia viu seu prejuízo líquido dobrar em relação ao mesmo período do ano passado, alcançando R$ 166,8 milhões. De acordo com a própria CVC, o resultado se deve a baixa de créditos tributários realizados no período e não deve se repetir nos demais trimestres.
Na bolsa, as ações CVCB3 acumulam perdas de 38% desde o começo de 2022; no período de um ano, a desvalorização já chega a 68%. Logo na abertura da sessão desta terça, os papéis tinham leve alta de 0,97%, a R$ 8,29.