Construtoras da B3 recuam em bloco hoje: por que a alta dos juros futuros prejudica as ações do setor?
No caso da Even, que registra uma das maiores quedas do setor, pesou também uma notícia corporativa: a renúncia de um de seus diretores
![Montagem com prédios e outros imóveis em construção e guindastes | Fundos imobiliários, incorporadoras, construtoras, ações, MRV](https://media.seudinheiro.com/uploads/2022/08/Novo-Projeto-628x353.png)
A semana começou negativa para as ações das principais construtoras e incorporadoras da B3. Pressionado pela alta dos juros futuros, o setor recua em bloco nesta segunda-feira (5) e marca presença entre as maiores quedas do Ibovespa.
Por volta das 12h05, nenhum dos papéis que compõem o índice imobiliário da bolsa brasileira operava em alta. Os piores desempenhos eram registrados por Tenda (TEND3) e Even (EVEN3), com quedas acima dos 7%. Veja abaixo:
Ação | Variação |
Tenda (TEND3) | -7,92% |
Even (EVEN3) | -7,35% |
EZTec (EZTC3) | -6,59% |
Cury (CURY3) | -6,18% |
Cyrela (CYRE3) | -6,02 |
No caso da Even, pesou também uma notícia corporativa: a renúncia de Daniel Matoni aos cargos de diretor financeiro e de relação com os investidores da companhia.
O sucessor, Marcelo Dzik já foi eleito pelo conselho de administração e deve tomar posse em janeiro do próximo ano. Dzik entrou na construtora como estagiário e já passou por diversas áreas; o executivo foi alçado à diretoria em 2019 e atuava como diretor de incorporação desde então.
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Por que os juros futuros atrapalham as construtoras?
O principal vilão para as cotações das ações de construtoras hoje é o avanço dos contratos de Depósito Financeiro (DIs), os juros futuros.
Os indicadores da curva futura brasileira operam em alta em linha com o desempenho do dólar. Além disso, pesa sobre os DIs as expectativas para uma nova decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central; o último encontro do ano ocorre na próxima quarta-feira (7).
Vale destacar que a sensibilidade do segmento à dinâmica dos juros está ligada à alta dependência das construtoras pelo crédito. O crescimento da taxa futura encare os financiamentos, por exemplo, que são um dos pilares do setor imobiliário.
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