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Renan Sousa
Renan Sousa
É repórter do Seu Dinheiro. Formado em jornalismo na Universidade de São Paulo (ECA-USP) e já passou pela Editora Globo e SpaceMoney.
Criptomoedas hoje

Bitcoin (BTC) hoje: Ata agressiva do Fed faz maior criptomoeda do mundo cair mais de 8% e encostar nos US$ 42 mil, menor patamar em três meses

Bitcoin (BTC) vê dois dos três maiores medos do ano se concretizarem — mas o próximo pode não acontecer; entenda

Renan Sousa
Renan Sousa
6 de janeiro de 2022
9:21 - atualizado às 18:13
Bitcoin (BTC) sente dois dos três maiores medos do ano se concretizarem
Confira como anda o mercado de criptomoedas e o preço do bitcoin (BTC) hoje. Imagem: Shutterstock

O tom mais agressivo (hawkish, no jargão do mercado) da ata da última reunião do Federal Reserve, o banco central americano, levantou um sinal amarelo para os investidores de ativos de risco: a festa do dinheiro barato dos últimos anos está perto de acabar. Esse anúncio fez as bolsas despencarem e o bitcoin (BTC) aprofundar a queda do início do ano. 

Por volta das 9h desta quinta-feira (06), a maior criptomoeda do mundo recuava 8,41%, atingindo o patamar de US$ 42.801,47, renovando as mínimas em 2022. O nível de US$ 42 mil não era visto desde setembro do ano passado. 

Com isso, as demais criptomoedas do mundo também amargaram perdas significativas próximas do final de semana:

#CriptomoedaPreço24h %7d %
1Bitcoin (BTC)US$ 42.801,47-8,41%-8,72%
2Ethereum (ETH)US$ 3.354,99-12,33%-9,12%
3Tether (USDT)US$ 1,000,00%0,00%
4Binance Coin (BNB)US$ 462,98-9,98%-10,97%
5Solana (SOL)US$ 147,87-12,98%-14,16%
6USD Coin (USDC)US$ 0,99990,00%0,03%
7Cardano (ADA)US$ 1,21-9,78%-9,27%
8XRP (XRP)US$ 0,7512-9,64%-9,55%
9Terra (LUNA)US$ 76,04-12,17%-10,51%
10Polkadot (DOT)US$ 26,00-13,70%-4,48%
Fonte: Coin Market Cap

Bitcoin: no pior cenário possível (até agora)

Os analistas consultados pelo Seu Dinheiro para nossa série de reportagens de Onde Investir em 2022 destacaram três fatores chave para o preço das criptomoedas neste ano:

  • A decisão de tapering do BC americano;
  • A alta de juros nos Estados Unidos;
  • O avanço regulatório dos EUA sobre as criptomoedas.

Voltando alguns passos, o Fed injetou dinheiro na economia dos EUA para diminuir os danos da pandemia de covid-19, que paralisou as atividades em todo o mundo. Com cada vez mais pessoas imunizadas e uma retomada encaminhada, o BC americano pretende cortar esses estímulos, que já causam a maior inflação em mais de 30 anos por lá. 

Entretanto, foi essa injeção de dólares que auxiliou ativos de risco, como ações e criptomoedas, em 2021. Enquanto as bolsas de Nova York bateram recordes no ano passado, o bitcoin (BTC) também atingiu a máxima histórica, aos US$ 68.680. 

Leia Também

Menor risco

Somado ao fim do montante de dinheiro em circulação, a alta nos juros tende a favorecer ativos de menor risco, como os títulos do Tesouro norte-americano, os chamados Treasuries.

A incerteza gerada pela pandemia de coronavírus faz os investidores migrarem para investimentos mais seguros — e se eles derem um retorno significativo, melhor ainda. 

Como já foi dito, criptomoedas e ações são ativos de alto risco, e é preciso cautela antes de investir em qualquer um dos dois. 

Na mira do regulador

Por fim, o último “cavaleiro do apocalipse cripto” ainda não deu as caras em 2022. Os debates envolvendo leis que buscam regularizar o mercado de criptomoedas ainda não voltaram ao Congresso americano, que discute pautas como o teto de gastos dos EUA e o avanço da pandemia de covid-19. 

Contudo, os temores de que o órgão regulador dos EUA fosse mais rígido com as criptomoedas foram atenuados na última reunião entre congressistas e executivos de corretoras de criptomoedas (exchanges).

Veja também - O Ethereum pode superar o bitcoin a partir de 2022?

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