Segredos da bolsa: Ata do Fed domina semana em que temporada de balanços perde força
Agenda de indicadores vazia no cenário local deixa B3 a reboque dos mercados internacionais e da CPI da pandemia

A ata da mais recente reunião do comitê de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) é o principal item do calendário de eventos internacionais de uma semana na qual a agenda de balanços de componentes do Ibovespa perde força e a CPI da pandemia promete pegar fogo.
Ao longo da semana passada, os mercados financeiros viveram dias turbulentos diante da incerteza dos investidores com relação a quando a autoridade norte-americana se verá forçada a recolher a abundante liquidez que vem mantendo as principais bolsas de valores do mundo em alta apesar da pandemia.
O motivo do vai e vem nos mercados internacionais na semana passada foi a aceleração acima das expectativas da inflação ao consumidor norte-americano. Apesar dessa turbulência, o Ibovespa recuperou-se e por pouco não encerrou a semana no azul. O principal índice de ações da B3 recuou apenas 0,13% na semana passada, voltando a 121.880 pontos e permanecendo a um pulo de seu pico histórico. Já o dólar avançou 0,81% no período, retornando à faixa dos R$ 5,27.
LIVE SEU DINHEIRO
Hoje às 9h30, temos um encontro marcado com Victor Aguiar para comentar os destaques da semana. Confira!
O Fed e sua ata
Os investidores esperam encontrar na ata algum indício de quando o Fed poderá abandonar sua política de juro básico próximo de zero ou reduzir o tamanho de seu programa de compra de ativos. Desde o ano passado, porém, a autoridade monetária dos Estados Unidos tem sinalizado a intenção de ser mais tolerante com a inflação.
Analistas estão de olho em qualquer sinal de superaquecimento na economia norte-americana. E as melhores pistas estarão na ata ou no discurso do presidente do Fed de Dallas, Robert Kaplan, previsto para a terça-feira.
Leia Também
Ah, a liquidez!
Não é difícil entender o motivo da preocupação dos investidores. Não fosse a colossal liquidez injetada pelos bancos centrais logo aos primeiros impacto da pandemia, com o Fed à frente de seus pares, o rali observado desde então nos mercados financeiros não teria ocorrido.
Os investidores também monitoram o rali de commodities que vem puxando o Ibovespa em meio a temores de que se trate de um indicativo de pressão inflacionária em vista do início do processo de recuperação em algumas das economias mais desenvolvidas.
O fato é que os mercados financeiros em quase todo o mundo estão se sustentando na liquidez em um momento no qual a economia global não apenas patina, mas esboça uma recuperação desigual e repleta de incertezas.
Portanto, qualquer sinalização de quando o Fed possa vir a começar a fechar a torneira da liquidez será vista como um alarme de que o rali estará com os dias contados.
CPI da pandemia domina semana local
Enquanto isso, a semana começa pendendo para o vermelho nos mercados financeiros internacionais, que operam sem uma direção clara com o aumento de casos de covid-19 em Taiwan e indicadores da economia chinesa que vieram robustos, mas em desaceleração.
No cenário local, diante de uma agenda fraca de indicadores, a grande preocupação dos investidores estará nas audiências da CPI da pandemia previstas para a semana que se inicia.
O ex-chanceler Ernesto Araújo e o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello deporão na terça e na quarta-feira, respectivamente, com grande potencial de estragos para o governo.
Entre os balanços, a semana limita-se aos resultados trimestrais da Alpagartas, da CPFL, da Equatorial, do Fleury, da Gafisa e das Lojas Marisa, todos previstos para esta segunda-feira.
Confira a seguir os principais eventos e indicadores da semana
- Segunda-feira
A semana começa com a repercussão dos dados sobre a produção industrial, as vendas no varejo e a taxa de desemprego na China. Na agenda local, os investidores poderão reagir aos números do IGP-10 de maio, além das rotineiras divulgações dos números da pesquisa Focus e dos dados semanais da balança comercial brasileira.
- Terça-feira
As prévias do PIB e do cenário de emprego e os dados da balança comercial de março na zona do euro podem mexer com a abertura. Depois, comentários do presidente do Fed de Dallas, Robert Kaplan, em evento por volta do meio-dia têm o potencial de influenciar o humor dos investidores. Mas o que deve pegar mesmo é o depoimento de Ernesto Araújo ao Senado. Ele deve ser bastante questionado sobre os prejuízos da hostilidade brasileira contra a China, especialmente no que tange à pandemia.
- Quarta-feira
A ata da última reunião do conselho de política monetária do Fed é o principal evento do dia, mas a divulgação ocorrerá somente às 15h, o que pode manter os negócios de lado. Mais cedo serão conhecidas a segunda prévia mensal do IGP-M e a inflação ao consumidor da zona do euro em abril. Ao longo do dia, descobriremos se o general Pazuello responderá aos questionamentos dos senadores ou se fará uso do habeas corpus para não se autoincriminar perante a CPI.
- Quinta-feira
Além dos dados semanais sobre pedidos de seguro-desemprego nos EUA, a quinta-feira trará a sondagem mensal sobre o setor industrial brasileiro feita pela CNI.
- Sexta-feira
A semana de indicadores termina os índices de gerentes de compra (PMIs) composto, industrial e do setor de serviços da Alemanha, dos Estados Unidos e da zona do euro.
TRXF11 abocanha galpão locado pelo Mercado Livre (MELI34) — e quem vai ver o dinheiro cair na conta são os cotistas de um outro FII
Apesar da transação, a estimativa de distribuição de dividendos do TRXF11 até o fim do ano permanece no mesmo patamar
Ação da Cosan (CSAN3) ainda não conseguiu conquistar os tubarões da Faria Lima. O que impede os gestores de apostarem na holding de Rubens Ometto?
Levantamento da Empiricus Research revela que boa parte do mercado ainda permanece cautelosa em relação ao futuro da Cosan; entenda a visão
LinkedIn em polvorosa com Itaú, e o que esperar dos mercados nesta sexta-feira (12)
Após STF decidir condenar Bolsonaro, aumentam os temores de que Donald Trump volte a aplicar sanções contra o país
Ibovespa para uns, Tesouro IPCA+ para outros: por que a Previ vendeu R$ 7 bilhões em ações em ano de rali na bolsa
Fundo de pensão do BB trocou ações de empresas por títulos públicos em nova estratégia para reforço de caixa
TRBL11 recebe R$ 6 milhões em acordo por imóvel que é alvo de impasse com os Correios — agora o FII está de olho na disputa judicial contra a estatal
Segundo o gestor da Rio Bravo, o acordo “é apenas o começo” e, agora, o fundo imobiliário busca cobrar os Correios e voltar a ocupar o galpão com um novo inquilino
Banco do Brasil (BBAS3) supera a Vale (VALE3) em um quesito na bolsa; saiba qual
Os dados são de um levantamento mensal do DataWise+, parceria entre a B3 e a Neoway
Fundo imobiliário MFII11 mira novo projeto residencial na zona leste de São Paulo; veja os detalhes
O FII vem chamando atenção por sua estratégia focada em empreendimentos residenciais ligados ao Minha Casa, Minha Vida (MCMV)
Ibovespa renova máxima histórica e dólar vai ao menor nível desde julho de 2024 após dados de inflação nos EUA; Wall Street também festeja
Números de inflação e de emprego divulgados nesta quinta-feira (11) nos EUA consolidam a visão do mercado de que o Fed iniciará o ciclo de afrouxamento monetário na reunião da próxima semana; por aqui, há chances de queda da Selic
Fundo imobiliário do BTG quer vender cinco imóveis por mais de R$ 830 milhões — e já tem destino certo para o dinheiro
Criado especialmente para adquirir galpões da Log Commercial Properties (LOGG3), o BTLC11 comprou os ativos em 2023, e agora deseja gerar valor aos cotistas
GGRC11 ou Tellus: quem levou a melhor na disputa pelo galpão da Renault do FII VTLT11, que agora se despede da bolsa
Com a venda do único imóvel do portfólio, o fundo imobiliário será liquidado, mas cotistas vão manter a exposição ao mercado imobiliário
Fundo imobiliário (FII) aposta em projetos residenciais de alto padrão em São Paulo; veja os detalhes
Com as transações, o fundo imobiliário passa a ter, aproximadamente, 63% do capital comprometido em cinco empreendimentos na capital paulista
Fundo imobiliário Iridium Recebíveis (IRIM11) reduz dividendo ao menor nível em um ano; cotas caem
A queda no pagamento de proventos vem em meio a negociações para a fusão do FII ao Iridium Fundo de Investimento Imobiliário (IRIM11)
Ibovespa sobe 0,52% após renovar máxima intradia com IPCA e PPI no radar; dólar cai a R$ 5,4069
Deflação aqui e lá fora em agosto alimentaram a expectativa de juros menores ainda neste ano; confira os dados e o que mais mexeu com a bolsa e o câmbio nesta quarta-feira (10)
Ouro supera US$ 3.700 pela primeira vez e segue como o refúgio preferido em 2025
Ataque de Israel ao Catar e revisão dos dados de emprego nos EUA aumentaram a busca por proteção e levaram o metal precioso a renovar recorde histórico
Disputa judicial entre Rede D’Or e FIIs do BTG Pactual caminha para desfecho após mais de uma década
Além da renegociação das dívidas da empresa do setor de saúde, os acordos ainda propõem renovações de contratos — mas há algumas condições
Comprado em bolsa brasileira e vendido em dólar: a estratégia do fundo Verde também tem criptomoedas e ouro
Na carta de agosto, o fundo criado por Luis Stuhlberger chama atenção para o ciclo eleitoral no Brasil e para o corte de juros nos EUA — e conta como se posicionou diante desse cenário
Commodities e chance de juro menor dão suporte, mas julgamento de Bolsonaro limita ganhos e Ibovespa cai
O principal índice da bolsa brasileira chegou a renovar máximas intradia, mas perdeu força no início da tarde; dólar à vista subiu e ouro renovou recorde na esteira do ataque de Israel ao Catar
Fundo imobiliário GARE11 anuncia compra de dois imóveis por R$ 32,3 milhões; confira os detalhes da operação
O anúncio da compra dos imóveis vem na esteira da venda de outros dez ativos, reforçando a estratégia do fundo imobiliário
FII vs. FI-Infra: qual o melhor fundo para uma estratégia de renda com dividendos e isenção de imposto?
Apesar da popularidade dos FIIs, os fundos de infraestrutura oferecem incentivos fiscais extras e prometem disputar espaço nas carteiras de quem busca renda mensal isenta de IR
Rubens Ometto e Luiza Trajano bem na fita: Ações da Cosan (CSAN3), do Magalu (MGLU3) e da Raízen (RAIZ4) lideram altas da semana no Ibovespa
Se as ações da Cosan, do Magazine Luiz e da Raizen brilharam no Ibovespa, o mesmo não se pode dizer dos papéis da Brava, da Marfrig e da Azzas 2154