De olho no peixe: JBS (JBSS3) entra no mercado de salmão com compra de empresa australiana
Depois de ter confirmado em abril a estreia no mercado plant-based via aquisição da holandesa Vivera, a companhia entra agora no segmento da agricultura

A JBS , um dos maiores frigoríficos do mundo, segue dando passos para ampliar seu portfólio. Após especulações envolvendo a operação, a empresa anunciou nesta sexta-feira, 06, a compra de 100% da australiana Huon, segunda maior empresa criadora e processadora de salmão da Austrália.
Depois de ter confirmado em abril deste ano a estreia no mercado plant-based (à base de plantas) via aquisição da holandesa Vivera, terceira maior produtora de alimentos vegetais na Europa, a companhia entra agora no segmento da agricultura.
A operação totaliza 425 milhões de dólares australianos, ou cerca de US$ 314 milhões, e já conta com o apoio de acionistas majoritários da Huon, devendo ser concluída até o final deste ano, depois da aprovação de autoridades australianas, informou a empresa em comunicado.
"Trata-se de uma aquisição estratégica, que marca a entrada da JBS no negócio de aquicultura. Vamos repetir o que fizemos anteriormente com frango, suínos e produtos de valor agregado - para deixar nosso portfólio ainda mais abrangente"
Gilberto Tomazoni, CEO Global da JBS.
O Victor Aguiar traz uma análise completa das 5 ações para você turbinar sua carteira; confira:
Compromisso ambiental
A nova aquisição converge com o compromisso da JBS de zerar o balanço de emissões de gases de efeito estufa até 2040 (NetZero 2040). "A Huon possui 33 anos de experiência com uma produção sustentável, de alta tecnologia, num setor com ótimas perspectivas de crescimento no mundo todo. A aquicultura será uma nova plataforma de crescimento dos nossos negócios", diz Tomazoni.
Leia Também
Governo federal lança segundo leilão para recuperar áreas degradadas e espera atrair até R$ 10 bilhões
Sobre a Huon
A Huon acumulou prejuízos em 2020, efeito principalmente da pandemia de covid-19. Segundo a empresa, a queda na demanda global por salmão impactou os preços internacionais, que caíram 28% no segundo semestre de 2020, na comparação com a primeira metade do ano passado.
A empresa havia investido em aumento da produção, visando principalmente o mercado internacional, que respondeu por 51% das vendas no ano passado.
A combinação de maior investimento com demanda e preços em baixa resultou em perdas financeiras, com um prejuízo de 86,76 dólares australianos por ação somente no segundo semestre de 2020.
Visão do analista
De acordo com o analista Luis Sales, da Guide Investments, considerando o tamanho da empresa adquirida pela JBS, a transação é bem significativa.
"Acreditamos que ela deva gerar sinergia para o conglomerado brasileiro, por meio de diversificação geográfica e de produtos, através da expansão de portfólio, com a entrada no negócio de aquicultura", disse o analista.
Azul (AZUL4) capta R$ 1,66 bilhão em oferta de ações e avança na reestruturação financeira
Oferta da aérea visa também a melhorar a estrutura de capital, aumentar a liquidez das ações e equitizar dívidas, além de incluir bônus de subscrição aos acionistas
Tudo tem um preço: Ibovespa tenta manter o bom momento, mas resposta da China aos EUA pode atrapalhar
China nega que esteja negociando tarifas com os Estados Unidos e mercados internacionais patinam
Ação da Neoenergia (NEOE3) sobe 5,5% após acordo com fundo canadense e chega ao maior valor em cinco anos. Comprar ou vender agora?
Bancos que avaliaram o negócio não tem uma posição unânime sobre o efeito da venda no caixa da empresa, mas são unânimes sobre a recomendação para o papel
Família da Tok&Stok envia carta à Mobly (MBLY3) negando conluio em OPA, mas empresa aponta compromisso ‘inusitado e sem precedentes’
A família Dubrule quer retomar o controle da Tok&Stok e a Mobly alega negociação às escondidas com outros acionistas para se garantir a compra de ações na Oferta Pública de Aquisição
A decisão de Elon Musk que faz os investidores ignorarem o balanço ruim da Tesla (TSLA34)
Ações da Tesla (TSLA34) sobem depois de Elon Musk anunciar que vai diminuir o tempo dedicado ao trabalho no governo Trump. Entenda por que isso acontece.
JBS (JBSS3) aprova assembleia para votar dupla listagem na bolsa de Nova York e prevê negociações em junho; confira os próximos passos
A listagem na bolsa de valores de Nova York daria à JBS acesso a uma base mais ampla de investidores. O processo ocorre há alguns anos, mas ainda restam algumas etapas pela frente
Agora 2025 começou: Ibovespa se prepara para seguir nos embalos da festa do estica e puxa de Trump — enquanto ele não muda de ideia
Bolsas internacionais amanheceram em alta nesta quarta-feira diante dos recuos de Trump em relação à guerra comercial e ao destino de Powell
Mobly (MBLY3) acusa família Dubrule de ‘crime contra o mercado’ e quer encerrar OPA
Desde março deste ano, a família Dubrule vem tentando retomar o controle da Tok&Stok através de uma Oferta Pública de Aquisição (OPA)
JBS (JBSS3): Vêm mais dividendos bilionários por aí? Bancão diz que é hora de colocar os papéis na carteira
Apesar de ser a companhia com um dos maiores retornos, ainda há obstáculos no caminho da JBS
Guerra comercial EUA e China: BTG aponta agro brasileiro como potencial vencedor da disputa e tem uma ação preferida; saiba qual é
A troca de socos entre China e EUA força o país asiático, um dos principais importadores agrícolas, a correr atrás de um fornecedor alternativo, e o Brasil é o substituto mais capacitado
CDBs do Banco Master que pagam até 140% do CDI valem o investimento no curto prazo? Títulos seguem “baratos” no mercado secundário
Investidores seguem tentando desovar seus papéis nas plataformas de corretoras como XP e BTG, mas analistas não veem com bons olhos o risco que os títulos representam
Minerva (BEEF3) chega a cair 6% após Goldman Sachs rebaixar ações e indicar outras duas para colocar no lugar
O banco explica que o aumento de capital da companhia não é o bastante para aliviar o balanço, que sofre com alavancagem elevada
A lanterna dos afogados: as 25 ações para comprar depois do caos, segundo o Itaú BBA
Da construção civil ao agro, analistas revelam onde ainda há valor escondido
Senta que lá vem mais tarifa: China retalia (de novo) e mercados reagem, em meio ao fogo cruzado
Por aqui, os investidores devem ficar com um olho no peixe e outro no gato, acompanhando os dados do IPCA e do IBC-Br, considerado a prévia do PIB nacional
Diretores de empresas listadas têm salários médios de R$ 5,6 milhões anuais no Brasil; JBS (JBSS3) vai além, com R$ 32,8 mi, e Brisanet (BRIT3) fica aquém, com R$ 500 mil
Relatório da XP analisou a remuneração média de diretores estatutários de 152 empresas de capital aberto, entre os anos de 2021 a 2024. Veja os destaques
BRB vai ganhar ou perder com a compra do Master? Depois de S&P e Fitch, Moody’s coloca rating do banco estatal em revisão e questiona a operação
A indefinição da transação entre os bancos faz as agências de classificação de risco colocarem as notas de crédito do BRB em observação até ter mais clareza sobre as mudanças que podem impactar o modelo de negócios
CDBs do Banco Master pagam até 160% do CDI no mercado secundário após investidores desovarem papéis com desconto
Negócio do Master com BRB jogou luz nos problemas de liquidez do banco, o que levou os investidores a optarem por resgate antecipado, com descontos de até 20%; taxas no secundário tiram atratividade dos novos títulos emitidos pelo banco, a taxas mais baixas
As únicas ações que se salvaram do banho de sangue no Ibovespa hoje — e o que está por trás disso
O que está por trás das únicas altas no Ibovespa hoje? Carrefour sobe mais de 10%, na liderança do índice
Estudo aponta que agricultura regenerativa no Cerrado pode gerar U$ 100 bilhões e impulsionar PIB brasileiro
Levantamento do BCG identifica 32,3 milhões de hectares no segundo maior bioma do Brasil com potencial para práticas regenerativas até 2050, mas há desafios para a construção desse caminho
A compra do Banco Master pelo BRB é um bom negócio? Depois da Moody’s, S&P questiona a operação
De acordo com a S&P, pairam dúvidas sobre os aspectos da transação e a estrutura de capital do novo conglomerado, o que torna incerto o impacto que a compra terá para o banco público