Vacina traz otimismo e aéreas veem retomada do setor
Cenário ainda está distante de um céu de brigadeiro, mas mostra um momento muito menos dramático para as empresas

Apesar do crescimento do número de casos de covid-19 no Brasil, as companhias aéreas continuam observando uma retomada consistente dos seus negócios nos voos domésticos.
O cenário ainda está distante de um céu de brigadeiro, mas mostra um momento muito menos dramático para as empresas. Como pano de fundo, os anúncios recentes sobre a vacinação no País trouxeram ao mercado a percepção otimista de que a volta do setor não deve ser um voo de galinha.
Em divulgação preliminar dos números de dezembro, a Gol, por exemplo, apontou um aumento de sua oferta para uma média de 476 voos por dia, crescimento de 29% em relação à média de 369 voos diários de novembro. Na alta temporada, entre 18 de dezembro e o próximo dia 31 de janeiro, a empresa espera uma média de 558 voos diários.
Um dado otimista foi o da geração de caixa pelo segundo mês consecutivo, de R$ 6 milhões por dia em dezembro. A empresa esperava queimar R$ 3 milhões ao dia.
Já a Azul divulgou ter fechado dezembro com aumento de 18,1% na demanda em comparação com novembro, além de avanço de 22,5% na oferta. A ocupação dos voos no mês foi de 80%. A aposta, conforme dados divulgados no mês passado, é a de fechar o primeiro trimestre deste ano com 100% da oferta do mesmo período de 2019.
Sinalização
Um analista que acompanha de perto o setor, que falou sob a condição de anonimato, destacou que os dados da Gol trouxeram uma sinalização importante de continuidade na demanda e estabilidade de caixa.
"Em julho, o cenário que a gente tinha tanto para Gol quanto para Azul era de queda de 70% na demanda e notícias de que as empresas tinham risco de quebrar. Com as recentes capitalizações nas duas empresas associadas à retomada da demanda, a situação financeira delas ficou muito melhor", disse.
O motor de sustentação para o setor é de fato a demanda, que levou o País a figurar como um dos mais bem posicionados na retomada doméstica no mundo. Dados da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês) apontam que a demanda de passageiros nos mercados domésticos globais caiu 41% em novembro na comparação com igual mês de 2019, enquanto a ocupação estava em 66,6%. No Brasil, o cenário era de queda de 34,5% na demanda e ocupação em 84,5%.
As notícias nesta semana sobre a vacinação no Brasil fortalecem a percepção de que a volta dos brasileiros para as viagens aéreas não será algo temporário, acreditam as companhias.
Leia Também
Restrições
A maior barreira hoje para os viajantes são as medidas de restrição nas cidades por causa da pandemia, diz Guilherme Amaral, sócio responsável pela área de Direito Aeronáutico do ASBZ Advogados. "O que assusta o passageiro não é o medo de voar. As empresas e os aeroportos conseguiram passar protocolos. O receio é saber o que a pessoa vai conseguir fazer em outro Estado ou cidade".
Ainda assim, a pandemia não afastou o passageiro brasileiro das festividades de final de ano. Dados preliminares divulgados pela Smiles mostraram que os resgates de milhas em outubro e novembro chegaram a 90% e a 81%, respectivamente, dos registrados um ano antes.
A dúvida de analistas é se essa força vai continuar no Carnaval, uma vez que as pessoas tendem a estar com menos milhas para usar e, ainda, têm acumulado poucas delas com as menores compras nos cartões. Em paralelo, há movimentos para cancelar ou postergar as festividades em cidades como Salvador e Rio de Janeiro, o que pode reduzir a procura.
Corrida ao interior
As sinalizações positivas para a demanda têm levado a uma corrida à aviação regional. A Azul lidera o movimento e, em agosto, lançou a Azul Conecta, braço de aviação regional fruto da aquisição da TwoFlex, que era parceira da Gol no segmento.
* As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Latam, Gol e Azul vão aumentar o preço das passagens — chegar no aeroporto também vai ficar mais caro; saiba o porquê
“Essa matemática é bastante impactante para o setor aéreo, em especial para as empresas brasileiras, que têm diversos custos em dólar e um dos combustíveis mais caros do mundo”, destaca a Azul
Depois da Azul, Latam cancela voos por casos de covid e gripe entre tripulantes
Diante dos problemas, Anac oferece suporte a passageiros afetados e monitora os casos entre profissionais da aviação
Ação da Azul (AZUL4) pode disparar 57% a partir de 2022; descubra se vale a pena investir
Gol (GOLL4) e Azul (AZUL4) disparam mais de 10% com alívio do noticiário sobre a covid-19; confira destaques
A demanda doméstica impulsiona o setor em novembro, com o desempenho das empresas melhor do que o esperado
Jogou a toalha? Azul (AZUL4) critica plano de recuperação da LATAM e dá a entender que não vai aumentar a proposta
A LATAM pretende injetar mais de US$ 8 bi com as medidas de seu plano de recuperação judicial, cifra superior à proposta pela Azul (AZUL4)
Presidente da Latam, Roberto Alvo diz que recusou oferta ‘incompleta’ e ‘insuficiente’ da Azul
O conteúdo dela é confidencial”, afirmou, em entrevista coletiva. Procurada, a Azul não quis comentar
Covid-19 pressiona aéreas, turismo, Ibovespa e bitcoin, mas inflação avança no mundo: entenda a última semana com estes gráficos
As companhias aéreas sofreram perdas significativas na bolsa esta semana e nem o bitcoin (BTC) conseguiu se salvar
Nova variante da covid derruba “ações da reabertura”. Gol (GOLL4) e Azul (AZUL4) derretem quase 13% e shoppings também caem forte
As empresas beneficiadas pela retomada das atividades presenciais sentem o baque da descoberta de uma nova cepa do coronavírus na África do Sul
Mesmo com prejuízo maior, balanço da Azul (AZUL4) anima os investidores, e ações avançam quase 10% hoje
Os analistas do Itaú mantêm a recomendação neutra para os papéis AZUL4, mesmo com o preço-alvo em R$ 41, o que representa uma alta de 40,60% ante o fechamento de ontem
Apertem os cintos: Bank of America rebaixa Gol (GOLL4) e Azul (AZUL4) para venda
Para o Bank of America, o valuation de Gol (GOLL4) e Azul (AZUL4) mostra pouco espaço para alta; além disso, os passivos geram preocupação
Gol (GOLL4), Azul (AZUL4), Embraer (EMBR3) e CVC (CVCB3) sobem forte após Espanha reabrir para brasileiros
Ações de aéreas, fabricante de aviões e empresa de turismo também se beneficiaram da aprovação integral da vacina da Pfizer pela FDA
Viagem compartilhada: Azul (AZUL4) e Emirates anunciam codeshare – Entenda o acordo
O tratado, já em vigor, valerá para todos os clientes que quiserem voar a partir do dia 25 de agosto
Análise: a Azul (AZUL4) demorou mais a decolar, mas já voa mais alto que a Gol (GOLL4)
A AZUL (AZUL4) mostra mais resiliência no lado da receita líquida e do controle de custos, colocando-se numa posição melhor que a GOL (GOLL4)
Azul (AZUL4) fecha o trimestre com lucro de R$ 1 bi, mas operações continuam no vermelho
Ganhos com a variação cambial turbinaram o balanço da Azul (AZUL4); embora a demanda esteja se recuperando, os custos seguem trazendo pressão
De olho nas cidades, Azul fecha parceria com startup alemã para ter carro voador
Acordo prevê a aquisição de 220 aeronaves fabricados pela Lilium, com um valor que pode chegar a US$ 1 bilhão e operação a partir de 2025
Azul recebe homologação para operar no Aeroporto Santos Dumont
A partir de agora passageiros correm menos riscos de ter o voo desviado para o Galeão em caso de condições meteorológicas adversas para pouso
Proposta de compra da Latam Brasil pela Azul pode sair em 90 dias, afirma banco
Analistas do Bradesco BBI acreditam que os credores da Latam, que está em recuperação judicial nos Estados Unidos, podem optar pela venda
Latam diz que não quer vender operação brasileira à Azul
Segundo o presidente da aérea no Brasil, Jerome Cadier, não faria sentido econômico para o grupo separar e vender a unidade brasileira
Com base nos números, mercado acredita que Azul pode sair às compras
Companhia aérea se posiciona oficialmente como compradora, e analistas enxergam espaço para acordo inclusive com a Latam
Procon-SP cobra explicações de Gol, Azul, Latam e mais 7 aéreas sobre cancelamentos, remarcações e reembolsos na pandemia
As empresas têm até o dia 10 de maio para responderem questionamentos sobre sua política de comercialização de passagens no período