Referência em gestão de patrimônio para os mais abastados, o Banco Safra reforçou sua posição com a aquisição as operações de asset e private banking do grupo francês Crédit Agricole.
A operação foi confirmada pelo banco no domingo (25) após ser noticiada em diversas publicações, mas foi fechada na sexta-feira (23). O montante não foi divulgado pelo banco, uma das maiores instituições de cunho privado do Brasil, com carteira de crédito de cerca de R$ 130 bilhões e recursos de terceiros sob gestão que totalizam cerca de R$ 310 bilhões.
"Estamos num momento muito positivo. Para o Safra, essa aquisição mostra a nossa vocação para o segmento, nossa disposição de sempre buscar novos negócios com vistas à expansão de nossas operações", disse, em nota, o presidente do Banco Safra, Silvio de Carvalho.
A aquisição ocorre num momento em que o Safra está buscando se abrir para além de clientes com tickets menores, concorrendo com outras plataformas de investimento, já tendo entrado no mercado de investimentos captados por meio de agentes autônomos.
Tem ainda a SafraPay, credenciadora do banco, que além de oferecer maquininhas de cartão para pequenas e médias empresas, disponibiliza serviços como linhas de crédito para esses clientes.
Isso tudo sem perder de vista seus negócios mais tradicionais, como demonstra a aquisição do braço de gestão de patrimônio do banco francês, chamado Indosuez Wealth Management, que estava à venda desde setembro do ano passado.
Apesar da venda, o Crédit Agricole permanece atuando no país por meio de seu Banco Credit Agricole Brasil (BCAB), atendendo a grandes empresas brasileiras, multinacionais da rede Crédit Agricole CIB e instituições financeiras locais.
Com a compra, o Safra acrescentou uma carteira de cerca de R$ 5 bilhões ao total de R$ 105,3 bilhões que detém, tornando-se o sétimo maior gestor de fundos do país, com base nos dados da Anbima.