JPMorgan compra 40% do C6 Bank e parte para a briga com Nubank e Inter
Com a chegada do JPMorgan, o C6 Bank ganha poder de fogo na briga dos bancos digitais, fazendo frente ao Nubank e ao Inter
O JPMorgan é conhecido por sua atuação como banco de investimentos; é uma instituição respeitada e que tem sólida reputação no mundo todo. Nos EUA, eles até atuam no varejo com a marca Chase, mas no Brasil, nunca se expuseram a esse mercado — uma postura que muda a partir de hoje, com a compra de 40% do C6 Bank.
O valor da transação não foi revelado, mas é possível fazer algumas contas de padaria. Em dezembro, o C6 Bank recebeu um aporte de R$ 1,3 bilhão e, na ocasião, foi avaliado em R$ 11,3 bilhões. 40% desse valor corresponde a R$ 4,5 bilhões.
Só que, de lá para cá, o C6 continuou se expandindo: em dezembro, o banco tinha 4 milhões de correntistas; atualmente, são mais de 7 milhões de usuários com contas digitais. Ou seja, é razoável supor que a avaliação de R$ 11,3 bilhões esteja obsoleta — e que o JPMorgan tenha desembolsado mais que R$ 4,5 bilhões.
"Estamos animados pela parceria com um dos bancos digitais que mais crescem no Brasil", disse Sanoke Viswanathan, CEO de consumidores internacionais do JPMorgan. "Nós já admirávamos há tempos o C6 Bank, sua equipe de administração e sua estratégia".
C6 Bank x Nubank x Inter x outros
Para o C6 Bank, a injeção de recursos do JPMorgan representa um aumento no poder de fogo: por mais que o setor de bancos digitais esteja se expandindo rapidamente no Brasil — e incomodando os players tradicionais, como Itaú Unibanco e Bradesco —, a concorrência é pesada.
A começar pelo Nubank, com seus 40 milhões de clientes e valor de mercado de R$ 150 bilhões. Sua operação já gera lucro e recebeu recentemente um aporte do megainvestidor Warren Buffett. Fala-se, inclusive, em um eventual IPO do banco.
Leia Também
Outro competidor de peso é o Banco Inter, que tem cerca de 11 milhões de clientes e R$ 53 bilhões em valor de mercado. Para não ficar para trás na briga, o Inter anunciou uma oferta de ações que pode levantar até R$ 5,5 bilhões — a Stone já se comprometeu com R$ 2,5 bilhões.
O BTG Pactual digital é um novato nessa área, mas também tem planos ambiciosos e conta com o apoio massivo do BTG por trás. Banco Pan, Neon e Banco Original são outros nomes de destaque.
Ou seja: a compra de 40% pelo JPMorgan dará fôlego financeiro para o C6 Bank e permitirá que ele tenha condições de continuar crescendo, captando novos clientes e ampliando sua gama de serviços — o que é fundamental para sair vitorioso nessa guerra dos bancos digitais.
"Fechar a parceria com o JPMorgan, um líder global em serviços financeiros e um nome sólido no varejo, é um divisor de águas", diz Marcelo Kalim, CEO e co-fundador do C6. "Com o suporte deles, vamos investir e aumentar nossas operações de modo a continuar oferecendo aos clientes a melhor experiência em bancos digitais".
JPMorgan e o varejo brasileiro
E qual o interesse do JPMorgan em entrar no varejo do Brasil — e investir num banco digital?
Segundo pesquisa conduzida pela Febraban, mais de 60% das transações bancárias no país são feitas por plataformas digitais, uma taxa que tem aumentado ano após ano.
Em comunicado, o JPMorgan ressalta que as reformas regulatórias e modernização da infraestrutura bancária no Brasil geraram um aumento na competição; do lado dos consumidores, a adoção de iniciativas digitais tem ocorrido "a taxas altas".
"É motivador trazer nossa capacidade e expertise globais para dar apoio a um banco digital brasileiro, especialmente num momento em que ele dá os próximos passos adiante", diz Daniel Darahem, diretor sênior do JPMorgan no Brasil.
AUAU3: planos da Petz (PETZ3) para depois da fusão com a Cobasi incluem novo ticker; confira os detalhes
Operação será concluída em janeiro, com Paulo Nassar no comando e Sergio Zimerman na presidência do conselho
IPO no horizonte: Aegea protocola pedido para alterar registro na CVM; entenda a mudança
A gigante do saneamento solicitou a migração para a categoria A da CVM, passo que abre caminho para uma possível oferta pública inicial
Nelson Tanure cogita vender participação na Alliança (ALLR3) em meio a processo sancionador da CVM; ações disparam na B3
Empresa de saúde contratou assessor financeiro para estudar reorganização e possíveis mudanças no controle; o que está em discussão?
Pílula emagrecedora vem aí? Investidores esperam que sim e promovem milagre natalino em ações de farmacêutica
Papéis dispararam 9% em Nova York após agência reguladora aprovar a primeira pílula de GLP-1 da Novo Nordisk
AZUL4 dá adeus ao pregão da B3 e aérea passa ter novo ticker a partir de hoje; Azul lança oferta bilionária que troca dívidas por ações
Aérea pede registro de oferta que transforma dívida em capital e altera a negociação dos papéis na bolsa; veja o que muda
Hapvida (HAPV3) prepara ‘dança das cadeiras’ com saída de CEO após 24 anos para tentar reverter tombo de 56% nas ações em 2025
Mudanças estratégicas e plano de sucessão gerencial será implementado ao longo de 2026; veja quem assume o cargo de CEO
Magazine Luiza (MGLU3) vai dar ações de graça? Como ter direito ao “presente de Natal” da varejista
Acionistas com posição até 29 de dezembro terão direito a novas ações da varejista. Entenda como funciona a operação
Tupy (TUPY3) azeda na bolsa após indicação de ministro de Lula gerar ira de conselheiro. Será mais um ano para esquecer?
A indicação do ministro da Defesa para o conselho do grupo não foi bem recebida por membros do colegiado; entenda
Santander (SANB11), Raia Drogasil (RADL3), Iguatemi (IGTI11) e outras gigantes distribuem mais de R$ 2,3 bilhões em JCP e dividendos
Santander, Raia Drogasil, JHSF, JSL, Iguatemi e Multiplan somam cerca de R$ 2,3 bilhões em proventos, com pagamentos previstos para 2025 e 2026
Eztec (EZTC3) renova gestão e anuncia projeto milionário em São Paulo
Silvio Ernesto Zarzur assume nova função na diretoria enquanto a companhia lança projeto de R$ 102 milhões no bairro da Mooca
Dois bancos para lucrar em 2026: BTG Pactual revela dupla de ações que pode saltar 30% nos próximos meses
Para os analistas, o segmento de pequenos e médios bancos concentra oportunidades interessantes, mas também armadilhas de valor; veja as recomendações
Quase 170% em 2025: Ação de banco “fora do radar” quase triplica na bolsa e BTG vê espaço para mais
Alta das ações em 2025 não encerrou a tese: analistas revelam por que ainda vale a pena comprar PINE4 na bolsa
Tchau, B3! Neogrid (NGRD3) pode sair da bolsa com OPA do Grupo Hindiana
Holding protocolou oferta pública de aquisição na CVM para assumir controle da Neogrid e cancelar seu registro de companhia aberta
A reorganização societária da Suzano (SUZB3) que vai redesenhar o capital e estabelecer novas regras de governança
Companhia aposta em alinhamento de grupos familiares e voto em bloco para consolidar estratégia de longo prazo
Gafisa, Banco Master e mais: entenda a denúncia que levou Nelson Tanure à mira dos reguladores
Uma sequência de investigações e denúncias colocou o empresário sob escrutínio da Justiça. Entenda o que está em jogo
Bilionária brasileira que fez fortuna sem ser herdeira quer trazer empresa polêmica para o Brasil
Semanas após levantar US$ 1 bilhão em uma rodada de investimentos, a fundadora da Kalshi revelou planos para desembarcar no Brasil
Raízen (RAIZ4) precisa de quase uma “Cosan” para voltar a um nível de endividamento “aceitável”, dizem analistas
JP Morgan rebaixou a recomendação das ações de Raízen e manteve a Cosan em Neutra, enquanto aguarda próximos passos das empresas
Direito ao voto: Copel (CPLE3) migra para Novo Mercado da B3 e passa a ter apenas ações ordinárias
De acordo com a companhia, a reestruturação resulta em uma base societária mais simples, transparente e alinhada às melhores práticas do mercado
Então é Natal? Reveja comerciais natalinos que marcaram época na televisão brasileira
Publicidades natalinas se tornaram quase obrigatórias na cultura televisiva brasileira durante décadas, e permanecem na memória de muitos; relembre (ou conheça) algumas das mais marcantes
Com duas renúncias e pressão do BNDESPar, Tupy (TUPY3) pode eleger um novo conselho do zero; entenda
A saída de integrantes de conselhos da Tupy levou o BNDESPar a pedir a convocação de uma Assembleia Geral Extraordinária para indicar novos nomes. Como o atual conselho foi eleito por voto múltiplo, a eventual AGE pode resultar na eleição de todo o colegiado
