Governo abre nova frente de polêmica envolvendo estatal, dessa vez na Eletrobras
União indica nome para presidência que não foi selecionado por consultoria externa independente, levando conselheiro a renunciar

Depois de unilateralmente mudar o comando da Petrobras (PETR4), o governo do presidente Jair Bolsonaro resolveu interferir na escolha do presidente da Eletrobras (ELET6), numa decisão que pode abrir uma nova crise envolvendo a governança corporativa de uma empresa estatal.
Como acionista controlador da companhia, a União indicou Rodrigo Limp Nascimento, atual secretário de energia elétrica do Ministério de Minas e Energia, para comandar a empresa. O nome acabou aceito pelo conselho de administração e será submetido aos acionistas na assembleia geral ordinária.
O problema é que Limp não estava na lista elaborada pela Korn&Ferry para a posição. A contratação da assessoria para buscar nomes no mercado visa evitar que fatores políticos possam pesar na hora da escolha do comando da estatal, um avanço em termos de governança corporativa.
Polêmica
A decisão desagradou o conselheiro Mauro Cunha, ex-presidente da Amec, principal associação representativa de acionistas minoritários do país, que renunciou a sua posição no colegiado.
Em carta enviada à Eletrobras justificando sua saída, Cunha disse que a forma com que Limp foi escolhido representa um desvio aos compromissos que o conselho de administração assumiu quanto ao processo sucessório e que ignorou a opinião formal da consultoria, no sentido de que “não recomenda o candidato para o cargo de diretor presidente”.
“Mais do que isso, inquirida, confirmou que manteria tal opinião ainda que a especificação do cargo fosse alterada para um maior foco em questões regulatórias, notadamente ligadas ao processo de capitalização da Eletrobras”, diz trecho da carta dele.
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Quem é Limp?
Além do conselho, o comitê de pessoas, elegibilidade, sucessão e remuneração da Eletrobras também aprovou a recomendação de Limp para assumir a presidência.
Formado em engenharia elétrica, ele foi diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) entre maio de 2018 e março de 2020.
Caso confirmado, seu principal desafio à frente da Eletrobras será levar adiante o processo de privatização, que deve enfrentar resistência no Congresso. A dificuldade foi o que levou o então presidente Wilson Ferreira Junior, que estava no comando desde o governo Temer, a renunciar, no começo do ano.
O governo enviou no fim de fevereiro a Medida Provisória (MP) de privatização da Eletrobras. Ela prevê que a desestatização ocorrerá por meio de capitalização, diluindo a participação da União por meio de emissão de ações.
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