Desde que estreou na B3, o Banco Inter tem apresentado números superlativos: suas units (BIDI11) sobem mais de 200% em relação ao preço IPO, realizado em abril de 2018. No lado financeiro, está perto de concluir uma oferta de ações que pode movimentar até R$ 5,5 bilhões, tendo a Stone como parceira estratégica; no operacional, o crescimento está acelerado.
Essa percepção de que o Inter está avançando foi confirmada nesta manhã: foi divulgado mais cedo que sua base de usuários chegou a 12 milhões ao fim do segundo trimestre de 2021 — um aumento de 17,6% em relação ao nível de março, quando contava com 10,2 milhões de clientes.
Mais que isso: os 12 milhões alcançados ao fim de junho representam mais que o dobro dos 5,9 milhões de clientes vistos no fim do segundo trimestre do ano passado.
O crescimento do Banco Inter foi ainda mais intenso em termos de volumes transacionados, com R$ 9,4 bilhões no segundo trimestre — uma alta de 24,4% na comparação com o trimestre anterior e de mais de três vezes em relação ao mesmo período de 2020.

O superapp do Banco Inter
O Inter, no entanto, não se restringe às atividades bancárias, e sua prévia operacional mostra o desempenho de alguns produtos e serviços disponíveis em seu superapp.
O chamado Inter Shop — algo como um marketplace existente dentro do aplicativo da instituição — reportou R$ 774 milhões em transações no segundo trimestre, alta de 14,6% em relação ao montante visto entre janeiro e março. Como base de comparação, o Inter Shop movimentava pouco mais de R$ 120 milhões há um ano.
E o Banco Inter já deu uma sinalização animadora para o terceiro trimestre: somente no dia 7 de julho — chamado de Inter Day —, o marketplace do superapp movimentou R$ 96 milhões, com cerca de 200 mil compras sendo realizadas.
Em relação ao braço de investimentos, o Banco Inter fechou o trimestre com 1,7 milhão de usuários cadastrados, o que equivale a 14% da base total de clientes; cerca de 425 mil deles têm ações custodiadas no Inter.
Batalha ferrenha
O bom desempenho operacional do Inter injeta ânimo na disputa ferrenha entre os bancos digitais. A briga por clientes e a capacidade de continuar crescendo são fundamentais para garantir a sobrevivência dos projetos.
E, nessa arena, três competidores aparecem em destaque:
- Nubank, com seus 40 milhões de clientes e um recente aporte do megainvestidor Warren Buffett;
- Banco Inter, com 12 milhões de usuários e uma parceria com a Stone — ela se comprometeu com R$ 2,5 bilhões da oferta de ações; e
- C6 Bank, com mais de 7 milhões de correntistas e um investimento do JPMorgan, que comprou 40% da instituição e entrou no setor no de varejo no Brasil.
Os três tem alguns fatores em comum: possuem parceiros estratégicos e que estão dispostos a investir nas operações; estão com poder de fogo para continuar crescendo; e já têm uma base sólida de clientes.
Claro que há muitos outros nessa briga, com destaque para o BTG Pactual digital e seus planos ambiciosos — e o apoio massivo do BTG por trás. Banco Pan, Neon e Banco Original são outros nomes de destaque.
