🔴 +30 RECOMENDAÇÕES DE ONDE INVESTIR EM DEZEMBRO – VEJA AQUI

Julia Wiltgen

Julia Wiltgen

Jornalista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com pós-graduação em Finanças Corporativas e Investment Banking pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Trabalhou com produção de reportagem na TV Globo e foi editora de finanças pessoais de Exame.com, na Editora Abril. Hoje é editora-chefe do Seu Dinheiro.

Cenário pandêmico

B3 lucra R$ 4,2 bilhões em 2020, alta de 53%, com volatilidade dos mercados, ofertas de ações e juros baixos no Brasil

Cenário pandêmico acabou beneficiando os resultados da companhia, resultando em volatilidade e juros baixos que impulsionaram investidores e empresas a recorrerem ao mercado de capitais

Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
4 de março de 2021
22:00 - atualizado às 22:07
Sede da B3 (B3SA3), no centro da capital paulista
Sede da B3, no centro da capital paulista - Imagem: Shutterstock

Uma combinação de forte volatilidade nos mercados financeiros devido à pandemia de covid-19, juros baixos no Brasil e no mundo e inflação controlada contribuiu para o desenvolvimento do mercado de capitais brasileiro e acabou beneficiando a B3, a operadora da bolsa de valores.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A companhia fechou 2020 com um lucro líquido atribuído aos acionistas de R$ 4,2 bilhões, 53% maior que o resultado de 2019. O desempenho operacional foi positivo em todas as linhas de negócio no ano, com exceção do segmento de infraestrutura para financiamento.

"O aumento expressivo dos volumes negociados em nossas plataformas impulsionou o crescimento de 41,8% das receitas, totalizando R$ 9,3 bilhões em 2020, o qual, combinado com disciplina na gestão de despesas resultou em aumento de 659bps em nossa margem Ebitda, que atingiu 78,7% em 2020", diz o relatório de resultados da companhia, divulgado na noite de hoje.

A geração de caixa de atividades operacionais no período, ajustada pela variação de aplicações financeiras e garantias de operações, totalizou R$ 6,1 bilhões, 23,9% maior que em 2019, "e foi em grande parte distribuída aos nossos acionistas por meio de dividendos, JCP e recompra de ações", diz a B3.

A empresa destaca que, em 2020, o mercado de capitais local teve um salto de relevância na carteira do investidor e se tornou uma fonte cada vez mais relevante de financiamento das companhias.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Em 2020, diz a B3, foram realizadas 53 ofertas públicas iniciais (IPOs) e subsequentes (follow-ons), que captaram mais de R$ 117,7 bilhões, volume 31,8% maior que em 2019. A base investidores de varejo cresceu 93,9%, atingindo 3,2 milhões de contas na central depositária da B3 em dezembro.

Leia Também

O endividamento bruto da B3 encerrou 2020 em aproximadamente R$ 7,0 bilhões, o equivalente a 1,1 vez o Ebitda recorrente (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização).

Quarto trimestre em linha com as projeções do mercado

A B3 registrou um lucro líquido de R$ 1,1 bilhão no quarto trimestre de 2020, alta de 49,7% ante o resultado do mesmo período do ano anterior. O resultado veio em linha com a expectativa do mercado, segundo dados da Bloomberg. O lucro líquido recorrente totalizou R$ 1,2 bilhão, ganho de 34,1% na comparação anual.

A receita líquida da operadora da bolsa totalizou R$ 2,3 bilhões, alta de 44,4% ante o quarto trimestre de 2019. Segundo a companhia, houve crescimento de receita em todos os segmentos de negócio, com exceção de Balcão.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Já o Ebitda recorrente (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 1,7 bilhão no período, 46,5% a mais que o mesmo período do ano anterior. A margem Ebtida ajustada foi de 78,7%.

Tanto as receitas quanto o Ebitda no quarto trimestre vieram apenas ligeiramente acima do consenso de mercado.

Segundo a companhia, no quarto trimestre ainda havia muitas incertezas em relação à pandemia, mas os avanços na distribuição de vacinas trouxeram alguma retomada econômica, o que se refletiu nos seus negócios nos mercados de capitais e de veículos.

A empresa destacou o retorno do capital estrangeiro ao mercado de ações brasileiro (entrada de R$ 62,9 bilhões no período), bem como o crescimento de 16,9% no volume de vendas de veículos em relação ao terceiro trimestre.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

No cenário de juro baixo, a captação das empresas continuou a crescer, sustentada também pela propensão dos investidores locais a buscarem alternativas de diversificação de suas carteiras.

No quarto trimestre, os 16 IPOs e follow-ons representaram volume de R$ 38,8 bilhões, 20,5% acima do quarto trimestre de 2019. Também houve uma retomada na atividade de crédito, principalmente nos últimos meses do ano, com a captação bancária somando R$ 3,5 trilhões no quarto tri, 40,1% acima do mesmo período do ano anterior.

A receita do segmento Listado totalizou R$ 1,7 bilhão no período (crescimento de 54,2% na comparação anual), o equivalente a 68,6% da receita total da companhia, de R$ 2,5 bilhões.

O desempenho do segmento foi beneficiado pelos juros baixos e pela continuidade da volatilidade em decorrência da pandemia de covid-19. No mercado de ações e instrumentos de renda variável, houve crescimento de 67,3% no volume financeiro médio diário negociado (ADTV) no mercado à vista de ações e de 84,9% no volume de contratos futuros de índice de ações.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

No mercado à vista, a alta reflete o maior giro de mercado, que atingiu 173,6% no trimestre e, no caso dos contratos futuros de índices, o desempenho é explicado pelo constante crescimento da negociação da versão mini desses contratos, notadamente por investidores pessoas físicas e de alta frequência.

O número médio de investidores ativos na depositária de renda variável cresceu 99,2%, reflexo do aumento do interesse pela diversificação de investimentos em um ambiente de taxa de juros mais baixa.

Investimentos e projeções para 2021

No quarto trimestre, foram realizados R$ 177,2 milhões em investimentos, os quais se referem, principalmente, a atualizações tecnológicas para todos os segmentos da B3, ao desenvolvimento de novos produtos e ao projeto da nova estrutura predial (engenharia, mobiliário e tecnologia) da companhia. Em 2020, os investimentos totalizaram R$ 423 milhões.

Segundo fato relevante divulgado em 10 de dezembro de 2020, a B3 espera investir entre R$ 420 milhões a R$ 460 milhões em 2021, e atingir um endividamento equivalente a 1,5 vez a relação entre dívida bruta e Ebitda.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
MERCADO DE AÇÕES VAI ESQUENTAR?

BRK Ambiental: quem é a empresa que pode quebrar jejum de IPO após 4 anos sem ofertas de ações na bolsa brasileira

12 de dezembro de 2025 - 19:15

A BRK Ambiental entrou um pedido na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para realizar um IPO; o que esperar agora?

NAS PASSARELAS DO MERCADO

Os bastidores da nova fase da Riachuelo (GUAR3), segundo o CEO. Vale comprar as ações agora?

12 de dezembro de 2025 - 18:01

Em entrevista ao Money Times, André Farber apresenta os novos projetos de expansão da varejista, que inaugura loja-conceito em São Paulo

OS NEGÓCIOS DE SILVIO

O rombo de R$ 4,3 bilhões que quase derrubou o império de Silvio Santos; entenda o caso

12 de dezembro de 2025 - 16:51

Do SBT à Tele Sena, o empresário construiu um dos maiores conglomerados do país, mas quase perdeu tudo no escândalo do Banco Panamericano  

CHOQUE NO BOLSO

Citi corta recomendação para Auren (AURE3) e projeta alta nos preços de energia

12 de dezembro de 2025 - 16:15

Banco projeta maior volatilidade no setor elétrico e destaca dividendos como diferencial competitivo

EFEITO MONSTER

De sucos naturais a patrocínio ao campeão da Fórmula 1: quem colocou R$ 10 mil na ação desta empresa hoje é milionário

12 de dezembro de 2025 - 14:33

A história da Monster Beverage, a empresa que começou vendendo sucos e se tornou uma potência mundial de energéticos, multiplicando fortunas pelo caminho  

TENTA SE REERGUER

Oi (OIBR3) ganha mais fôlego para pagamentos, mas continua sob controle da Justiça, diz nova decisão

12 de dezembro de 2025 - 14:01

Esse é mais um capítulo envolvendo a Justiça, os grandes bancos credores e a empresa, que já está em sua segunda recuperação judicial

ALGUNS BILHÕES MENOS RICO

Larry Ellison, cofundador da Oracle, perdeu R$ 167 bilhões em um só dia: veja o que isso significa para as ações de empresas ligadas à IA

12 de dezembro de 2025 - 10:56

A perda vem da queda do valor da empresa de tecnologia que oferece softwares e infraestrutura de nuvem e da qual Ellison é o maior acionista

CRISE CORPORATIVA

Opportunity acusa Ambipar (AMBP3) de drenar recursos nos EUA com recuperação judicial — e a gestora não está sozinha

12 de dezembro de 2025 - 10:01

A gestora de recursos a acusa a Ambipar de continuar retirando recursos de uma subsidiária nos EUA mesmo após o início da RJ

DANÇA DAS CADEIRAS

Vivara (VIVA3) inicia novo ciclo de expansão com troca de CEO e diretor de operações; veja quem assume o comando

12 de dezembro de 2025 - 9:21

De olho no plano sucessório para acelerar o crescmento, a rede de joalherias anunciou a substituição de sua dupla de comando; confira as mudanças

PREPAREM OS BOLSOS

Neoenergia (NEOE3), Copasa (CSMG3), Bmg (BMGB4) e Hypera (HYPE3) pagam juntas quase R$ 1,7 bilhão em dividendos e JCP

11 de dezembro de 2025 - 20:11

Neoenergia distribui R$ 1,084 bilhões, Copasa soma R$ 338 milhões, Bmg paga R$ 87,7 milhões em proventos e Hypera libera R$ 185 milhões; confira os prazos

UM TRUNFO E UM PROBLEMA

A fome pela Petrobras (PETR4) acabou? Pré-sal é o diferencial, mas dividendos menores reduzem apetite, segundo o Itaú BBA

11 de dezembro de 2025 - 19:46

Segundo o banco, a expectativa de que o petróleo possa cair abaixo de US$ 60 por barril no curto prazo, somada à menor flexibilidade da estatal para cortar capex, aumentou preocupações sobre avanço da dívida bruta

CORRIDA ESPACIAL

Elon Musk trilionário? IPO da SpaceX pode dobrar o patrimônio do dono da Tesla

11 de dezembro de 2025 - 19:00

Com avaliação de US$ 1,5 trilhão, IPO da SpaceX, de Elon Musk, pode marcar a maior estreia da história

APETITE VORAZ

Inter mira voo mais alto nos EUA e pede aval do Fed para ampliar operações; entenda a estratégia

11 de dezembro de 2025 - 18:35

O Banco Inter pediu ao Fed autorização para ampliar operações nos EUA. Entenda o que o pedido representa

O QUE TER NA CARTEIRA

As 8 ações brasileiras para ficar de olho em 2026, segundo o JP Morgan — e 3 que ficaram para escanteio

11 de dezembro de 2025 - 17:45

O banco entende como positivo o corte na taxa de juros por aqui já no primeiro trimestre de 2026, o que historicamente tende a impulsionar as ações brasileiras

VENTANIA EM SP

Falta de luz causa prejuízo de R$ 1,54 bilhão às empresas de comércio e serviços em São Paulo; veja o que fazer caso tenha sido lesado 

11 de dezembro de 2025 - 16:30

O cálculo da FecomercioSP leva em conta a queda do faturamento na quarta (10) e quinta (11)

TEM JEITO DE BANCO, NOME DE BANCO...

Nubank busca licença bancária, mas sem “virar banco” — e ainda pode seguir com imposto menor; entenda o que está em jogo

11 de dezembro de 2025 - 15:06

A corrida do Nubank por uma licença bancária expõe a disputa regulatória e tributária que divide fintechs e bancões

GRANA PESADA

Petrobras (PETR4) detalha pagamento de R$ 12,16 bilhões em dividendos e JCP e empolga acionistas

11 de dezembro de 2025 - 12:43

De acordo com a estatal, a distribuição será feita em fevereiro e março do ano que vem, com correção pela Selic

DESAFIOS GLOBAIS

Quem é o brasileiro que será CEO global da Coca-Cola a partir de 2026

11 de dezembro de 2025 - 9:37

Henrique Braun ocupou cargos supervisionando a cadeia de suprimentos da Coca-Cola, desenvolvimento de novos negócios, marketing, inovação, gestão geral e operações de engarrafamento

NA CONTA DOS ACIONISTAS

Suzano (SUZB3) vai depositar mais de R$ 1 bilhão em dividendos, anuncia injeção de capital bilionária e projeções para 2027

11 de dezembro de 2025 - 9:00

Além dos proventos, a Suzano aprovou aumento de capital e revisou estimativas para os próximos anos. Confira

PREPAREM O BOLSO

Quase R$ 3 bilhões em dividendos: Copel (CPLE5), Direcional (DIRR3), Minerva (BEEF3) e mais; confira quem paga e os prazos

10 de dezembro de 2025 - 20:05

A maior fatia dessa distribuição é da elétrica, que vai pagar R$ 1,35 bilhão em proventos aos acionistas

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar