Urca vai lançar fundo imobiliário formado com ativos nos Estados Unidos
Gestora quer oferecer diversificação para os investidores, e vai buscar imóveis que estejam locados para grandes empresas norte-americanas

Um tipo de propaganda muito utilizada, principalmente por marcas de creme dental, é pregar que 9 a cada 10 dentistas recomendam o uso daquele produto. É uma estratégia presente nas peças publicitárias há anos.
E quando perguntamos a qualquer analista do mercado financeiro qual a melhor estratégia de investimentos, possivelmente 11 a cada 10 vão mencionar a palavra “diversificação”. E a Urca Capital Partners resolveu apostar em um produto que vai exatamente nessa direção.
Até o final deste ano, a gestora pretende lançar uma nova opção de fundo imobiliário. Como explica Leonardo Nascimento, sócio-fundador da Urca, o produto vai ser composto por imóveis comerciais nos Estados Unidos.
“Já estamos avançados na estrutura do fundo. Acionamos corretores que fazem a busca por imóveis com o perfil que queremos, que tenham contratos longos de aluguel, com grandes empresas”, diz Nascimento.
Ele afirma que inicialmente, o objetivo é captar US$ 50 milhões com grandes investidores no Brasil. Mas o objetivo é listar o fundo em Bolsa, e abrir para todas as categorias. “Sabemos que é um produto complexo, talvez demore para conseguirmos aval da CVM. Mas achamos que é viável e trará mais uma opção para diversificar a carteira”.
Nascimento projeta que o fundo ofereça um retorno entre 8% e 9% ao ano, em dólar. “Nossos concorrentes mais próximos serão os ETFs de fundos imobiliários americanos. Mas lá, eles prezam muito mais pela preservação do patrimônio do que pela rentabilidade”.
Leia Também
Fundo de desenvolvimento
Esse é o nome de outra opção que será lançada em breve pela Urca. Descrito por Leonardo Nascimento como “fundo de desenvolvimento”, o produto deve estar na rua nas próximas semanas, segundo o fundador da Urca.
Ele explica que o produto terá em sua carteira ativos que ainda estão em fase final de construção, ou no comecinho do ciclo de vendas. “Acreditamos que esse fundo pode oferecer um retorno de 20% ao ano mais inflação”.
Em relação à captação, Nascimento espera conseguir R$ 100 milhões logo no primeiro lançamento do fundo.
Reforma tributária
Sobre a proposta do ministro da Economia, Paulo Guedes, de tributar os dividendos dos fundos imobiliários, o fundador da Urca diz ser radicalmente contra. Mas para o fundo da Urca que já está no mercado, o URPR11, a medida não seria um problema. Pelo contrário.
“Com o retorno que oferecemos, não diminuiria a atratividade do produto”, afirma. O URPR11 abriu em agosto do ano passado, já no meio da pandemia de covid-19, e até maio, ofereceu 49% de retorno. O fundo está com R$ 166 milhões investidos, e a Urca acredita que pode chegar ao fim do ano com R$ 600 milhões.
“Mesmo com a tributação dos dividendos, nosso fundo continuaria com um retorno muito bom. E a tendência do mercado seria de fazer uma seleção, de migrar de fundo para fundo”, projeta. No dia do anúncio da proposrta, o URPR11 caiu 0,38%, lembra Nascimento.
Fusões e aquisições
Mas a Urca não se limita a estruturar fundos imobiliários. Aliás, a maior parte das receitas da gestora ainda vem da atuação em fusões e aquisições.
Em seu histórico, a Urca fez assessoria financeira em transações como a venda da Terna para a Cemig, e mais recentemente, na parceria entre Bahema e Ânima Educação.
“Atualmente, estamos com 10 mandatos de fusões e aquisições em andamento. É um volume para grandes bancos. O mercado está muito aquecido”, conta o executivo.
Banco do Brasil (BBAS3), ataque hacker, FII do mês e tarifas de 50% de Trump: confira as notícias mais lidas da semana
Temas da semana anterior continuaram emplacando matérias entre as mais lidas da semana, ao lado do anúncio da tarifa de 50% dos EUA ao Brasil
Tarifas de Trump podem afastar investimentos estrangeiros em países emergentes, como o Brasil
Taxação pode ter impacto indireto na economia de emergentes ao afastar investidor gringo, mas esse risco também é limitado
Lula afirma que pode taxar EUA após tarifa de 50%; Trump diz que não falará com brasileiro ‘agora’
Presidente brasileiro disse novamente que pode acionar Lei de Reciprocidade Econômica para retaliar taxação norte-americana
Moody’s vê estatais como chave para impulsionar a economia com eleições no horizonte — e isso não será bom no longo prazo
A agência avalia que, no curto prazo, crédito das empresas continua sólida, embora a crescente intervenção política aumenta riscos de distorções
O UBS WM reforça que tarifas de Trump contra o Brasil terão impacto limitado — aqui estão os 4 motivos para o otimismo
Na última quarta-feira (9), o presidente dos EUA anunciou uma tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros, que devem entrar em vigor em 1º de agosto
Governo vai abrir crédito de R$ 3 bilhões para ressarcir vítimas da fraude do INSS; confira como vai funcionar o reembolso
Entre os R$ 3 bilhões em crédito extraordinário, R$ 400 milhões vão servir para ressarcir as vítimas em situação de vulnerabilidade e que não tenham questionado os valores descontados
Trump é a maior fonte de imprevisibilidade geopolítica e econômica da atualidade — e quem diz isso pode surpreender
Gustavo Loyola, ex-presidente do BC, falou com exclusividade ao Seu Dinheiro sobre a imposição, por Donald Trump, da sobretaxa de 50% às exportações brasileiras para os EUA
De Galípolo para Haddad: a carta do presidente do BC ao ministro da Fazenda deixa alerta sobre inflação
Embora Galípolo tenha reforçado o compromisso com a convergência, foi o que ele não disse que chamou atenção
O Brasil pode escapar dos impactos das tarifas de Trump: economista-chefe da ARX revela estratégias — e diz por que a retaliação não é uma delas
Segundo Gabriel Barros, Lula teria uma série de opções estratégicas para mitigar os efeitos negativos dessa medida sobre a economia; confira a visão do especialista
Tarifa de Trump sobre produtos do Brasil acirra guerra política: PT mira Eduardo Bolsonaro, e oposição culpa Lula e STF
Sobretaxa de 50% vira munição em Brasília; governo estuda retaliação e Eduardo, nos EUA, celebra medida como resposta ao ‘autoritarismo do STF’
Trump cortou as asinhas do Brasil? Os efeitos escondidos da tarifa de 50% chegam até as eleições de 2026
A taxação dos EUA não mexe apenas com o volume de exportações brasileiras, mas com o cenário macroeconômico e político do país
Dólar disparou, alerta de inflação acendeu: tarifa de Trump é cavalo de troia que Copom terá que enfrentar
Depois de meses de desvalorização frente ao real, o dólar voltou a subir diante dos novos riscos comerciais para o Brasil e tende a pressionar os preços novamente, revertendo o alívio anterior
Meta de inflação de 3% é plausível para o Brasil? Veja o que dizem economistas sobre os preços que não cedem no país
Com juros nas alturas e IPCA a 5,35%, o Banco Central se prepara para mais uma explicação oficial, sem a meta de 3% no horizonte próximo
Lotofácil, Quina e Dupla Sena dividem os holofotes com 8 novos milionários (e um quase)
Enquanto isso, começa a valer hoje o reajuste dos preços para as apostas na Lotofácil, na Quina, na Mega-Sena e em outras loterias da Caixa
De Lula aos representantes das indústrias: as reações à tarifa de 50% de Trump sobre o Brasil
O presidente brasileiro promete acionar a lei de reciprocidade brasileira para responder à taxa extra dos EUA, que deve entrar em vigor em 1 de agosto
Tarifa de 50% de Trump contra o Brasil vem aí, derruba a bolsa, faz juros dispararem e provoca reação do governo Lula
O Ibovespa futuro passou a cair mais de 2,5%, enquanto o dólar para agosto renovou máxima a R$ 5,603, subindo mais de 2%
Não adianta criticar os juros e pedir para BC ignorar a meta, diz Galípolo: “inflação ainda incomoda bastante”
O presidente do Banco Central participou de uma audiência pública na Câmara dos Deputados e ressaltou que a inflação na meta é objetivo indiscutível
Lotofácil deixa duas pessoas mais próximas do primeiro milhão; Mega-Sena e Quina acumulam
Como hoje só é feriado no Estado de São Paulo, a Lotofácil, a Quina e outras loterias da Caixa terão novos sorteios hoje
Horário de verão pode voltar para evitar apagão; ONS explica o que deve acontecer agora
Déficit estrutural se aprofunda e governo pode decidir em agosto sobre retorno da medida extinta em 2019
Galípolo diz que dorme tranquilo com Selic em 15% e que o importante é perseguir a meta da inflação
Com os maiores juros desde 2026, Galípolo dispensa faixa e flores: “dificilmente vamos ganhar o torneio de Miss Simpatia no ano de 2025”