A equipe de Paulo Guedes sofreu quatro duras baixas no início da noite desta quinta-feira (21). O secretários da Fazenda, Bruno Funchal, e do Tesouro, Jefferson Bittencourt, além de seus secretários adjunto e especial adjunto, Rafael Araújo e Gildenora Dantas, pediram exoneração hoje.
Segundo o Ministério, de onde partiu o anúncio, os funcionários alegaram motivos pessoais para a saída. "Funchal e Bittencourt agradecem ao ministro pela oportunidade de terem contribuído para avanços institucionais importantes e para o processo de consolidação fiscal do país", cita o comunicado.
O timing da notícia, porém, divulgada um dia após Guedes dizer que isentou-se de responsabilidade pelo formato do Auxílio Brasil, aponta que a insatisfação com o benefício e com a postura do ministro pode ser o real motivo por trás da debandada de seus principais conselheiros.
O mercado, que seguiu pressionado pela ameaça ao teto de gastos hoje, deve digerir as demissões no pregão da próxima sexta-feira (22). Mas, segundo indica o EWZ, principal fundo negociado em Nova York que investe em ações brasileiras, elas não devem acalmar os investidores, pelo contrário. Por volta das 18h35, o ETF recuava 1,93%, a R$ 29,52, nas negociações after hours.