Selic hoje está em 5,25% ao ano; entenda em 5 pontos a alta dos juros
Banco Central está subindo a taxa básica de juros a quatro reuniões; a autoridade monetária já contratou mais um ajuste; entenda as razões e como ela afeta sua vida
A taxa básica de juros, a Selic, chegou a 5,25% ao ano. A decisão foi anunciada pelo Comitê de Política Monetária, do Banco Central, nesta quarta-feira (4).
A elevação dos juros em um ponto percentual já era esperada pelo mercado. O Copom já havia elevado a taxa básica três vezes seguidas, antes do anúncio de quarta.
Veja a seguir 5 pontos para entender o aumento da Selic:
1 - Perspectiva de recuperação da economia, segundo o mercado
O Banco Central reduziu a taxa básica de juros em meio a uma desaceleração da economia — movimento que foi intensificado com a chegada da Covid-19 no ano passado.
A ideia é que, ao reduziu a Selic, o Banco Central reduz o custo do dinheiro e estimula a tomada de crédito e o consumo.
No entanto, nos últimos meses a autoridade monetária e o mercado começaram a enxergar a recuperação da atividade econômica, diante do avanço da campanha de vacinação, embora 14,7% da população esteja desempregada.
O BC comentou que vê uma recuperação "robusta do crescimento econômico ao longo do segundo semestre".
Leia Também
O PIB do Brasil cresceu 1,2% no 1º trimestre, número que foi acima do esperado e levou a uma onda de revisões de projeção de crescimento para este ano.
2 - Inflação ao consumidor
A retomada ainda que capenga da economia impulsiona os preços. Alguns setores mais ligados a tecnologia, inclusive, têm a cadeia de suprimentos desorganizadas por causa da pandemia - o que ainda deve persistir ao menos no próximo ano.
Mas o Banco Central olha neste momento para um segmento em específico: o da inflação consumidor - ou seja, o conjunto de preços de bens e serviços que fazem parte de despesas habituais das famílias brasileiras.
Para o Copom, a inflação ao consumidor, continua "se revelando persistente". "Os últimos indicadores divulgados mostram composição mais desfavorável", disse a autoridade monetária.
A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) subiu 0,92% na quarta quadrissemana de julho, acumulando alta de 8,76% nos últimos 12 meses, segundo dados do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre), divulgados no último dia 8.
3 - Novas pressões no horizonte
Há ainda outros componentes, no cruzo prazo, no radar do Banco Central ao tomar a decisão sobre Selic. A autoridade monetária lembra de uma possível elevação do adicional da bandeira tarifária e os novos aumentos nos preços de alimentos. "
Com a crise hídrica, há uma consulta pública para decidir se a taxa da bandeira vermelha 2 da conta de luz continuará em R$ 9,49 por 100 kWh ou se aumentará para R$ 11,5 por cada 100 kWh.
A energia elétrica puxa a inflação no grupo "habitação" - o mais relevante entre os dados divulgados pelo IBGE.
Nesse mesmo grupo, a alimentação no domicílio passou de 0,23% em maio para 0,33% em junho, puxada pelas carnes (1,32%), que subiram pelo quinto mês consecutivo e acumulam alta de 38,17% em 12 meses.
O aumento dos preços em alimentação é explicado pela mudança de consumo do brasileiro, que passou a comer mais em casa, aumento da demanda internacional e desvalorização cambial.
4 - Por que inflação é importante para a Selic?
Como já mencionado, o BC mexe na taxa básica de juros para influenciar na inflação e suas expectativas. A decisão do Copom leva cerca de nove meses para ter um efeito prático na economia.
Hoje o Copom considera o calendário de 2022 e, em menor grau, o de 2023. Mas o que ele leva em conta? Basicamente, as metas de inflação.
O centro da meta para o índice no próximo ano é de 3,5%, com tolerância de 2% a 5%, conforme definido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), o órgão superior do Sistema Financeiro Nacional (SFN).
Mas as projeções do mercado, segundo o boletim Focus, apontam avanço do IPCA (a inflação oficial) para 3,81% em 2022, enquanto considerando os últimos 12 meses os preços já sobem 8,35% - mas nos próximos 12 meses a alta seria de 4,47%, de acordo com as estimativas do mercado.
5 - As consequências do aumento da Selic
O aumento da taxa básica de juros gera as seguintes consequências para a economia:
- Juros cobrados pelos bancos: a tendência é que os juros continuem subindo;
- Consumo: o aumento da taxa Selic desestimula o consumo;
- Governo tem de lidar com o aumento as despesas com juros da dívida pública;
- Selic alta também estimula o ingresso de recursos na economia e diminui a tendência de valorização do dólar;
E para os investimentos?
As aplicações financeiras cuja remuneração é atrelada à Selic ou à taxa DI - taxa de juros que costuma acompanhar a taxa básica - podem ainda ter alguma dificuldade de vencer a inflação, em razão de taxas, spread entre preços de compra e venda e/ou imposto de renda, por exemplo.
Ainda assim, com a continuidade esperada para o ciclo de alta dos juros, a tendência é que o retorno dessas aplicações siga crescendo, enquanto a inflação vá sendo controlada.
Assim, os investimentos conservadores estão voltando a ter rentabilidades atrativas, aumentando sua probabilidade de ganhar da inflação e preservar o poder de compra do investidor.
É o caso do Tesouro Selic (LFT), da caderneta de poupança, dos fundos DI e de títulos bancários, como os CDB, LCI e LCA pós-fixados. Saiba nesta matéria como ficam os seus investimentos em renda fixa com a Selic em 5,25% ao ano.
Veja neste vídeo o que é a reunião do Copom e como a definição da Selic afeta a sua vida. Aproveite para se inscrever no nosso canal no Youtube.
Ele vendeu a empresa por US$ 1 bilhão para a Amazon e tem um conselho para quem quer empreender
Em abril deste ano, ele retornou à Amazon como vice-presidente de Produto da empresa que fundou
Carga tributária do Brasil atinge o maior patamar em mais de 20 anos em 2024, segundo a Receita Federal
De acordo com o levantamento, os tributos atingiram 32,2% do Produto Interno Bruto, com alta de 1,98 ponto percentual em relação a 2023
Mega-Sena acumula, e prêmio sobe para R$ 52 milhões, mas outra loteria rouba a cena
A Lotofácil foi a única loteria a ter ganhadores na categoria principal, porém não fez nenhum novo milionário
São Martinho (SMTO3) lidera os ganhos do Ibovespa, e Vamos (VAMO3) fica na lanterna; confira o sobe e desce das ações
O principal índice da B3 acumulou valorização de 2,16% nos últimos cinco pregões, se recuperando das perdas da semana anterior
Por que os shoppings brasileiros devem se preocupar com a disputa entre Netflix e Paramount pela Warner
Representantes das redes brasileiras de cinema chegaram a criticar a venda da Warner para gigantes do streaming
Enel tem até 12 horas para restabelecer energia em SP, e Ricardo Nunes pede ajuda ao presidente Lula
Em caso de não cumprimento da decisão, a empresa será penalizada com uma multa de R$ 200 mil por hora
Daniel Vorcaro na CPI do INSS: Toffoli impede colegiado de acessar dados bancários e fiscais do dono do Banco Master
A CPI do INSS havia aprovado a quebra de sigilos e a convocação de Vorcaro para esclarecer a atuação do Banco Master com produtos financeiros
Mega-Sena sorteia R$ 44 milhões hoje, e Lotofácil 3561 faz um novo milionário; confira as loterias deste fim de semana
Embora a Mega-Sena seja o carro-chefe das loterias da Caixa, um outro sorteio rouba a cena hoje
Cidade que fica a apenas 103km de São Paulo é uma das melhores do Brasil para morar
A 103 km da capital paulista, Indaiatuba se destaca no Índice de Progresso Social por segurança, infraestrutura, serviços públicos e qualidade de vida acima da média
Mega-Sena 2951 vai a R$ 44 milhões, mas Timemania assume a liderança com R$ 65 milhões; Lotofácil garante sete novos milionários
Mega-Sena e Timemania concentram as maiores boladas da semana, em meio a um cenário de acúmulos que atinge Quina, Lotomania, Dupla Sena, Dia de Sorte, Super Sete e +Milionária
Bolsa Família mantém calendário adiantado e paga parcela de dezembro para NIS final 3 nesta sexta (12)
Com liberação antes do Natal, beneficiários com NIS terminado em 3 recebem nesta sexta; valor médio segue em R$ 691,37 com reforço dos adicionais
Bruno Serra, da Itaú Asset, diz que Selic cai em janeiro e conta o que precisa acontecer para os juros chegarem a um dígito
O cenário traçado pelo time do Itaú Janeiro prevê um corte inicial de 25 pontos-base (pb), seguido por reduções mais agressivas — de 75 pb ou mais — a partir de março
Tarifas, conflitos geopolíticos, inflação: quais são as principais preocupações dos bilionários para 2026
O receio das tarifas — exacerbado pela política tarifária dos Estados Unidos sob o presidente Donald Trump — é o maior entre os respondentes da pesquisa
David Beker, do Bank of America, mantém projeção otimista para os juros: corte de 0,50 p.p. em janeiro e Selic a 11,25% em 2026
Economista-chefe do BofA acredita que o Copom não precisa sinalizar no comunicado antes de fazer qualquer ajuste e mantém olhar otimista para a política monetária
Ficou sem luz? Veja quanto custa um gerador para sua casa
Com a falta de luz atingindo milhões, veja quanto custa investir em um gerador para manter sua casa funcionando durante apagões prolongados
Governo lança pacote “MEI em Ação” com novo app unificado, assistente virtual com IA e capacitações
O app Meu MEI Digital passa a reunir os serviços do Portal do Empreendedor com atalhos para formalização, alteração de dados e emissão de NF-e
Como comprar ingressos para Copa do Mundo 2026: nova fase abre hoje
Fifa abre nova fase de vendas da Copa do Mundo 2026; veja como se inscrever, participar do sorteio e garantir ingressos para acompanhar os jogos nos EUA, México e Canadá
Selic se mantém em 15% ao ano e Copom joga balde de água fria nos mercados ao não sinalizar corte nos juros
O Copom não entregou a sinalização que o mercado esperava e manteve o tom duro do comunicado, indicando que os cortes na Selic podem demorar ainda
Valor do novo salário-mínimo altera contribuição para MEI; veja quanto fica
O piso nacional será de R$ 1.621 a partir de janeiro de 2026 e aumenta o valor da tributação dos microempreendedores individuais
Ceia de Natal 2025: veja os alimentos que mais tiveram alta nos preços
Com bacalhau, lombo e aves natalinas em alta, a ceia fica mais pesada no bolso; azeite e pernil registram queda
