O Brasil tem jeito? Ex-ministro Maílson da Nóbrega diz ter pecado pelo excesso de otimismo e defende reformas
Em bate-papo na RadioCash, podcast da Empiricus e da Vitreo, o economista fala sobre avanços e retrocessos no país e o que precisa ser feito para a economia evoluir. E, como não poderia faltar, também comenta sobre a inflação e a atuação do Banco Central.
O Brasil deu certo? Pelo menos, por algum tempo, estava indo muito bem. Esta é a opinião de Maílson da Nóbrega, economista e ex-ministro da Fazenda. E diferentemente do que muitos podem pensar, com a imagem de que fracassamos, ele ressalta que o país não perdeu diversas conquistas.
Criador do documentário que foi lançado em 2013 “O Brasil deu certo. E agora?”, o economista respondeu no último episódio RadioCash, podcast da Empiricus em parceria com a Vitreo, à provocativa pergunta que esse título evoca no atual cenário: E agora?
Para você entender melhor o contexto, essa produção reuniu análises próprias, além de ex-presidentes da República, ex-presidentes do Banco Central, empresários e acadêmicos. O foco era a trajetória de crescimento do país desde o governo José Sarney, na época da hiperinflação, passando pelo governo FHC, com a política do Plano Real, e finalizando no governo Lula, com uma equipe econômica forte e programas sociais. Todos falaram de forma positiva sobre o Brasil e tinham boas projeções, embora apontando alguns ajustes necessários.
Mas depois, veio um banho de água fria - o país entrou na maior recessão da sua história, passou por um processo de impeachment e teve diversos escândalos de corrupção. Isso até chegarmos ao momento atual complexo de polarização política, dificuldade de lidar com a pandemia e de andar com as reformas.
A discussão no RadioCash foi muito interessante (dê o play abaixo e ouça na íntegra). Inclusive, há poucos dias, a revista The Economist trouxe novas reflexões à tona sobre o país, com a sua capa mostrando o Cristo Redentor respirando com uma máscara de oxigênio. E recentemente o Brasil também foi destaque do Wall Street Journal pela recuperação econômica a níveis pré-pandemia.
“Apesar de tudo, eu continuo acreditando que o Brasil construiu instituições sólidas, e este era até um dos temas centrais. Com isso, eu tenho um consolo sobre o meu erro que foi o otimismo excessivo. Mas esse era o ambiente na época (do documentário), o Brasil estava decolando”, disse Maílson no podcast.
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Segundo ele, mesmo com o impeachment de Dilma Rousseff, o país não sofreu uma ruptura da democracia. Outro ponto favorável é que o sistema financeiro é sólido, sofisticado e bem regulamentado pelo Banco Central. Maílson ainda destacou a imprensa independente e livre.
“Quando eu me refiro à solidez das instituições, eu quero dizer as instituições que preservam a democracia e a estabilidade da moeda. Sem essas duas coisas a gente não vai muito longe, não é?”, destacou no podcast.
Agora, o que é necessário para o Brasil dar certo?
Diante das mudanças tão acentuadas no cenário, Mailson contou que está escrevendo um novo livro que já possui até título provisório: “Ainda tem jeito?”.
A ideia dele é discutir o desafio do país de vencer a renda média, armadilha em que caiu a partir de meados do governo Lula. “Eu acho que o Brasil tem condições de escapar, não é uma tarefa simples, isso demanda transformações estruturais muito grandes. O esforço é maior porque o país perdeu muito tempo, principalmente do governo Dilma para cá.”
Ele defendeu as reformas tributária e administrativa. Para o economista, há muito o que ser feito nessas áreas para o país crescer de forma sustentável, entretanto, ele reconhece que a atual Constituição engessa muitos trabalhos necessários. “A Constituição de 88 representou um grande avanço nos campos político e social, mas foi um desastre no campo econômico”, ressaltou.
Ele também avalia que é preciso melhorar a qualidade da educação para que haja ganho de produtividade no país.
E como não poderia faltar, a inflação entrou na pauta
Seria estranho se um economista e ex-ministro da Fazenda não comentasse sobre a inflação, tema que Felipe e Jojo vem debatendo constantemente no RadioCash.
Para Maílson, a inflação foi de certa forma surpreendente nos últimos meses por dois motivos - a alta das commodities e o risco fiscal. Ambas impactaram o câmbio, ou seja, depreciaram o real. Aqui, a lógica é de que os produtos importados ficaram mais caros, diminuindo o poder de compra.“Então, é uma situação diferente de outros momentos de subida de preço de commodities, tanto as agrícolas quanto as minerais. Desta vez, o real não se valorizou. Antes, você neutralizava o aumento do preço das commodities com a elevação do câmbio”, disse.
Com essa trajetória de alta da inflação ele acredita que o Banco Central poderá elevar a taxa Selic para 5,5% até o fim do ano. Quer ficar por dentro das opiniões e análises de Maílson da Nóbrega sobre o futuro do Brasil, a posição do governo Bolsonaro no atual momento, inflação e diversos outros assuntos que rolaram nesse papo? Então, é só conferir o RadioCash que está abaixo na íntegra:
'Não devemos ficar em berço esplêndido, temos de fazer um esforço fiscal maior', diz Alckmin
“Nós estamos num momento importante, com 5,4% de desemprego, o menor da série histórica, e com 4,4% de inflação, caindo, isso é raro”, afirmou o vice-presidente
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