Livro Bege: Fed espera aumento contínuo nas pressões inflacionárias nos próximos meses
O documento, que é um sumário das condições econômicas dos Estados Unidos, aponta que a alta nos preços deve seguir sendo uma ameaça

As pressões inflacionárias cresceram nos Estados Unidos em abril e maio e devem continuar aumentando nos próximos meses. Essa é a expectativa do Federal Reserve (Fed), revelada no Livro Bege desta quarta-feira (2).
Segundo o documento, que é um sumário das condições econômicas elaborado pelo banco central norte-americano e embasa as decisões de política monetária no país, as empresas esperam contínuo aumento dos custos e dos preços nos próximos meses.
Produção mais cara
O relatório destaca que os preços de venda avançaram de forma moderada, enquanto os de produção tiveram alta mais acentuada. "Os custos de insumos continuaram a aumentar em toda a linha, com muitos contatos notando aumentos acentuados nos preços das matérias-primas de construção e manufatura", destaca.
Aumentos nos custos com frete, embalagem e produtos petroquímicos também foram relatados e, de acordo com Fed, as companhias atribuíram o movimento a problemas na cadeia produtiva.
"O fortalecimento da demanda, no entanto, permitiu que algumas empresas, principalmente fabricantes, construtoras e empresas de transporte, repassassem grande parte dos aumentos de custos para seus clientes", conclui.
Expansão econômica
No cenário mais aberto, a economia dos Estados Unidos cresceu moderadamente entre o início de abril e o fim de maio, a um ritmo "um pouco mais rápido" do que no período imediatamente anterior.
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De acordo com a publicação, vários distritos reportaram efeitos positivos na economia com o aumento nas taxas de vacinação contra a covid-19 e o relaxamento de medidas de distanciamento social.
"Os efeitos das taxas de vacinação expandidas foram talvez mais notados nos gastos dos consumidores, nos quais altas em gastos em lazer e restaurantes ampliaram a força já vista em outras categorias", diz.
O documento aponta ainda que as vendas de veículos leves seguem "sólidas", mas muitas vezes contidas por um aperto em estoques.
Produção de fábricas
Já a produção nas fábricas dos Estados Unidos aumentou, mesmo com os "desafios na cadeia de produção" continuando a causar dores de cabeça.
As fábricas reportaram problemas disseminados com falta de materiais e pessoal, bem como de atrasos em entregas, dificultando que seus produtos chegassem aos consumidores.
O Livro Bege diz ainda que houve "desafios similares" no setor de construção. As empreiteiras têm registrado demanda forte, impulsionada pelos juros baixos para hipotecas e superando a capacidade de construção, o que leva a alguns limites nas vendas.
A demanda por serviços profissionais e de negócios aumentou moderadamente, enquanto a busca por serviços de transportes, inclusive em portos, foi "excepcionalmente forte".
Além disso, o volume de empréstimos "cresceu modestamente", com ganhos tanto para pessoas físicas quanto jurídicas. "No geral, as expectativas mudaram pouco, com os contatos otimistas de que o crescimento econômico continuará sólido", afirma ainda o Livro Bege.
Emprego e salários
Por fim, a publicação do Fed indica que dois terços dos distritos consultados reportaram "crescimento modesto" das vagas de trabalho, com os demais indicando que "os ganhos no emprego eram moderados".
"Conforme a disseminação da covid-19 continua a desacelerar, o crescimento no emprego foi mais forte em serviços de alimentação, hospitalidade e varejo", diz o documento.
As fábricas também contrataram trabalhadores em vários distritos. Continuou, ainda houve dificuldades para muitas empresas na contratação de novos trabalhadores, sobretudo daqueles com salários mais baixos, motoristas de caminhão e também funcionários treinados no comércio.
"A falta de candidatos ao trabalho evitou que algumas empresas aumentassem a produção e, menos comumente, levou algumas empresas a reduzir suas horas de operação", nota o relatório.
Sobre o avanço nos salários, o levantamento considera que ele foi no geral "moderado", mas com um crescente número de companhias oferecendo bônus e começando a aumentar salários para atrair e reter pessoal. "Os contatos esperam que a demanda por trabalho siga forte, mas com a oferta contida, nos próximos meses", aponta o Livro Bege.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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